Fã que não conheceu Marília Mendonça recebe R$ 15 mil de indenização
Por Raphael Araujo - 14/10/22 às 16:00
Marília Mendonça era facilmente uma das maiores vozes musicais da nova geração de artistas brasileiros, deixando todo o país de luto após sua morte em acidente aéreo em novembro do ano passado, deixando uma legião de pessoas sem suas músicas e seu talento. Porém, o nome da artista continua presente na sociedade, inclusive envolvendo casos de Justiça, como o do universitário Caíque Costa contra a empresa Expo Águas Sumaré por conta de uma promoção realizada em 2018.
Segundo Rogério Gentile, colunista do UOL, a Justiça de São Paulo mandou indenizar o rapaz em R$ 15 mil por danos morais. O caso envolve uma promoção organizada pela empresa em questão, em que o vencedor teria direito de conhecer a cantora no camarim de um show na Expo Águas de Sumaré, no interior de São Paulo.
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Caíque foi o vencedor do sorteio, tendo inclusive sua imagem utilizada na divulgação do show, e teria recebido ordens de esperar uma ligação para entrar no camarim e conhecer Marília Mendonça. Entretanto, o acordo combinado não teria sido cumprido pela empresa em questão.
“O show aconteceu e não o chamaram para que pudesse realizar seu grande sonho de conhecer a cantora que tanto admira”, afirmou à Justiça advogado Ivan Cardoso, que representa o universitário, cuja indignação manifestou nas redes sociais na época. Me preparei para encontrar a Marília, segurei a minha ansiedade. Nem tinha mais lágrimas de tanto que chorei de felicidade, mas a sensação de ser enganado é horrível”.
DEFESA DA EMPRESA
A Expo Águas Sumaré garantiu no processo que telefonou sim para Caíque, mas que ele não teria atendido e nem comparecido ao camarim quando supostamente foi convocado pelo sistema de som do evento, além de que vencedores da mesma promoção estiveram no camarim.
“A conclusão óbvia, é de que, muito provavelmente o requerente [o rapaz] não ouviu a convocação”, foi dito à Justiça. Todavia, foi o jovem o vencedor do processo em primeira instância. A empresa recorreu e foi derrotada novamente ao final de setembro no Tribunal de Justiça.
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O desembargador Christiano Jorge, relator do processo, declarou que a organizadora do evento deveria comprovar que te fato chamou o rapaz pelo sistema de som “Nenhuma das testemunhas ouvidas soube afirmar, com certeza, se o nome do autor [do processo] foi chamado no dia dos fatos”, afirmou.
“A empresa utilizou-se da imagem do apelado para promover o evento, destacando como diferencial a possibilidade de o fã conhecer seu artista preferido, mas deixou de cumprir o anunciado”, concluiu ele. A Expo Águas Sumaré ainda pode recorrer novamente.
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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.