Clube Gente Fina resgata a cultura do Rio nos anos 50 em ‘Garota do Momento’

No final dos anos 1950, em meio ao fervor cultural e social que marcou o Rio de Janeiro, o Clube Gente Fina ganhou seu espaço como um importante ponto de encontro.

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Fundado e mantido por Vera Machado (Tatiana Tiburcio) e seu marido, Sebastião (Cridemar Aquino), o clube se transformou em símbolo de resistência e cultura. Entre jovens e artistas, o local abrigava rodas de samba, choros, encontros de blues e rock, além de oficinas culturais.

Essas atividades não só entrelaçavam diferentes ritmos, como também refletiam o desejo de transformação de uma geração que sonhava com uma sociedade menos segregada.

O papel de Vera e Sebastião no Clube Gente Fina e além

Vera e Sebastião não apenas organizavam o Clube Gente Fina, mas também desempenhavam funções na casa de Raimundo Sobral (Danton Mello). Vera atuava como governanta e cuidava dos filhos dele – Beto (Pedro Novaes), Ronaldo (João Vitor Silva) e Celeste (Debora Ozório).

Enquanto isso, Sebastião trabalhava como motorista da família Sobral, dividindo seu tempo entre os afazeres do clube e o compromisso com o emprego.

Representatividade e humanização dos personagens

Tatiana Tiburcio, que dá vida à personagem Vera, destacou a relevância do Clube Gente Fina na história cultural. “O gol para mim está na humanização desses personagens e em colocá-los dentro de um contexto de participação dessa história de Brasil e de sociedade. Quando você fala de rock’n’roll, você está falando dessas pessoas. Quando você fala de samba, quando você fala de cultura, quando você fala de sociedade, você está falando dessas pessoas que formam o Clube Gente Fina”, afirmou a atriz.

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Para Cridemar Aquino, o ator que interpreta Sebastião, o clube representa o acolhimento e a construção das relações afetivas dentro de um espaço cultural.

“Temos a possibilidade de mostrar essas relações afetivas sendo construídas naturalmente, dentre desses espaços de cultura, como o Clube Gente Fina, que eram tão fortes e tão presentes na sociedade naquele momento, mas que, infelizmente, não eram visibilizados”, refletiu Cridemar.

O Clube Gente Fina, criado e mantido pela dedicação de Vera e Sebastião, serviu como um símbolo da luta por mais igualdade e visibilidade. Em tempos de mudanças, o clube se transformou em uma verdadeira celebração de cultura e arte no coração do Rio.