Claudinho, ex-fundador do Soweto, detona integrantes do grupo

Por - 03/01/25 às 14:25

claudinho fundador do sowetoFoto: Reprodução/Instagram @claudinhodeoliveira

O cantor Claudinho de Oliveira, ex-fundador do grupo de pagode Soweto, usou suas redes sociais nesta sexta-feira (3) para se manifestar sobre uma polêmica envolvendo a marca do grupo. Ele respondeu às declarações dos ex-colegas Dado Oliveira e Criseverton, feitas em 2023, sobre a venda da marca para um investidor. Durante uma entrevista ao Pagodeando Podcast, Dado e Criseverton revelaram que a marca Soweto foi negociada sem o conhecimento de todos os integrantes. “Estávamos em negociação para resolver a burocracia da marca quando a venda foi concluída de surpresa”, disseram os músicos na época.

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Pronunciamento de Claudinho

Ao tomar conhecimento das declarações, Claudinho decidiu apresentar sua versão dos fatos em uma longa postagem em seu perfil oficial no Instagram. Ele afirmou que a situação exposta por seus antigos colegas não condiz com a realidade e que a venda ocorreu de forma inesperada: “Ao Dado e ao Criseverton do Soweto quero dizer: Respeitem a minha história. Por mim, vocês não cantam mais as minhas músicas. Vocês regravam as minhas músicas, me pedem liberação sem ônus nenhum, mas contam mentiras sobre mim nas redes sociais, me difamam, diminuem a minha caminhada, falam mal de mim pelas costas…”.

“Salve Gente Bamba! Vocês sabem o quanto eu evito polêmicas nas redes sociais, mas certas coisas não podemos deixar passar, sobretudo quando envolvem a nossa honra e reputação. Essa semana eu tive a infeliz notícia de que o Dado e o Criseverton do Soweto falaram super mal de mim em um podcast. Eu, de verdade, custei a acreditar, porque imaginei que nutríamos uma amizade sincera, cúmplice e sem falsidades. Contaram uma estória mentirosa, totalmente distorcida, com o único intuito de colocar a minha honra e a minha reputação em xeque e ganhar alguma visibilidade com isso”, afirmou ele, primordialmente.

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Claudinho resslta ser o principal compositor

Em então prosseguiu: “Sou fundador do Soweto junto com o Buiu, e no grupo colocamos Criseverton, Belo, Marcinho e Digo. Em 1991 tive um bar chamado Soweto, emprestei a marca ao grupo, que se encontrava sem nome. Além de idealizar, fundar e dar visibilidade ao grupo através de músicas minhas gravadas por outros grupos na época, como Katinguele, Relíquia, Sem Compromisso, Um Toque a Mais, Casa Nossa, Biru do Cavaco, Grupo JB, etc., eu fui o cara que arrumava casa pra o grupo tocar no início (como Sambarylove, JB), o cara que conseguiu quem investisse no nosso primeiro disco, o Vento dos Areais, o cara que esteve presente nas negociações do selo Chic Show, o cara que enfiou debaixo do braço vinil e CD desse trabalho e pegou trem pra Jundiaí e pra Mogi das Cruzes inúmeras vezes pra conseguir espaço nas programações da 105,7 e da Transcontinental”.

“Eu sou o cara que fez a maioria das músicas do Soweto, em todos os 04 álbuns. Fui o cara que Incluiu nome de parceiro do grupo em músicas minhas, porque ele queria reconhecimento e status. Participei ativamente (sob a orientação do Jorge Hamilton) na transferência do Soweto da Chic Show para a EMI. E com a crise gerada devido afastamentos do grupo, passei a ser o representante do grupo na EMI. Ainda assim, com muito trabalho, consegui compor 60% do repertório do álbum Fotografia, em tempo recorde”, falou ele em seguida.

Saída do grupo

“Saí do grupo em 2006, porque já não comungava com certas ideias e não queria assinar contratos artísticos temerários que pudessem colocar em risco o pouco que havia conquistado”, contou ele em seguida. Nessa época, ofereci a marca (que já era minha e já era utilizada no meu bar, desde 1991) ao grupo”.

“Disse a eles que iria sair do grupo, porque eu não poderia assinar um contrato de aspirações leoninas, mas que eu também, embora respeitasse a decisão em assinar da maioria, não poderia sair simplesmente e entregar tudo, minha luta, minha vida, minhas ideias de mão beijada. O trabalho foi árduo e a minha entrega não menos. Propusemos então a cessão da marca, onde eu figuraria como elemento interveniente. Ou seja, eles poderiam utilizar a marca e eu, na qualidade de cedente, receberia pela cessão o que todos recebessem”, continuou o cantor.

Detalhes da venda do grupo

Psteriormente, ele revelou: “Foi o que ficou acordado entre todos nós – algo muito próximo do pacto contratual que hoje media a turnê, e em que Dado e Criseverton figuram como cedentes da marca. Portanto, nada de extraordinário. De início, o Soweto ainda fazia um bom número de shows. Um ano se passou, dois anos se passaram, três anos e eles nunca repassaram a minha parte. Entrei em contato com um e com outro e só recebia evasivas. De fato eu nunca recebi. Alguns meses depois, diante das minhas cobranças, eles passaram a dizer que estavam dispostos a comprar a marca”.

“Sumiram por mais um ano. Um dia recebi um telefonema de um cara que eles tinham colocado no grupo, dizendo que tinha alguém interessado em comprar a marca. E se eu estava disposto a vender. Eu disse que não teria problemas, mas que eu precisava comunicar aos antigos do grupo. Entrei em contato várias vezes, novamente só evasivas. Diziam que ia comprar, porém não diziam quando. Até que eu decidi estipular um prazo final e decisivo”, afirmou Claudinho, em síntese.

Enfim…

“Fui muito transparente com eles. Disse que o investidor estava disposto concretizar o negócio e que, diante de tantos anos de espera e de desculpas, eu só poderia esperar por mais uma semana. A prioridade sempre foi deles. Disseram que até o prazo limite entrariam em contato comigo e solucionariam. Simplesmente sumiram mais uma vez sem justificativas. Decidi vender ao investidor, com uma ressalva no contrato de que nenhum deles (os antigos) pudessem ser tirados do grupo”, explicou.

Portanto, já que vocês dois afrontam a honra e a reputação do autor (mesmo vivendo das obras dele), com mentiras deslavadas, apenas por visibilidade, eu desautorizo vcs a reproduzirem /cantarem as minhas obras no SESC ou em outro qualquer lugar; tenham o mínimo de dignidade e tirem as minhas músicas de suas redes sociais e Plataformas digitais. Respeitem ao menos os direitos morais do compositor. Não quero que vocês cantem mais a minha música. Música de Claudinho de Oliveira agora é só na turnê Soweto 30″, concluiu Cludinho, por fim.

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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.