Léo Lins protesta após deixar o SBT: “Censores”
Por Redação - 06/07/22 às 22:00
Léo Lins publicou um vídeo nesta quarta-feira, 6 de julho, no qual fala sobre a polêmica que envolveu sua saída do SBT. Sem citar a empresa, o humorista reclama da “vigilância” constante que os força a uma submissão. De acordo com ele, algumas acusações se tornaram comuns.
“Agora temos censores e um sistema de vigilância, forçando-nos a nos conformar e solicitando a nossa submissão. ‘Autismo’ não é adjetivo, ‘humor negro’ é racismo, ‘gordofobia é crime’, ‘capacitista’, ‘racista’, ‘fascista’”, declarou.
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Em seguida, o autor de “Perturbador”, garante que não deixará de usar termos delicados e aposta no “humor negro” como subgênero do humor. Ele ainda explica que esta é uma forma de lidar com temas sensíveis:
Forçar uma mudança por meio do medo da punição não é o caminho. Eu vou continuar fazendo humor negro, um subgênero do humor, que lida com temas sensíveis. Se eu mudo o nome desse gênero para evitar tensão, eu estou indo contra a essência básica desse gênero do humor”
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Léo Lins continua sua fala de maneira sarcástica, quando compara feministas a animais. Seu discurso segue o mesmo: não pretende parar de falar a respeito de temas delicados à sociedade.
“Vou continuar usando a palavra ‘autismo’. Não de forma pejorativa, isso eu nunca fiz. Vou continuar fazendo piadas de gorda, magra, orelhuda, cabeçuda, de negro, branco, de gays, heteros. E até de animais, cachorros, gatos, feministas”, ironiza.
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Apesar do vídeo público, publicado de modo aberto em uma rede social, o humorista garante que não faz provocações do tipo “no meio da rua”. Para ele, isso sim seria grosseiro.
Não no meio da rua. Isso seria extremamente grosseiro, inaceitável. Afinal, o ponto de ônibus não é um palco de stand-up. Mas, eu sei que vão tirando piadas de contexto, manipulando informações e criando regras sem sentido”
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O texto de Léo Lins segue falando a respeito de palavras que, de acordo com ele, são censuradas, como “autista” ou “gorda”. Segundo o comediante, seu trabalho é uma ferramenta para “furar bolhas” e “estourar o mundo de fadas” que as pessoas vivem atualmente.
“O problema não está nas palavras, tampouco nas piadas (…). O mundo de hoje é feito de bolhas e piadas são agulhas. Então, elas devem ser extintas? A agulha pode estourar o seu mundo de fadas e a proteção da sua frágil bolha, mas também é por meio delas que anticorpos podem ser introduzidos no seu corpo e torná-lo mais forte e resistente”, finaliza.
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