Fuzuê: Figurino e caracterização mostram personalidades e histórias de vida
Por Flavia Cirino - 13/08/23 às 00:00 - Última Atualização: 12 agosto 2023
Uma novela com uma identidade visual que converse bem com seus personagens e seja mais um elemento para se o contar a história. É assim que “Fuzuê” pretende ser. E a rivalidade entre as personalidades das protagonistas Luna (Giovana Cordeiro) e Preciosa (Marina Ruy Barbosa) também vai ser marcada pelo figurino.
“A Luna é mais solar, usa mais cores, passa mais energia. Como ela trabalha produzindo joias com materiais orgânicos, acaba trazendo isso para o seu estilo. Tudo dela é muito artesanal e sempre vai contar com uma interferência da personagem na maneira de se vestir. Por exemplo, ela compra uma roupa no brechó e sempre encontra uma forma de dar um toque pessoal naquela peça”, conta a figurinista Flavia Azevedo.
Já Preciosa vai seguir uma linha mais clássica, no estilo quiet luxury, que consiste no uso de peças mais básicas, porém de boa qualidade e preço mais elevado: “A Preciosa vai usar cores mais discretas e sóbrias, sem muita extravagância, mas de muito bom gosto e elegância”, diz Flavia.
Esse estilo vai servir de inspiração para Alícia (Fernanda Rodrigues), que tem a Preciosa como “ídola master”. Só que, diferentemente da empresária, a atual Rainha do Fuzuê é um pouco mais exagerada. “Ela tenta seguir o estilo da Preciosa, mas sempre coloca um exagero do mundo da Fuzuê nas suas roupas. Acredito que as mulheres que gostam de se vestir de forma mais extravagante vão se identificar muito com a Alícia”, adianta a figurinista.
A caracterização da personagem também contou com processo de alongamento de cabelo e mechas. “A Alícia é uma personagem leve, divertida, que procura estar sempre na moda, mas é um pouco acima do tom. Então, tivemos a ideia de colocar o cabelo dela mais longo e mechas bem-marcadas. É um cabelo que não sai de moda”, conta a caracterizadora Juliana Mendes.
Mas marcado mesmo ficará o trabalho de caracterização de uma das figuras mais misteriosas da trama, o Cata Ouro, personagem vivido por Hilton Cobra. Para compor o figurino do catador foi preciso buscar referências do passado do personagem.
“Hoje, ele é um catador, mas o que ele era antes? Como era no passado? Tinha profissão? família? O figurino é o resultado de todas essas experiências de vida, uma mistura de peças e acessórios acumulados durante sua caminhada. As sobreposições também funcionam como proteção e disfarce para as ruas onde vive”, conta Flavia.
Das ruas, ainda vieram as referências para os tons deste figurino: acinzentados como a poeira, a poluição e a fumaça.
“Fuzuê” é criada e escrita por Gustavo Reiz, com direção artística de Fabricio Mamberti. A obra é escrita com colaboração de João Brandão, Juliana Peres e Michel Carvalho, e tem direção geral de Adriano Melo e direção de Bernardo Sá, Nathalia Ribas e Glenda Nicácio. A produção é de Gustavo Rebelo e direção de gênero de José Luiz Villamarim.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino