‘Coração Acelerado’ tem muito a ensinar sobre mulheres e sua luta

Por - 11/12/2025 - 13:18

fotomontagem de mulheres de coração aceleradoFoto: Globo/Manoella Mello/Gabi de Morais/Montagem

Nesta quinta-feira, 11 de dezembro, OFuxico participou de uma coletiva de imprensa de “Coração Acelerado”, próxima novela das 19h da Globo. E um assunto rondou a conversa: a representatividade e impacto que a novela pode trazer para as mulheres, o meio artístico, para a cultura e o estado de Goiás.

Coração Acelerado: Empoderamento e reencontros guiam a trama

Uma das autoras, Maria Helena Nascimento destacou como a cenografia foi essencial para esse obejtivo: “Bom Retorno [cidade fictícia na qual a trama se passa] foi uma criação engraçada para a gente. Na nossa viagem para Goiânia, ficamos ligados nas cidades maiores, que tem tudo, centros, prédios enormes, mas também nas cidades menores, que são aconchegantes e pitorescas. Ai juntamos tudo isso e fizemos Bom Retorno como uma representação bem goiana”.

A artista Yarla Braga comentou em seguida: “Vocês vão ver Goiás de verdade, está muit lindo, e o sotaque muito bem representado. Vai desmistificar um pouco dessa visão de só ter onças e sertanejo, e é lindo a oportunidade de trazer tanto artista goiano (incluindo ela e Filipe Bragança, o protagoista João Raúl) […] O texto das menina está muito gotoo, e representa muito bem essas mulheres fortes, goianas”.

Filipe de volta às raízes que nem o personagem

Filpe Bragança também deu sua visão: “Foi muito especial, marcante e importante para complementar a criação do personagem que é goiano e um equilíbrio perfeito de romântico e cafajeste. Ele está atrás de suas raízes pessoas, musicais, artísticas, e procura na uma forma de se reencontrar”.

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“Também tive um bom retorno para a minha terra, Goiânia, e gravamos em lugares que eu conhecia e utros que não conehcia. Assim, reencontrei muitos amigos e familiares. Então estou muito feliz que vejo Goiânia sendo bem representada tendo muito cuidado da Maria e Izabel pela minha terra”, declarou ele.

Impacto de Paula Fernandes

Paula Fernandes está no elenco de “Coração Acelerado” vivendo Maria Cecília, avó da protagonista Agrado Garcia (Isadora Cruz), que bebe muito de suas vivências: “Ela quer ser canora nesse mundo machista. Ela não consegue, mas longo da novela mostra que de aguma forma ela conquista o que deseja. Imagianr que a Cecpilia tem um pouco de mim, eu expodo de orgulho, de saber dessa importância e determinação que ela vai representar”.

Paula Fernandes
Flashbang Media House

Então, ela prosseguiu: “Me sinto privilegiada em fazer aprte do elenco, pois a mulher está tendo que se mostrar nesse meio do sertanejo muito forte, muito capaz, criativa, e fui honrada de ser uma pessoa, uma personagem capaz de encorajar essas meninas e pavimentar a estrada dessas mulheres. O espaço sempre foi preparado para duplas masculinas, e na minha época tive que enfrentar inúmeras barreiras para chegar chegar nesse emoemnto em que elas etsão pavimetando uma estrada para outra geração”.

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“A Cecília é forte, detemrinada, essencialmente artista, e ela enfrenta o machismo do marido que não a deixa catar em um bar, e muitas mulheres ainda enfrentam isso, memso que pareça de outro mundo. Emtão vai retratar bem a realidide dessas mulheres, e fico feliz de ter sido um caminho para a Agrado, mesmo que não vejamos muito dela com a neta, ela abriu caminhos para a filha e a neta”, garantiu a cantora, em síntese.

Herança ancestral

Isadora Cruz apssou sua visão a personagem: “Ela pôde vivr de arte, mas nãoo chegou lá no estrelato, que era sonho da Avó e da mãe, e Agrado agora vive um sonho ancestral que vem dessa maternindade. A história que a Paula representa para Agrado é mística”.

“A imagem que ela tem da avó é de tudo que contaram para ela e mostraram, e quando tudo dá errado, ela sonha com essa avó cantando na beira do rio que a diz para não desistir pois sua estrela vai brilhar. E isso conversa com o que ela fez na carreira, abrindo novos caminhos para as mulheres nas paradas de sucesso”, descreveu.

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‘Coração Acelerado’: Exaltação às mulheres

Elisa Lucinda afirmou que a trama vai elucidar pontos de representatividade feminina de manEira certeira: “Essa novela é muito providencial. O sertanejo herda muito do machismo tóxico. E Izabel e Maria Helena estarem no roteiro, gera uma condução assertiva desse lugar. Eu conheço muitos homens que não sei a opinião sobre feminicÍdio. Esse silêncio do homem bacana fez acharmos que todo mundo é agressor. E a escrita dessas muheres é assertiva nisso”.

