Último capítulo de ‘Pantanal’ emociona, mas deixa Juma em segundo plano

A novela “Pantanal” estreou em março na Rede Globo e ganhou o público rapidamente. A trama seguiu na contramão de outras novelas apresentadas pela emissora e veio com um ritmo mais lento e calmo. A história escrita por Bruno Luperi é um remake da obra de Benedito Ruy Barbosa, exibida em 1990 pela TV Manchete.

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O público se apegou rapidamente aos personagens, o que tem mérito do elenco. Cada ator se dedicou de corpo e alma na trama, não tinha como dar errado. Os bordões também caíram na boca do povo, quem nunca se pegou falando “ara”, “tô com reiva”, “larga a mão” “quero ir embora”, entre outros?

Na última sexta-feira, 7 de outubro, foi exibido o último capítulo de “Pantanal”, que seguiu a linha de toda a novela, mostrando paisagens de tirar o fôlego e cenas carregadas de emoção.

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EMOÇÃO

O último capítulo teve muitas cenas emocionantes como o casamento de Filó (Dira Paes), Irma (Camila Morgado) e Zefa (Paula Barbosa) com seus respectivos amores Zé Leôncio (Marcos Palmeira), Zé Lucas (Irandhir Santos) e Tadeu (José Loreto).

José Loreto, inclusive, teve a responsabilidade de fazer uma das cenas mais emocionantes da novela. Ao descobrir que não é filho biológico de Zé Leôncio, Tadeu se desespera e decide ir embora. Porém, no meio do caminho, ele tem um encontro com o Velho do Rio (Osmar Prado), que diz que a questão ali não é sobre sangue, mas sim sobre amor. Nesse momento, Tadeu decide voltar para casa e se acertar com o “pai do amor”. Sem dúvida alguma, José Loreto foi gigante na cena, capaz de marejar os olhos.

Mas essa não foi a única emoção do último capítulo, Alcides (Juliano Cazarré) e Maria (Isabel Teixeira) retornaram para a fazenda e a personagem se acertou com a filha Guta (Julia Dalavia), de quem estava afastada. As duas preferiram deixar o passado para trás e se abraçaram em meio às lágrimas.

Para coroar ainda mais o final de “Pantanal”, teve o encontro de Zé Leôncio com o pai. Marcos Palmeira e Osmar Prado merecem todos os aplausos, pois brilharam na cena. Tudo isso em meio a uma paisagem de tirar o fôlego. Bruno Luperi, o autor da trama, decidiu cortar a cena em que Filó encontra o marido morto na sala, mas isso não tornou a passagem mais leve.

Ver o olhar de sofrimento dela e dos três filhos do peão foi de doer o coração. Joventino, José Lucas e Tadeu ainda tocaram o berrante para se despedir do pai em mais uma cena emocionante.

CADÊ JUMA?

O final de “Pantanal” deu mais ênfase a alguns personagens secundários, como Zuleica (Aline Borges), que teve um rápido flerte com Eugênio (Almir Sater). Zaquieu (Silvero Pereira) também não ficou sozinho e se enroscou com Zoinho (Thommy Schiavo), com direito a beijo e tudo. Aliás, essa foi uma das poucas mudanças que Bruno Luperi fez em relação à trama original.

No entanto, se há uma única crítica ao último capítulo da novela é que Juma (Alanis Guillen) ficou em segundo plano. É compreensível que a vida da personagem já estava resolvida. Ela se casou com Jove (Jesuíta Barbosa), o amor de sua vida, e eles tiveram uma linda filha. Mas poderiam ter dado um pouquinho mais de ênfase para nossa oncinha, que quase não apareceu. Muda (Bella Campos) e Tibério (Guito) também tiveram uma única cena, em que a moça revela a gravidez, mas a personagem nem chegou a aparecer de barrigão.

Mas claro que esse único ponto não tira toda a emoção do final de “Pantanal”. A novela bateu muito na tecla da preservação ambiental e isso continuou em alta. José Leôncio, o novo Velho do Rio, apareceu no fim com os netos, mostrando que continuará sendo o guardião daquelas terras.

Uma frase dita por Benedito Ruy Barbosa, autor da primeira versão, fechou com chave de ouro: “O homem é o único animal que cospe na água que bebe. O homem é o único animal que mata para não comer. O homem é o único animal que derruba a árvore que lhe dá sombra e frutos. Por isso, está se condenando à morte”.

O último capítulo da novela nos deu mais ainda a certeza que “Pantanal” fez história e deixará saudades. Fim. Câmbio, desligo.

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