Justiça de São Paulo exige que Qatar Airways pague tratamento a influencer

Por - 22/12/22 às 15:30

Juliana NehmeJuliana Nehme - Reprodução/Instagram

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que a Qatar Airways deve pagar tratamento psicológico ou psiquiátrico para a influenciadora Juliana Nehme. A decisão é da juíza Renata Martins de Carvalho, da 17ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo.

Na sentença, a Qatar Airways deve arcar com o custo de “uma sessão de terapia semanal no valor de R$ 400 cada”.

O custo total deve chegar a quase R$ 20 mil, já que deve durar um ano. “Perfazendo R$ 19.200, a ser depositado na conta bancária da autora. Medida razoável e proporcional para assegurar a superação do evento estressante e traumático pela coautora Juliana, bem como, garantir o tratamento psiquiátrico para o transtorno mental e emocional”, descreve a juíza.

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A medida deve começar em janeiro de 2023 e a Qatar Airways ainda pode recorrer da decisão judicial.

Na época que o caso veio à tona, a Qatar Airways chegou a emitir um comunicado oficial sobre o caso.

“A Qatar Airways trata todos os passageiros com respeito e dignidade e, de acordo com as práticas da indústria e de forma semelhante à maioria das companhias aéreas, qualquer pessoa que impossibilite o espaço de um outro passageiro e não consiga prender o cinto de segurança ou abaixar os apoios de braço pode ser solicitada a comprar um assento adicional tanto como uma precaução de segurança quanto para o conforto de todos os passageiros”, afirmou.

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“A passageira em questão no Aeroporto de Beirute foi inicialmente extremamente rude e agressiva com a equipe de check-in quando um de seus acompanhantes não apresentou a documentação PCR necessária para entrada no Brasil. Como resultado, a segurança do aeroporto foi solicitada a intervir, pois funcionários e passageiros estavam extremamente preocupados com a situação. Podemos confirmar que a passageira já foi realocada em um voo da Qatar Airways esta noite saindo do Líbano com destino ao Brasil”, disse.

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RELEMBRE O CASO

Na terça-feira, 22 de novembro, Juliana, que estava no Líbano, tentou embarcar em uma conexão para Doha e, na sequência, para São Paulo, mas foi impedida. Ela fez o relado nas redes e sua voz foi ouvida por milhares de pessoas na internet. Ela foi para Beirute para conhecer a família de sua mãe, de origem libanesa.

“Estou no Líbano. Vim pela AIR France e foi tudo bem no voo! Vim de passagem econômica e não passei por nenhum constrangimento ou assédio. Comprei uma passagem de volta para o Brasil pela Qatar e chegando na hora de fazer o chek in uma aeromoça da Qatar chamou minha mãe enquanto a moça finalizava nosso chek in e disse pra ela que eu Não era bem-vinda para embarcar porque sou gorda. E eles não iam me receber no voo! Só se eu comprasse passagem de primeira classe. Ela reteve as passagens da minha mãe, minha irmã, meu sobrinho e a minha! Depois de horas implorando, ela devolveu todas as malas que já tinha sido despachadas alegando que eu teria que comprar classe executiva ou não viajaria. Tentei até o final que me permitissem voar, já que estávamos em 4 pessoas viajando juntas, e ela se recusou até o final a vender a passagem pra mim! Uma passagem que tem um custo de 3 mil dólares pra ser executiva. Eu paguei mil dólares. Fiquei por quase 2 horas implorando pra viajar. Minha mãe tentou de tudo. Fui ameaçada. Ao tentar gravar o que eles estavam fazendo a moça do guichê me empurrou e nada adiantou. Fui ameaçada se não parasse de gravar. Eu estou retida no Líbano. Eles queriam que minha mãe fosse embora e me deixasse sozinha aqui no Líbano. Mas Não falo inglês nem árabe. Ela se recusou”, contou na ocasião.

“Minha irmã foi com meu sobrinho embora para o Brasil e ficamos aqui! Estou tendo gastos com hotel e táxi que não precisava! Não tenho dinheiro para me manter aqui por mais tempo. E eles disseram que eu tenho que pagar outra passagem pra minha mãe e o upgrade da minha pra executiva. Mas ninguém quis me vender! Fui extremamente humilhada na frente de todas as pessoas que estavam no aeroporto! Tudo isso porque sou gorda”, finalizou.

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Formado desde 2010, já passou pelas editorias de esporte e entretenimento em outros veículos do país e atualmente está no OFuxico. Produz matérias, reportagens, coberturas de eventos, apresenta lives e ainda faz vídeos curtos para as redes sociais