Três Graças: Fernanda Vasconcellos se envolverá no tráfico de crianças

A nova novela “Três Graças”, escrita por Aguinaldo Silva, Virgílio Silva e Zé Dassilva, assume um tema forte e urgente: o tráfico de crianças. Conforme a sinopse, a personagem Samira (Fernanda Vasconcellos) vive como chefe de cozinha da Fundação Ferette, considerada pelos colegas uma mulher séria e competente.

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Por trás da fachada, ela integra uma rede clandestina de adoção que oferece recompensa a mães vulneráveis para que entreguem seus filhos e os indiquem a compradores.

A trama coloca Samira no epicentro de uma engrenagem criminosa que se aproveita de mães em situação de fragilidade social para vender bebês.

Na narrativa de “Três Graças”, Samira manipula recursos financeiros para garantir a entrega dos bebês, enquanto o drama se desenrola entre bastidores das aparências. A novela mistura suspense e crítica social ao expor como redes criminosas exploram “o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas… mediante grave ameaça, coação, fraude ou abuso de situação de vulnerabilidade, com finalidade de adoção ilegal”.

O que diz a lei brasileira

A legislação brasileira equipara tal prática a crime de tráfico de pessoas: a Lei n.º 13.344/2016 alterou o Código Penal para criminalizar o tráfico interno e internacional de pessoas, inclusive para adoção ilegal. Conforme relatório do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o tráfico de pessoas para adoção ilegal aparece entre as finalidades desse crime complexo.

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No Brasil, crianças e adolescentes compõem grande parte dos grupos vulneráveis. Dados apontam que “50,1% dos casos são de crianças e adolescentes” em denúncias registradas via Disque 100 entre janeiro de 2020 e junho de 2021. Em 2023, a Polícia Federal apurou inclusive um caso de adoção ilegal internacional envolvendo bebê com 11 meses que ingressou no país com documentos falsos