Camila Queiroz sobre ‘Amor Perfeito’: ‘Público vai se emocionar muito’
Por Redação - 07/03/23 às 13:00
Nesta terça-feira, 7 de março, aconteceu a coletiva de imprensa de “Amor Perfeito”, próxima novela da faixa das 18h da Rede Globo. A trama estreia no dia 20 de março, substituindo “Mar do Sertão”.
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A novela gira em torno da história de amor de Marê (Camila Queiroz) e Orlando (Diogo Almeida). Porém, por conta da maldade de sua madrasta Gilda (Mariana Ximenes) a jovem é presa injustamente. Marê nem imaginava que a essa altura já estava grávida de Orlando, que vai embora ao pensar que a amada não se importa mais com ele. Além disso, o filho de Marê é levado logo após o nascimento e deixado em uma Irmandade. Após nove anos, a jovem sai da cadeia e decide procurar o filho. Por outro lado, Marcelino (Levi Asaf) também sonha em conhecer a mãe.
Durante o papo, Camila Queiroz garantiu que a novela, que se passa nos anos 40, será muito emocionante. A atriz também rasgou elogios para Levi. “O Levi é a estrela de tudo isso. Ele traz leveza, diversão, esse tom lúdico. Levi é um grande ator. Eu me emocionei muito com o Levi na preparação. A primeira cena de Marê e Marcelino, eu chorei lendo. É de uma simplicidade, mas de uma profundidade. O público vai se emocionar muito”, disse a atriz.
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Diogo Almeida que dá vida a um médico comentou um pouco sobre sua preparação para o papel e a relação com a parceira de cena Camila Queiroz. “Eu sou psicólogo além de ator. Tenho uma relação muito próxima com pessoas que são médicas e tenho uma admiração pela medicina. Eu venho fazendo pesquisas sobre médicos das décadas de 30, 40 e também fui a um hospital no Rio de Janeiro para fazer plantão, acompanhá-los. Eu sempre quis ser ator, sempre quis estar nesse lugar. Quando eu estava no processo dos testes eu sempre imaginava como seria a Marê e foi uma alegria quando eu soube que seria a Camila Queiroz, estamos construindo uma relação muito bacana. A Camila é muito generosa”, disse.
MATERNIDADE
“Amor Perfeito” mostra diversas formas de amor e de arranjos familiares. Há três personagens que vivem a maternidade de uma forma diferente. Marê, por exemplo, teve seu filho levado logo após o nascimento.
“É uma gravidez inesperada, ainda mais se falando dos anos 30. Todo aquele processo de descobrir a gravidez dentro da cadeia, uma prisão injusta. Ela vai descobrindo esse laço que ela cria com esse filho, até porque esse filho é roubado dela logo que ele nasce. Ela tem esse cordão umbilical que nunca é rompido. O que ela mais quer é encontrar essa criança nove anos depois, quando ela sai da cadeia. Ela vai se descobrindo mãe a partir do momento que ela tem esse encontro, mas o que ela sente por ele é muito forte. Ela sente um amor inexplicável e é a maior força que existe dentro dela”, afirmou Camila.
Já Verônica, interpretada por Ana Cecília Costa, teve um caso com um homem casado e acabou engravidando. Sendo assim, a moça é mãe solo de Júlio (Daniel Rangel). “A família dela é o filho dela, que é fruto de um grande amor. Aquele menino representa muito para ela. É o núcleo afetivo dela. A despeito disso, ela vive a sexualidade dela. Ela não deixa de viver isso por ser mãe”, contou a atriz.
Por outro lado, Lívia, interpretada por Lucy Ramos, enfrenta problemas para engravidar e decide adotar um filho. “Um dos maiores sonhos dela é construir uma família gigante. E o Ciro (Beto Militani) topou essa ideia. Diante de várias tentativas, exames dentro da época, o que era possível descobrir, eles não conseguiam engravidar. E o Ciro em um determinado dia apareceu com um bebê e a alegria surgiu naquela família. A adoção foi a solução para resolver essa questão e ela carrega a culpa de não poder ter filhos. Mas ela já entendeu a situação, o desejo dela é querer ser mãe independente se é vem do ventre, se é adotado”, disse a atriz.
