Pantanal: Vencedor do Emmy assina a direção artística da primeira fase

Desde os cinco anos de idade circulando no universo da TV, Rogério Gomes, filho do locutor Hilton Gomes, com quem ia aos estúdios da TV Tupi, é o diretor artístico de “Pantanal”. Chamado carinhosamente de Papinha, ele iniciou a carreira como operador de VT na primeira versão do extinto “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, na Globo, e depois passou a editor de imagens.

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Antes de começar a trabalhar com dramaturgia, Rogério editou e dirigiu diversos clipes exibidos no “Fantástico”, algumas edições do Hollywood Rock, além do primeiro Rock in Rio.

Nas novelas, Papinha assinou como editor inicialmente em “Sexo dos Anjos”. Em seguida, editou “Juba e Lula”, “Rainha da Sucata”, entre outras obras. É dele também a direção da minissérie “O Sorriso do Lagarto”, adaptada do romance de João Ubaldo Ribeiro e da novela “Deus Nos Acuda”, de Silvio de Abreu.

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Em 1996, ao lado de Jorge Fernando, Papinha assinou sua primeira direção-geral, em “Vira-Lata”, de Carlos Lombardi. Seus trabalhos mais recentes na Globo foram os sucessos “Império”, de Aguinaldo Silva, que ganhou o prêmio Emmy Internacional como melhor novela; “Além do Tempo”, de Elizabeth Jhin; “A Força do Querer”, de Gloria Perez; e “O Sétimo Guardião”, mais uma escrita por Aguinaldo Silva.

Para ele, o público que é fã de “Pantanal” e vem acompanhando desde que soube que haveria a nova versão, vai se surpreender e se emocionar com os personagens.

“A primeira curiosidade foi saber quem ia fazer o que, quem interpretaria Juma, Velho do Rio, Maria Marruá etc. Já fiz alguns remakes do Benedito, ‘Sinhá Moça’, ‘Paraíso’, ‘Cabocla’ e sempre há muita curiosidade das pessoas sobre as mudanças que serão feitas, adaptações etc. O que temos a nosso favor é a tecnologia hoje em dia. Na época, Jayme Monjardim conduziu muito bem a novela, foi ousado, fez um desenho de produção diferente, mesmo com todas as dificuldades. Acredito que as pessoas ficarão felizes com o que estamos produzindo”, disse.

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Papinha ainda ressaltou que a tecnologia vai fazer uma grande diferença no que as pessoas assistirão: “As câmeras são menores, a qualidade de captação é outra, tudo muito mais moderno do que naquela época. As dificuldades técnicas que eles tiveram são diferentes das que encontramos. É claro que ainda houve dificuldade, estávamos em fazendas, em locais muito distantes, tinha a questão do deslocamento, de transportar tudo de um lugar para o outro”.

O diretor artístico ainda comentou a escolha das locações no Pantanal: “Visitamos vários lugares e acabamos entendendo que o melhor local era o mesmo onde o Jayme Monjardim gravou a novela há 30 anos. Foi engraçado que o Almir Sater comentou conosco que o Jayme rodou, rodou e terminou ali naquele local. Nós fizemos o mesmo. O local está diferente, as mudanças climáticas também tiveram impacto ali, mas conseguimos uma janela interessante”.

NA SEGUNDA FASE, OUTRO DIRETOR ARTÍSTICO

Papinha faz a primeira fase de “Pantanal”. Ele anunciou recentemente que deixou a Globo e, na segunda fase, a direção artística fica a cargo de Gustavo Fernandez, que foi responsável por “Órfãos da Terra”. Ele estreou na Globo em 1999, na minissérie “Os Maias”. Em 2004, passou a integrar a equipe da novela “Um só Coração’ e no mesmo ano dirigiu “Começar de Novo”.

Seguiram-se “Belíssima” (2005), “Pé na Jaca” (2006), “Duas Caras” (2007), “A Favorita” (2008), “Cama de Gato” (2009), “A Cura” (2010), “Cordel Encantado” (2011), “Avenida Brasil” (2012) e “Velho Chico” (2016).

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Como diretor-geral, assinou a minissérie “O Brado Retumbante” (2012), as novelas “Além do Horizonte” (2013) e “Boogie Oogie” (2014) e a série “Os Dias Eram Assim” (2017).

O diretor comenta como foram os primeiros dias, da segunda fase da trama: “Quando cheguei, estava começando a trilha do José Lucas de Nada, segundo personagem de Irandhir Santos. Foi importante ter começado com um assunto e um personagem um pouco mais apartado da trama principal. Eu e Irandhir já tínhamos trabalhado juntos em ‘Velho Chico’, nos demos muito bem, tínhamos feito um trabalho bacana, então foi um prazer, uma diversão. Estreamos juntos, eu e José Lucas de Nada”, disse.

“É bacana ver como a expectativa é grande, como as pessoas estão receptivas à ideia do remake. Todos falam com muito carinho”, destacou Gustavo.