Janete (Letícia Spiller), Zuzu (Elisa Lucinda) e Agrado (Isadora Cruz) em Coração Acelerado
Foto: Globo/Manoella Mello

“Apesar de ser leve, não é inocente, e a arte é capaz de fazer um retrato da sociedade. Estamos com uma oportunidade grande com um país viciado no sudeste [de ver algo diferente]. Vamos fazer uma coisa muito poderosa”, garantiu ela em dado mmento. “O tetxo não é bobo. Por meio de qualquer trivialidade, tem algo sendo passado ali. A arte tem um poder de educação grande pela capacidade de te captar”.

Texto afiado

Isadora Cruz logo concordou: “As autoras sabem exatamente cada palavra para colocar na boca dessas mulheres fortes. São cenas muito poéticas, mas como ELisa falou, é uma filosofia sendo passada ali, e podendo vocalizar através dessas mulheres. É importante pontuar que a novela ser esrita por duas mulheres”.

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“Venho de uma trama escrita por uma mulher, a Claudia Souto, na qual a Roxelle [de “Volta por Cima”] era uma mulher em perigo que me ensinou muita coisa. O texto da Izabel e Maria Helena tem muita coisa sendo dita no roteiro. A Agrado, nossa protagonista, é um exmeplo de luta, de força, de luz. Ela foi criada por duas mulheres, e assim ela pôde florescer como uma mulher tão corajosa e batalhadora sem medo”, refletiu ela.

“Mulheres que lutaram por tanta coisa e persistiram nos seus sonhos, para trazer essa alegria de viver, trouxe muita crença no mundo. Agrado pôde crescer sem medo, sem traumas, pois foi criada por essas duas mulheres”, afirmou.

“O que mais me marcou nesse texto, foi ela ter vindo desse lar. Por ela não ter uma figura paterna, ela tem essa crença na vida, essa eperança, fé de que as coisas vão dar certo. Memso a vida fechando portas, ela vai atrás de abrir. Ela tem uma resiliênia, uma experiência que só uma vião feminina pode trazer”, disse ela, em síntese.

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Temática universal

Gabz, que faz Duda, a dupla de Agrado em “Coração Acelerado”, concordou com as parceiras de cena: “A Eduarda é um grande presente para mim. Todo ator quer uma personagem muito humana, cheia de contradições. Ela tem sonhos muito grandes, e nós sabemos como é dificil lutar para ser artista no país. Então, ao mesmo tempo que é doce, ela é cheia de atitude”.

“Mesmo tendo coração grande, a moralidade dela vai levá-la a fazer tudo que for preciso para conseguir o que quer. Ela tem muita coisa no coração e nos sonhos, e vai passar por muitos aprendizados”. Ela, aliás, concorda na força representativa que uma novela pode ter: “A novela é a vida acontecendo, e ela mostra tudo, incluindo essas engrenagens da sociedade [como machismo estrtural]”.

“A gente faz e descobre coisas tão triviais que a novela leva para lugares extraordinários. […] Novela torna tudo saboroso e gostoso porque estamos entrando ali com tudo. Estamos sentindo os atravessamentos, e a novela é a forma que encontramos de sentir e refletir sobre tudo isso”, falou, em síntese.

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Superproteção familiar

Janete (Letícia Spiller) em 'Coração Acelerado'
Janete (Letícia Spiller) em ‘Coração Acelerado’ – Foto: Manoella Mello/ Globo

Letícia Spiller, que vive Janette, mãe de Agrado, declarou: “Ela é um prato cheio para qulquer atriz viver uma heróina tão complexa quanto ela. Ela é uma heroína fora do comum com muita vulnerabilidade, e que precisa encontrar e encarar muitas verdades escondidas que estão atrapalhando o crescimento dela e da filha dela”.

“[…] A Janette tenta superproteger a Agrado desse mal que ela viveu e presenciou, e não quer mais entrar em contato com isso, diz que não precisa de ninguém. E ela de fato seguiu em frente protegida pela Zu (Elisa Lucinda) e pela arte, que também traz essa alegria de viver. A arte salva, realmente, e faz refletir, te cura, e a Janette se considerava curada pela arte e traumatizada em relação ao amor”.

“Mas ela é uma mulher selvagem, na qual ninguém vai dominá-la . Me inspirei na vida de tantas mulheres que vejo por aí e na minha também. Inclusive me inspirei na própria Paula Fernandes, que teve que lutar contra o machismo do pai na carreira”, completou ela, por fim.

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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.