Pantanal: Saiba novidades reveladas sobre a próxima novela da Globo
Por Raphael Araujo - 16/02/22 às 18:50
O remake da novela “Pantanal” é com certeza uma das produções mais esperadas pelos fãs da TV Globo, que já são fãs de carteirinha da primeira versão, e mal podem esperar para conferir a releitura da atração, que tem previsão de estreia em março na emissora na faixa das 21h. Recentemente, algumas curiosidades sobre a trama foram reveladas. Vamos lá:
Para se ter uma ideia, foram seis meses de pesquisa, comandada pela produtora de arte Miriam Saback – mais conhecida como Mirica. Ela e sua equipe mergulharam no universo pantaneiro até finalizar seu planejamento. Em seguida, mais alguns meses para encomenda e confecção dos objetos de cena que trazem vida aos cenários e remetem à realidade vivida pelos fazendeiros, peões e moradores da região, levando para todo o Brasil características importantes da cultura de um dos biomas mais ricos do país.
COBRA FAKE ENCOMENDADA
Seja em externa no Mato Grosso do Sul, ou nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, o departamento de arte é responsável por cada detalhe das cenas: a carne e as ferramentas de um churrasco; a sela da montaria; a rede da varanda; as bebidas da mesa de jantar; entre muitos outros itens. Uns mais comuns, outros mais peculiares.
Para “Pantanal”, por exemplo, Mirica e sua equipe precisaram encomendar de uma artesã uma sucuri de quatro metros de comprimento: “Ela é maleável, temos que passar diariamente uma glicerina para não ressecar. Quando encomendamos, pedimos que houvesse a possibilidade dessa cobra entrar dentro da água. Materiais como esses não podem ficar no calor do Pantanal”.
Mandamos fazer uma casinha, um compensado de madeira para abrigá-la. E não termina por aí. Para as gravações, precisamos deslocar essa cobra de uma fazenda para outra”.
“Ligamos para a frota e pedimos um carro específico para a arte, com caçamba atrás, e encomendamos um rack com a medida da cobra”, contou a produtora.
DUBLÊ DA SUCURI
Mirica fez questão de encomendar objetos do Mato Grosso do Sul. De pequenos produtores locais, como é o caso de alguns itens que servirão a fazenda de José Leôncio (Renato Góes/ Marcos Palmeira), a tapera de Juma (Alanis Guillen) e a chalana de Eugênio (Almir Sater).
Comprei a louça toda do povo Terena, produzida por indígenas da região. São travessas de cerâmica vermelha com desenhos indígenas para a fazenda, louças mais simples para a tapera e algumas sacolas que eles fazem de mercado, com desenhos lindos para a chalana, que encomendamos para homenagear esse povoado local”.
“Quando entramos em contato com eles, tivemos ainda a oportunidade de conversar com o pajé e tirar algumas dúvidas sobre como são tratadas pessoas que sofrem picadas de cobra ou são atacadas por animais, pois precisaremos ter em algumas cenas o que seria usado em casos como esses, já que o Velho do Rio em determinado momento irá ajudar uma pessoa, e explicará que aprendeu o ritual com indígenas”, revelou Mirica, dando a dimensão da riqueza de detalhes do trabalho de seu departamento.
TRILHA SONORA ESSENCIAL
Como não poderia deixar de ser, a música tem um papel de destaque em “Pantanal”. Foi assim há 30 anos, na primeira versão, escrita por Benedito Ruy Barbosa, e será agora nesta nova versão escrita por Bruno Luperi. Almir Sater, que dá vida ao chalaneiro Eugênio; seu filho Gabriel Sater, que interpreta o peão Trindade; Chico Teixeira, que estreia como ator interpretando o peão Quim na primeira fase; e Guito, que dá vida ao peão Tibério na segunda fase são todos músicos e na dramaturgia serão alguns dos violeiros da novela.
“O Papinha (diretor artístico, Rogério Gomes) é um amante da música e queria um som legal, por isso a escolha dos violões foi tão importante. Ligamos para o artista e perguntamos como estão acostumados a tocar. Fizemos um violão para o Tibério, Quim e Trindade”, contou Mirica no release.
“O Gabriel Sater nos mandou todas as especificações e encomendamos um igual ao dele, envelhecemos de forma que ficasse uma réplica. Até brinquei que ele não saberia dizer qual é qual. O Almir ficou encantado com o violão que encomendamos para o Chico Teixeira. Ele adorou, tocou à beça”.
“No caso do Almir, liguei para ele, que me disse que os violões dele são muito antigos, têm cara de época. Ele deixou a gente dar uma ‘envelhecidinha’ estando ao lado, cuidando de tudo (risos). Portanto, é o único que usará seu violão próprio”, finalizou Mirica.
“Pantanal” é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.