Elenco de ‘Vai na Fé’ se reúne para ver o capítulo 100 da novela
Por Redação - 03/05/23 às 02:30
“Vai na Fé” é um sucesso na grade de novelas da Globo. A trama das sete, protagonizada por Sheron Menezzes conquistou o público por seu estilo único e a forma como trouxe representatividade para as telas. Toda a fama precisa ser celebrada e foi isso que o elenco fez.
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Na noite desta terça-feira, 2 de maio, diversos atores e atrizes marcaram presença em um bar do Rio de Janeiro para comemorar o 100º capítulo da trama de Rosane Svartman.
Passaram por lá José Loreto, Samuel de Assis, Carolina Dieckmann, Sheron Menezzes, Luis Lobianco, Marcos Veras e outras estrelas que marcam presença nas telas.
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DIVERSIDADE
“Vai na Fé” estreou na TV Globo em meados de janeiro deste ano e, desde então, vem conquistando um público cada vez maior e mais fiel. Entre tantos acertos já destacados na trama de Rosane Svartman, um deles se destaca e “dá aulas”: a representatividade presente na novela!
Seja ela étnica, por religião ou até mesmo os desafios por idade, “Vai na Fé” beira à perfeição quando o assunto é mostrar a sociedade como ela é e humanizar seus personagens. São muitos exemplos que comprovariam essa situação, mas OFuxico vai tentar falar de todas as representatividades que a trama apresentou até agora.
PROTAGONISMO NEGRO
Logo de cara, devemos ressaltar como a novela traz uma boa representatividade étnico-racial, principalmente em relação à população negra, sendo marcada por uma grande quantidade de atores negros em seu elenco, cujos personagens são extremamente variados.
Há pessoas pretas pobres, ricas, legais, chatas, bem-intencionadas, de mal-caráter, de todas as possibilidades que você consegue imaginar. É comum dentro do racismo estrutural colocar grupos fora do padrão como “sendo todos iguais”, mas essa é a maior mentira inventada pela humanidade, pois todos somos diversos e diferentes e alguma medida, mesmo tendo nossas semelhanças.
Porém, o parágrafo acima não deve se tornar sinônimo da população preta negar a sua negritude e os desafios que surgem em ser negro em uma sociedade racista e a novela sabe muito bem disso, tratando de questões relacionadas ao assunto de maneira delicada e certeira, bastante natural e intrínseca à sociedade como ela realmente é!
RECORDE DA COMUNIDADE LGBTQIAPN+
Os membros da comunidade LGBTQIAPN+ presentes na novela também possuem todos a sua própria individualidade, sejam suas características pessoais positivas ou negativas, sejam pessoas dentro de algum “esteriótipo” ou que fogem dele, pois cada um tem sua maneira de viver e se expressar.
Porém, este autor que vos escreve precisa ressaltar um detalhe: não lembro de outra novela brasileira exibida para a TV aberta com tantos personagens LGBTs. Pode ser um ledo engano meu, é claro, mas “Vai na Fé” acerta nisso novamente, isso ninguém pode negar.
Vitinho (Luis Lobianco) é assumido, assim como Anthony Verão (Orlando Caldeira), Naira (Tati Villela), cuja fala rápida assumiu também Ivy (Azzy), William (Diego Montez), Vini (Guthierry Sotero) e Helena (Priscila Sztejnman). Destaque para os dois últimos citados, que estão de uma forma ou de outra ajudando Yuri (Jean Paulo Campos) e Clara (Regiane Alves), respectivamente, a se descobrirem em relação à sexualidade, tudo de maneira espontânea e realista.
DIVERSIDADE RELIGIOSA
E o nome da novela? Também está sendo representado de forma magistral! O Cristianismo dispensa comentários em sua representação na novela, recebendo mais foco pelo fato de Sol (Sheron Menezzes), a grande protagonista, assim como sua família, é evangélica, frequentando o culto semanalmente e participando de atividades da Igreja.
Todavia, isso não impediu “Vai na Fé” de expor outras religiões com respeito e cuidado, como quando Ben (Samuel de Assis) participou de um ritual do Candomblé, ou até mesmo quando Fábio Lorenzo (Zé Carlos Machado) e Dora (Claudia Ohana) compartilharam os dogmas do Budismo e suas filosofias.
Intolerância religiosa não existe por aqui, e todas as fés são respeitas, até mesmo quem não é praticante ou não tem religião, como acontece com diversos personagens.
ETARISMO
É inegável como a sociedade costuma praticar muito etarismo, preconceito marcado pelo preconceito contra pessoas por causa de sua idade, sendo muito comum entre pessoas idosas e/ou mais velhas, e a novela trata disso também com muito cuidado e delicadeza.
Sol sofreu com isso logo no início, quando muitos a julgaram incapaz de ser dançarina de Lui Lorenzo (Jose Loreto) por conta de sua díade e de já tendo ficado grávida de duas filhas, mas isso é passado, e muitos adoraram saber da história dela, que é uma mulher bastante trabalhadora que agora vive um sonho.
A mãe de Sol, Marlene (Elisa Lucinda) por muito tempo acabou aparecendo em tela como dona de casa, até que uma conversa com Horácio (Francisco Salgado) a fez notar que não estava vivendo a vida, a fazendo decidir vender quentinhas ao lado de Bruna (Carla Cristina Cardoso) todos os dias.
Destaque ainda para a fala de Wilma (Renata Sorrah), que uma atriz consagrada no passado, acabou caindo no ostracismo por muitos anos, sofrendo bullying virtual ao ter um teste exposto na internet, com pessoas dizendo que achavam que ela “estava morta de tão esquecida”.
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