Aguinaldo Silva exalta as mulheres em ‘Três Graças’

Por - 24/09/2025 - 11:50

Joélly (Alana Cabral), Gerluce (Sophie Charlotte) e Lígia (Dira Paes) em Três GraçasFoto: Globo/Estevam Avellar

Uma mulher, filha e mãe, inconformada com a injustiça diante das maldades que assolam sua comunidade e sua família, numa São Paulo que abriga milhões de brasileiras como ela. Corruptos que prejudicam uma multidão de doentes em benefício próprio. A luta do bem contra o mal e a dúvida sobre até onde ir quando se precisa batalhar pela sobrevivência.

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Esses são os dilemas que movem a protagonista da próxima novela das nove da Globo, “Três Graças”, de Aguinaldo Silva, que mistura drama, tragédia, romance, mistério e toques de humor. Em coletiva de imprensa de “Três Graças”, na qual OFuxico esteve presente, o autor e o elenco do núcleo Chacrinha (comunidade da obra) deram mais detalhes da nova trama das 21h da emissora.

“Quis homenagear essas mulheres anônimas que cruzamos na rua. São importantes na nossa vida. Conhecemos pouco da sua vida pessoal, mas são batalhadoras. Queria fazer um retrato dessas mulheres urbanas”, destacou Aguinaldo, primeiramente.

Minhas novelas sempre são sobre mulheres”.

Ele enfatizou que tanto protagonistas quanto vilãs fazem parte de um universo no qual ele, como escritor, transita bem.

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“Como observador da vida, observo essas pessoas muito bem. Elas merecem que contemos a história delas”, falou Aguinaldo em seguida.

Favela como potência e não tristeza

Luiz Henrique Rios, o diretor artístico, logo disse: “‘Três Graças’ é uma história passada no Brasil, cheio de desigualdades profundas e que não damos conta do básico. ‘Três Graças’ conta uma história de três mulheres potentes que moram na favela, lugar onde o olhar é de falta. Mas Aguinaldo vê o local como elemento de força, de potência, mesmo com a falta de olhar político ali”.

“Estamos falando de um lugar de força e potência, pois do outro lado temos uma elite com dificuldades de lidar com igualdade, justiça e bem comum. ‘Três Graças’ lida com os dilemas éticos desse país. Mas coloca essa questão de um jeito muito leve e divertida. Apesar do tema, a trama é pensada para as pessoas chegarem em casa e se divertirem enquanto pensam nessas coisas”, contou ele em seguida

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Aguinaldo então completou: “Apesar de todas as carências delas, são pessoas felizes e que se recusam a denunciar o direito da vida. As três Graças e as mulheres que as rodeiam são solares, não há lugar para a tristeza apesar da preocupação. Elas querem viver”.

O que dizem as protagonistas de ‘Três Graças’?

Sophie Charlotte, que vive a heroína Gerluce, que vai lutar contra a engrenagem social, celebrou: “É muito curioso, pois na minha trajetória tive muita sorte com oportunidades maravilhosas, mas fui verbalizando o que desejava. Depois de ‘Renascer’, queria contar uma dessas história que merecem ser contadas e de uma mulher exatamente como a Gerluce. Meses depois, o Luiz me chamou para um teste e fiquei fascinada”.

“Ao mesmo tempo que ela está nesse lugar de perceber essas engrenagens e desigualdades, ela tenta manter essa força vital de alegria, uma característica do povo brasileiro. Esse contraste é um mistério lindo nosso, equilibrar coisas que parecem tão opostas. Vem sendo um processo lindo com meus parceiros, de talento, dedicação, que foi enriquecendo tudo. Estou muito feliz com essa oportunidade e foi gratificante ver a evolução dessa personagem em tela”, garantiu a atriz.

Dira Paes, que interpreta Lígia, a matriarca das três Graças, logo pontuou: “A Lígia tem me trazido muitas reflexões sobre a pioneira. Que é essa mãe pioneira que começa essa vida solitária e contando apenas consigo mesma? Eu vejo essa mulher que chegou na Chacrinha e começou sua vida ali com apoio de outras mulheres, mas que construiu com a filha uma relação de amizade, de evoluírem juntas”.

A atriz prosseguiu: “Vejo a Lígia como uma mulher muito corajosa, como um espelho dessa família. Aliás, ela gera uma identificação para muitas família iguais. A Casa dela é o ‘país delas’. E estamos criando esse vínculo e suporte, que é identidade de muita gente. Ela também passa por algo, e ver ela, que era tão potente quanto a filha, está agora em um lugar mais ‘inútil’, limítrofe. Essa realidade da saúde é uma forte identificação de muita gente, e que vai gerar muita reflexão”, prometeu ela.

Alana está emocionada com a oportunidade

Alana Cabral, a Joélly, declarou: “Estou muito honrada. Nem nos meus melhores sonhos sonhei com isso. A Joélly é uma adolescente, e estou muito próxima dela em idade, mas em personalidade somos um pouquinho diferentes. Ela é um pouquinho mais romântica e esperançosa do que eu, mas também é uma pessoa bem determinada e que não muda fácil de opinião”.

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Em seguida, ela rasgou elogios às parceiras de cena: “Contracenar com Dira e Sophie me faz sair todo dia realizada. É uma troca muito legal, saio sempre feliz. Já trabalhei com a Dira aos 10 anos, e amava ela como pessoa e artista, e agora a Sophie, que já admirava a arte, admiro cada dIa mais a pessoa. No ambiente de falta, a única coisa que sustenta é o amor, e é isso que elas têm naquela casa”.

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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.