José de Abreu terá que indenizar Carlos Vereza. Saiba o que aconteceu!

Por decisão da juíza Flávia Viveiros de Castro, da 6ª Vara Cível da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, José de Abreu terá que pagar a Carlos Vereza uma indenização de R$ 25 mil.

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Além do valor, referente a danos morais, Abreu terá que se retratar, no Twitter. Isso porque, em janeiro de 2020 ele fez uma postagem na rede social disparando contra o colega de profissão.

“Meu caro colega Carlos Vereza (….) Achei bonita sua hipocrisia, sua falta de caráter e memória, digna de um esclerosado que costuma falar com supostos aliens”, escreveu

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José de Abreu ainda afirmou, no post, que Carlos Vereza teria agredido uma colega de profissão no exercício de sua atividade ao mencionar a seguinte expressão: “(…) Quem ataca fascistas e apoiadores de fascistas, como você e Regina Duarte, mas que jamais atira uma bengala numa colega em início de carreira, em cena, como você fez na novela “Corpo dourado”. Hipocrisia sua, falta de caráter e memória. Estava lá e vi!”.

Entenda o caso

A treta começou em 27 de janeiro de 2020, quando José de Abreu fez duras críticas a Regina Duarte, que havia aceitado o convite do então presidente Jair Bolsonaro para assumir a Secretaria Especial da Cultura.

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Vereza foi às redes sociais pedir que o ator tivesse respeito pelas escolhas da colega de profissão: “Alô, José de Abreu! Respeite a Regina Duarte! Respeite as escolhas diferentes das suas! Sempre te tratei com afabilidade, aceitando seu ponto de vista em questões ideológicas. Por que vibrar sempre no ódio, nas baixas energias? Procure em você o lado mais generoso, que, com certeza, possui”, iniciou.

“Embora não acredite, estamos numa democracia, 57 milhões de eleitores fizeram uma escolha, assim como você. Esqueça os tristes adjetivos, o país carece de amabilidade. Espere, calmamente, até 2022 e vote nos seus candidatos”, escreveu em seu Facebook, citando um verso do poeta francês Arthur Rimbaud.

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José de Abreu reagiu: “Meu caro colega, Carlos Vereza. Achei muito bonito seu apelo para que eu respeite Regina Duarte. Mas, infelizmente, eu não respeito nem fascistas nem quem os apoia, como você e ela”, publicou.

“Achei bonita sua hipocrisia, sua falta de caráter e memória, digna de um esclerosado que costuma falar com supostos aliens, considerados ‘espíritos superiores’ que vieram visitá-lo em discos voadores, como se pode ver em um vídeo postado na rede”, continuou.

Abreu ainda relembrou um episódio que teria acontecido nos bastidores da novela “Corpo Dourado” (1998), da Globo, em que Carlos Vereza teria dado uma “bengalada” em uma colega de profissão.

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“Achei também muito bonita sua citação de Rimbaud, um artista louco como eu, não como você, doente, que vê discos voadores. Uma loucura sadia, produtiva, como deve ter todo artista. Como a minha, que ataca fascistas e apoiadores de fascista, como você e Regina Duarte, mas que jamais atira uma bengala numa colega em início de carreira, em cena, como você fez na novela Corpo Dourado. Eu estava lá e vi”, declarou.

A Justiça entra em cena

Afirmando que as publicações de Abreu ultrapassaram o limite da liberdade de expressão e foram feitas com o único intuito de ferir sua honra e moral, Carlos Vereza acionou a Justiça.

“Tratam-se de insultos e ofensas gratuitas e desnecessárias. O autor tem um nome a zelar, pessoa idônea, ator e diretor consagrado no meio artístico com mais de 60 anos de profissão, não merecia passar por isso. E pior, a repercussão do fato foi imensurável, quando praticado pela rede mundial de computadores com visualização de milhares de pessoas e divulgação por diversos meios de comunicação”, destacou a defesa do veterano no processo criminal.

Em 16 de abril de 2020, a juíza responsável pela ação cível pediu que os atores manifestassem seus interesses em uma audiência de conciliação.

Nova tentativa

Derrotado na Justiça criminal, Carlos Vereza decidiu processar José de Abreu na esfera cível e pediu uma indenização por danos morais de R$ 80 mil.

A ação foi protocolada em 10 de fevereiro na 6ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, 11 dias após Vereza ter sua queixa-crime rejeitada na esfera criminal.

A juíza titular Flavia de Almeida Viveiros de Castro pediu que os dois atores se manifestassem sobre a intenção de realizar uma audiência de conciliação. Vereza já havia expressado em sua petição inicial que dispensava o encontro com o ex-colega.