Gilberto Gil reflete sobre uso diário de maconha, aos 82 anos
Por Flavia Cirino - 27/06/24 às 07:29
Gilberto Gil, um dos maiores ícones da música brasileira, completou 82 anos na quarta-feira, 26 de junho e chamou atenção ao confirmar que faz uso de maconha diariamente, embora com menos frequência e virtude “do esforços físicos e mentais”.
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Em uma entrevista para a revista Breeza, especializada no universo da cannabis, ele abriu o jogo sobre sua relação com as drogas.
“Dentre os hábitos da minha geração, um deles era as experiências com expansores de estados de consciência, então eu acho que tava de acordo, compatível com um momento da vida, a minha idade, o meu impulso daquele momento”, ressaltou Gil, primeiramente.
Em seguida, o artista baiano enumerou o que já usou: “Durante muitos anos experimentei a cannabis, o peiote, o ácido lisérgico, a ayahuasca, experimentei vários transformadores, expansores de consciência porque, afinal de contas, estavam na pauta”.
Gilberto Gil desataca a mudança de perspectiva
Contudo, com o passar dos anos, a relação de Gil com as drogas mudou significativamente: “É cada vez menos frequente. Tenho nenhum impulso, nenhuma vontade de forçar os processos de transformação da realidade através de situações mentais porque não tenho vontade disso, não tenho mais. Não tenho inclusive energia suficiente para isso”.
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O artista já havia comentado, no ano passado, à Veja, sobre o tema: “Eventualmente posso dar um tapa. Usei de 1967 até 2010, mas deixei porque passou a me dar uma leve taquicardia. Antes, gostava de fumar para tocar, cantar, compor. Nunca gostei de cocaína. Durante o exílio em Londres, no pós-tropicalismo, tomei ácidos. Experimentei tudo que uma viagem lisérgica propicia — o surreal, o surrealismo e o cubismo”.
Decisão do STF sobre o uso de maconha
Paralelamente às declarações de Gil, o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu na quarta-feira, 26 de junho, um novo parâmetro legal para diferenciar usuários de traficantes de maconha, definindo o critério de 40g ou seis plantas fêmeas.
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Essa decisão faz parte do julgamento que descriminalizou o porte da droga para uso pessoal nesta terça-feira e gerou diversas reações no Congresso.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino