Gal Costa: Túmulo ganha placa com nome da cantora, 8 meses após sua morte

Por - 27/07/23 às 10:50

Gal Costa sorrindoGal Costa morreu há 8 meses e polêmica com a viúva só aumenta - Foto: Divulgação

Sem registro desde novembro de 2022, o túmulo de Gal Costa, enfim, ganhou uma placa de identificação com o nome da cantora. O corpo da artista está enterrado no mausoléu que pertence à família de Wilma Petrillo, sua companheira do fim da vida, no Cemitério Venerável Ordem Terceira Nossa Senhora do Carmo, na região da Consolação, em São Paulo.

A atualização da sepultura foi registrada por um fã da cantora, que visitou o cemitério e fotografou a placa. O nome de Gal está abaixo do de Basilissa Coelho Franco, que morreu em 1968.

No registro é possível observar que Gal Costa está identificada com seu nome artístico e não com verdadeiro. Ela foi registrada como Maria da Graça Costa Penna Burgos, mas nos anos 1980 ela o alterou para Gal Maria da Graça Penna Burgos Costa.

FÃS E AMIGOS CRITICARAM LOCAL DO ENTERRO

O fato de o corpo da cantora ter sido enterrado no mausoléu da família de Wilma Petrillo, gerou uma série de críticas por parte de fãs e amigos de Gal.

Eles alegam que aa artista teria o desejo de ser enterrada no local onde está sepultada a sua mãe, Mariah, no Rio de Janeiro.

Vale lembrar que Wilma tem sido acusada de praticar golpes e assédio moral em funcionários de Gal Costa.

Placa do túmulo de Gal Costa
A placa foi colocada após protestos de fãs da cantora – Foto: Reprodução

ENTENDA A POLÊMICCA ENVOLVENDO A VIÚVA DE GAL COSTA

Um caso impressionante e assustador veio à tona na edição do mês de julho da conceituada revista Piauí. Segundo a publicação, Wilma Petrillo, empresária e companheira da falecida cantora Gal Costa por quase 30 anos, é acusada de assédio moral, ameaças e golpes financeiros, resultando na falência da renomada artista. A revista foi lançada nesta quinta-feira, 6 de julho e revela supostos segredos da vida em comum de Gal e Wilma, que até então permaneciam desconhecidos.

A revista ouviu treze pessoas: seis ex-funcionários que trabalharam com a cantora, seis amigos e um parente. Todos afirmaram que as finanças de Gal minguaram no período em que ela viveu ao lado de sua companheira.

A matéria afirma que Wilma é acusada de ignorar os desejos de Gal Costa quanto ao local de seu enterro. Segundo o seu irmão, a cantora desejava ser sepultada no Rio de Janeiro, ao lado de sua mãe, mas, sob a influência de Wilma, foi enterrada em São Paulo, no mausoléu da família da empresária. As decisões tomadas no funeral decepcionou fãs  que alegam que tudo o que foi feito após a sua morte não condiz com a grandeza da artista. Além disso amigos próximos a cantora, como o ator Ciro Barcelos que relatou seu sentimento ao chegar ao velório de Gal: “Me desesperei quando vi o caixão sendo fechado, sem aplausos, sem uma homenagem digna. Tinha um clima de frieza no ar”.

 O diretor Daniel Filho, amigo de Gal e de Wilma, declarou ter ouvido histórias sobre o passado de Wilma, mas que jamais chegou a uma conclusão. “Sei lá, é um mistério. Dizem muita coisa, mas eu prefiro ficar com a versão da Wilma.”

Outro relato impressionante presente na revista informa que no mausoléu onde Gal está enterrada, não existe sequer uma lápide com o nome da cantora. Fãs visitam o local costumam colocar fotos e dizeres sobre o túmulo.

AFASTAMENTO DA FAMÍLIA, RELACIONAMENTO ABUSIVO E FALÊNCIA

Os supostos golpes teriam começado antes mesmo do envolvimento do casal. Antes de conhecer Gal Costa, Wilma namorava a arquiteta Margarida Jacy, com quem teve um relacionamento de três anos e meio e compartilhava uma casa. No entanto, após conhecer Gal, Wilma Petrillo desapareceu da vida de Jacy e nunca pagou sua parte na propriedade.

Há especulações de que Wilma tenha dilapidado toda a herança deixada por sua rica família paulista e que tenha recorrido a golpes para manter seu padrão de vida. Segundo relato do médico Bruno Prado, ex-amigo do casal, Wilma pediu emprestado 15 mil reais, alegando que Gal precisava de uma cirurgia. Após receber o dinheiro, Wilma desapareceu da vida de Prado e passou a ameaçá-lo, levando-o a registrar uma ocorrência policial que foi resolvida em uma audiência em 2012.

Guto Burgos, irmão de Gal Costa e responsável pela administração de sua carreira, foi afastado quando Wilma entrou em cena. Gal decidiu trabalhar com outra pessoa e se distanciou de seu irmão em 1997, o que foi um momento estranho para ambos, considerando a estreita amizade que possuíam. A partir desse momento, os interesses empresariais e as finanças de Gal passaram a ser controlados por Wilma, e a cantora reduziu o contato com a maioria de seus amigos. O telefone fixo da nova casa sempre estava ocupado ou as chamadas eram direcionadas para a caixa postal.

Guto Burgos revelou que Gal já possuíra oito salas comerciais, uma cobertura e um apartamento, além de propriedades em Salvador, Trancoso e Nova York, mas morreu sem nenhum desses bens. Essa situação causa dor e dá a sensação de que todo o trabalho da cantora foi em vão. O filho da cantora, Gabriel, herdou apenas um apartamento no bairro dos Jardins, em São Paulo, como o ativo de maior valor. O imóvel foi adquirido em 2020 por 5 milhões de reais.

PROBLEMAS FINANCEIROS E HUMILHAÇÕES

Um ex-funcionário descreveu a conta bancária de Gal Costa como um “buraco negro”. Segundo ele, presenciou uma discussão entre o casal em 2015, na qual Gal questionou por que o dinheiro entrava e desaparecia enquanto as dívidas não paravam de aumentar. Wilma respondeu insultando Gal, dizendo que ela era velha e que as pessoas não queriam mais contratá-la.

Wilma Petrillo não aceitou conceder uma entrevista à Piauí. Seu advogado enviou uma advertência à revista, afirmando que tomaria medidas judiciais caso a matéria fosse publicada.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino