Lazão e Da Ghama, do Cidade Negra, respondem acusações de Toni Garrido
Por Redação - 18/04/22 às 16:21
Eita! Em uma entrevista ao G1, os ex-integrantes do grupo de reggae Cidade Negra, Lazão e Da Ghama falaram sobre a disputa judicial acerca do nome da banda e as recentes acusações de Toni Garrido e Bino Farria, que, atualmente, são os únicos membros do conjunto. De acordo com Nehemias Gueiros Jr., advogado do trio, ele e os três ex-membros procuram “uma reorganização da legalidade da situação”.
“Toni tem vários atributos positivos, canta bem, tem boa performance de palco. Mas ele nunca foi nem será o dono da marca. O ato de registrá-la somente em seu nome foi desleal. Há uma ação na Justiça Federal contra o INPI”, disse o advogado na entrevista.
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Já segundo Garrido, que está registrado como dono do Cidade Negra no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, ele foi definido como o único sem pendências judiciais dentre todos os integrantes. No entanto, Nehemias afirma que a afirmação “não se sustenta” e que Toni assinou um contrato definindo que o nome do grupo só poderia ser usado com os três integrantes. “Quem se apropriou da marca sem ser fundador e violando um contrato assinado foi Toni Garrido”, afirmou o advogado.
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Bino, o baixista do grupo, também está na briga pelo nome da banda, afirmando até que foi ele quem o inventou. Apesar disso, Lazão, Ras Bernardo e Da Ghama cutucaram o ex-companheiro de banda e dispararam: “Que traga as testemunhas e prove isso”.
BRIGA E AGRESSÕES
Sobre a briga relatada por Toni, Lazão fez questão de contar o acontecimento em detalhes, afirmando que não foi o único agressor durante o episódio: “Eu disse ‘não vou brigar com você, porque você não tem condições de brigar comigo. Eu treino jit-jitsu desde os anos 90. Eu sei me defender, tenho equilíbrio, emocional.’ Quando ele chegou perto de mim, eu disse que não ia brigar. Ele me agarrou por trás, eu empurrei ele, que caiu em cima de uma mesa”.
“Vieram me segurar. Nisso que as pessoas me seguraram, o Bino não estava nem perto. Ele disse que tomou um soco no nariz e sangrou, ele não estava nem perto. Eu vi o Toni me dando um soco na costela, eu sendo segurado, vi o rosto dele cruzar pro lado esquerdo onde direcionei um soco de mão fechado para pegar no rosto. Eu vi que iria pegar e fazer um estrago. Eu sou tão confiante naquilo que eu faço, que na hora que eu vi que ia pegar, eu abri a mão e dei um tapa no rosto dele. Então, ali virou uma ira”, continuou o músico.
“Eu treino jiu-jistu para me defender. Pergunta quem é Lazão no Rio de Janeiro e vão falar da minha essência. Eu tinha que parar com esses 12 anos de escravidão e boicote feitos pelo Toni Garrido e Bino Farias. Vou resgatar o nome do Cidade Negra com os verdadeiros fundadores. Eu tenho orgulho e amor pela poesia que anima os corações tristes”, afirmou.
Além disso, Lazão ainda falou sobre a acusação de Garrido acerca de roubos entre os integrantes: “Eu nunca roubei nada, mas vendi, sim, cinco instrumentos dele que estavam podres, comidos de cupim, para pagar uma conta de luz e botar comida na mesa da minha família. Eu vendi tudo, moto bicicleta, as coisas do estúdio. Não tinha mais lada para vender”.
“Foi acabando tudo na minha casa, luz cortada, eu peguei três violões dele comido de cupim, e duas guitarras sem cordas, sem captador, já tudo comido… o cara falou: ‘irmão, se eu comprar essa guitarra eu vou gastar muito mais na revisão dela, colocando captadores novos e esses violões eu vou ter que levar no luthier. Mas você é meu amigo.’ Vendi por telefone, ele mandou uma passei buscar aqui e eu entreguei”, relatou.
“E eu vou te falar que eu não recebi nem R$ 5 mil nessa venda dessas duas guitarras e desses três violões tudo podre. Eu nunca roubei nada de ninguém. Eu vendi porque tiraram o pão da minha família, meu sustento de 35 anos, desde quando eu fundei a banda com Ras Bernardo, Da Ghama e Bino, juntos. Eu sempre me mantive equilibrado, quando aconteceu essa briga, com o Toni descontrolado por algum motivo”, continuou.
Por fim, Lazão ainda afirmou que Toni, apesar de ser um integrante do grupo, mantinha uma carreira solo ao mesmo tempo e, por isso, não tinha tempo para sair em turnê com o Cidade Negra. “Ser chamado de Ladrão, desculpa, mas quem estava fazendo caixa 2 não sou eu”, declarou.
ACUSAÇÕES DE SUBORNO
Além de Lazão, Da Ghama também fez questão de se pronunciar sobre o assunto e afirmou ter ficado indignado com as acusações de Garrido. “Eu não consigo entender essa acusação, eu gostaria que ele provasse com mais embasamento. É uma situação muito negativa, depreciativa e aguardo a prova sobre a fala dele”.
Sobre a briga entre o baterista e Garrido, Da Ghama também esclareceu, desmentindo o vocalista: “Foi uma briga de dois homens, é uma situação que acontece no mundo da música pop. É importante deixar claro que houve uma agressão de ambas as partes e que estamos aqui no foco da marca Cidade Negra, que começou em 1985 a história dessa banda, em Belford Roxo, onde a gente juntos pensou no nome e veio a ideia do nome Cidade Negra, mas mostrando que a marca se mostrou valorizada com o trabalho de todos”.
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