“Entrega legal” feita por Klara Castanho está disponível a todas as mulheres
Por Redação - 27/06/22 às 00:04
Na semana em que o caso de uma menina vítima de estupro virou polêmica, porque a justiça colocou empecilhos na interrupção da gestação, Klara Castanho também fez uma revelação importante sobre o direito das mulheres sobre os próprios corpos – e como esses direitos ainda representam um caminho que a sociedade precisa avançar muito.
A atriz tornou público que também engravidou após um estupro, mas não optou por interromper a gestação. Ela deu à luz a criança e fez o que é chamado “entrega legal”. O processo acontece quando a gestante encaminha o bebê para a adoção responsável. Dessa forma, profissionais cuidam para que uma família interessada siga o acolhimento e receba a guarda do recém-nascido.
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Infelizmente, a informação não é divulgada e milhares de mulheres e adolescentes sequer sabem que poderiam fazer essa escolha. Ademais, casos de assédio moral e violação da autonomia da mulher marcam esses processos com frequência.
Foi exatamente isso que Klara revelou, quando ouviu de um médico que ela seria obrigada a ‘amar o bebê’ ou quando uma enfermeira supostamente revelou a sites que ela estava grávida. Ainda que tenha pedido a exclusão de seus dados ao hospital, a informação de que a atriz estava internada ‘vazou’.
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Em seu comunicado, Klara cita o processo legal pelo qual passou para, finalmente, entregar o bebê à adoção responsável. Ela afirma que a atitude foi “um ato surpremo de cuidado”. É importante ressaltar que tudo isso é acompanhado por uma rede de profissionais responsáveis em pensar na saúde da mulher e na futura qualidade de vida da criança.
Psicólogos e assistentes sociais são os principais membros desse time. Um juiz também acompanha o caso, quem dá a sentença da destituição de guarda da gestante e, em seguida, a encaminha para a família adotante. É importante ressaltar que todas as mulheres podem realizar tal procedimento, independentemente da origem da gestação ser um estupro ou não.
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Para ter acesso ao serviço, a mulher precisa procurar a Vara da Infância e da Juventude ou comunicar o caso aos médicos e enfermeiros que a acompanham durante a gestação. Estes profissionais são responsáveis por dar orientação à gestante sobre o que fazer. Ademais, devem respeitar o sigilo absoluto e a escolha legal da grávida.
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