“Que legal que a gente pode mostrar as diferentes relações da maternidade. A relação materna é múltipla também”, completou Camila.
INSPIRAÇÃO E DIVERSIDADE
A primeira inspiração para a história foi o livro “Marcelino Pão e Vinho”, escrito por José Maria Sánchez-Silva. “O primeiro start foi ‘Marcelino Pão e Vinho’. A gente sentiu que ali tinha um fio que era precioso e seria muito bom para uma novela. Mas o livro não tem uma estrutura de folhetim, então nosso trabalho foi a partir dessa pequena semente”, disse Júlio Fischer, um dos autores da trama.
“Amor Perfeito” também é uma novela bastante diversa. “A gente pensou em fazer uma novela diversa e representar um Brasil mais real. A gente foi descobrindo uma elite negra que sempre existiu no Brasil, mas que foi apagada, e a gente decidiu mostrar isso na novela. A gente vai falar de racismo também, mas os personagens não estão lá para serem afetados pelo racismo, eles estão vivendo a vida deles”, comentou Duca Rachid, que também escreveu a trama.
A famosa série “Bridgerton” também serviu como inspiração para a novela. “Identifiquei um desejo dos autores de colocar luz em um povo que geralmente vivia nas sombras, havia uma vontade de igualar. O que me chamou a atenção foi exatamente isso. Nosso desejo é representar esses personagens pretos de uma forma potente. ‘Bridgerton’ foi uma referência nesse sentido, mas ao mesmo tempo a série ignorava a questão do racismo e isso a gente não poderia fazer aqui no Brasil. O racismo existe no Brasil. A gente queria falar disso, mas de uma outra forma. A gente não queria que esses personagens pretos sofressem racismo e abaixassem a cabeça. Quando isso acontece, o personagem se impõe, se posiciona”, comentou André Câmara, diretor artístico.
A homossexualidade também terá lugar em “Amor Perfeito” por meio de Érico, vivido por Carmo Dalla Vecchia. O rapaz fica nas mãos de Gilda após ela descobrir que ele é gay. “É um tema de uma grande relevância. Tem muitos homens que passaram por circunstâncias parecidas”, disse o ator.
CENÁRIOS
A trama de “Amor Perfeito” transita entre dois cenários principais: A Irmandade e o Grande Hotel. “A Irmandade é o universo inicial do nosso Marcelino, é onde ele é deixado. Ele é criado por esses religiosos e recebe uma família. Essa Irmandade também é um polo que irradia para toda a cidade, é a referência onde os moradores vão se confessar. O Hotel concentra esse glamour dos anos 40 e é um foco da disputa entre a nossa protagonista a Marê e a Gilda, sua madrasta ambiciosa. A nossa vilã tem uma luta pelo poder e o Grande Hotel, com sua potência, materializa esse poder”, explicou Júlio.
Babu Santana dá vida a Severo, um dos padres da Irmandade. “O Severo é o disciplinador, ele tem uma história obscura, uma vida dura. É diferente de tudo que eu fiz e eu estou muito empolgado, a gente visitou alguns mosteiros, eu fiz muita pesquisa, voltei a frequentar missas. Por mais que ele seja disciplinador, ele é um cara do bem. Sou grato por essa oportunidade e espero superar as expectativas”.
Já Bernardo Berro interpreta Donato e contracena muito com o pequeno Levi. “O padre Donato é um personagem encantador de poder abraçar. Eu enxergo ele como a “mãe postiça”, a mãe que o menino pode ter no momento. Ele é muito emotivo, sensível e ele baba por esse menino. Levi é um menino doce e as vezes com nove anos a criança já perdeu um pouco da essência de ser criança. O Levi não perdeu esse brilho, essa inocência e estamos fazendo de tudo para que ele não perca. A grande estrela é ele ser quem ele é”.
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