A síndica do prédio onde Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha, mora, a denunciou por maus-tratos a animais após denúncias de abandono em seu apartamento em São Paulo. Caso segue para a Justiça.

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Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha, foi indiciada por maus-tratos a animais pela Polícia Civil de São Paulo. O Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) investigou o caso, concluído na terça-feira, 25 de junho.

O caso ainda acabou encaminhado para apreciação da Justiça. A lei de crimes ambientais prevê pena de detenção de três meses a um ano, além de multa.

A denúncia partiu da síndica do prédio onde Raquel Pacheco alugava um apartamento. Ela registrou um boletim de ocorrência alegando que a Bruna Surfistinha havia deixado os animais “em total estado de abandono” após sair do imóvel devido à interrupção do fornecimento de energia elétrica por falta de pagamento.

A síndica relatou que, apesar de Bruna aparecer esporadicamente para limpar e alimentar os animais, havia mais de uma semana que ela não comparecia ao local, mesmo após insistentes contatos da administração do prédio.

O que houve com os pets de Raquel Pacheco

Em 30 de novembro de 2023, policiais da 2ª Delegacia da Divisão de Investigações de Infrações contra o Meio Ambiente (DIICMA) resgataram os animais do apartamento. Ativistas das ONGs Lar Promessa Fiel, que cuida de cães, e Perfeitos e Especiais, que resgata gatos, acompanharam a operação.

Ana Hickmann sempre se posicionou contra maus-tratos de animais

Vídeos do resgate, divulgados pela ativista Luisa Mell e pelas ONGs, mostraram por exemplo fezes e urina espalhadas pelo apartamento, além de potes de ração e água vazios.

Assim sendo, a labradora está na ONG Promessa Fiel e ficará lá durante a investigação policial. As três gatas seguiram para a ONG Perfeitos e Especiais. De acordo com Patrícia Masiero, presidente da ONG, uma delas está com infecção na boca, outra com infecção uterina por falta de castração. Além disso, duas delas por cristais na bexiga.

Bruna Surfistinha se defende

Após ser acusada de maus-tratos, Bruna Surfistinha publicou um vídeo em suas redes sociais, alegando sobretudo a proibição de entrar no imóvel.

“Esse foi o primeiro dia de tentativa de entrar no apartamento”, explicou Bruna em um vídeo gravado na porta do prédio. “Essa foi minha segunda tentativa, segunda noite que tentei entrar no meu apartamento e fui proibida”, continuou.

No vídeo, Bruna também afirmou: “No terceiro dia eu acordei de manhã já com a notícia de que meus bichos estavam sendo retirados do apartamento. O maior absurdo é que tudo foi arquitetado para que eu me enquadrasse como criminosa por abandono aos meus bichos.”

A defesa de Bruna, representada pelo advogado Luiz Carlos Pileggi Costa, alegou que ela estava devendo o aluguel do apartamento e, por isso, sofria pressão para se retirar.

“Usaram essa história do abandono para forçar ela a sair. Ela nem teve mais acesso para entrar no apartamento, que tem coisas dela. No mundo civilizado, você ingressa com ação, não chama polícia”, destacou, em seguida.

Em outro trecho do vídeo, Bruna aparece ao lado da presidente da ONG Promessa Fiel, para onde a cachorra seguiu. “Fiz questão de vir para saber onde ela está e saio daqui aliviada”, disse, por fim.