Volta Por Cima: Autora explora dilemas familiares e diretor exalta a cultura carioca

Por - 30/09/24 às 00:00 - Última Atualização: 27 setembro 2024

Volta Por Cima - Diretor André Câmara e autora Cláudia Souto1Diretor André Câmara e autora Cláudia Souto - Foto: Globo/ Manoella Mello

Com “Volta Por Cima”, a autora Claudia Souto traz ao público uma história envolvente de batalhas diárias, superação e dilemas familiares.

Protagonizada por Madá (Jéssica Ellen), Jão (Fabrício Boliveira) e Osmar (Milhem Cortaz), a trama explora o que as pessoas estão dispostas a fazer para conquistar seus objetivos, incluindo o impacto do dinheiro nas relações familiares.

Saiba detalhe da cenografia de ‘Volta Por Cima’

O enredo questiona até que ponto o dinheiro pode influenciar e até mesmo destruir os laços entre familiares. Claudia Souto, ao abordar o tema, destacou como a pandemia evidenciou as tensões dentro das famílias por bens materiais.

“A ética dentro das famílias foi um assunto que eu observei muito durante a pandemia, quando, ao perder parentes, as pessoas começaram brigas por bens – desde um jogo de panelas até um terreno ou uma fortuna”, destacou Souto, de início.

Na sequência, ela ressaltou: “Famílias de todas as classes sociais começaram a ter desavenças por causa de dinheiro. E a gente questiona se vale a pena passar a perna num parente: o que você ganha ou perde com isso?”, comentou a autora.

Essa reflexão serve de pano de fundo para os conflitos que envolvem os personagens centrais, levando o público a questionar suas próprias decisões em situações semelhantes. As disputas por heranças e bens familiares entram em pauta, mostrando que questões financeiras podem afetar qualquer classe social.

Jéssica Ellen
TV Globo/Fábio Rocha

Poder ao povo em ‘Volta Por Cima’

André Câmara, diretor artístico da novela, ressalta que “cota Por Cima” trata, acima de tudo, de sonhos e de propósito.

“Dar a volta por cima é, eu diria, a frase principal dessa trama. Acho que é o desafio de todo brasileiro, e isso vai estar presente nas histórias dos nossos personagens”, ressalta ele, primeiramente.

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“Tem uma frase que eu gosto muito, que é: ‘a imagem cria o imaginário’. Acredito que fazer essa novela é dar mais um passo na construção de um imaginário mais brasileiro, de um imaginário mais democrático, mais em harmonia com os números do IBGE, por exemplo”.

O diretor destacou, entretanto, que à medida em que se coloca em cena histórias de pessoas do povo, de brasileiros, essas histórias passam para o primeiro plano.

“O protagonismo estará nas pessoas que fazem a roda girar, literalmente. São as vidas dos motoristas, dos fiscais, dos despachantes, da filha do motorista. São essas histórias que estarão no primeiro plano. Com suas subjetividades, seus desejos, seus amores, seus conflitos. E temos também outras histórias, outros núcleos, com muito humor, com muita leveza”.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino