Lizzo é processada por assédio sexual e ambiente hostil de trabalho

Três ex-dançarinas de Lizzo estão processando a cantora, acusando-a de assédio sexual, ambiente de trabalho hostil, discriminação e outras reivindicações. Arianna Davis, Noelle Rodriguez e Crystal Williams afirmaram nos documentos da corte que passaram por várias situações contra sua vontade, somente por medo de sofrerem retaliação e perderem o trabalho.

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As mulheres acusam Lizzo de coagi-las a participar de shows nus de cabaré, e outras atividades, e as que não aceitam dançar conforme a música da artista, são demitidas ou ‘castigadas’ como por exemplo, comer bananas da vagina de artistas sexuais em Amsterdã. Mas, se elas concordavam com a ideia de diversão de Lizzo eram recompensadas com luxuosas viagens em jatos particulares para locais tropicais.

Em entrevista ao programa “TMZ Live”, duas delas, Arianna e Crystal revelaram o motivo de suas respectivas demissões. Enquanto Crystal disse que foi acusada de beber antes das apresentações, Arianna afirma que Lizzo a envergonhou por ganhar peso e usou um suposto distúrbio alimentar para justificar sua demissão.

Depois de tomar conhecimento do processo das dançarinas, a diretora de documentário Sophia Nahli Allison twittou na terça-feira (1) que queria falar contra Lizzo porque “validar as experiências de outras mulheres negras é profundamente importante” para ela.

A cineasta começou compartilhando uma foto sua segurando uma câmera grande durante um show, explicando que havia “viajado um pouco com Lizzo” em 2019 para o documentário “Love, Lizzo”, lançado pela HBO Max em 2022.

Allison afirmou que na época “afastou-se” do projeto “depois de cerca de duas semanas” porque foi “tratada com muito desrespeito” pela artista.

“Eu testemunhei como ela é arrogante, egocêntrica e cruel”, Allison alegou. “Meu espírito disse para correr o mais rápido que puder [longe dela] e estou muito grata por ter confiado em meu instinto (…) me senti profundamente ferida, mas me curei.”

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De acordo com a coluna “Page Six”, do jornal “The New York Post”, a diretora de 36 anos disse que ler as alegações das dançarinas Arianna Davis, Noelle Rodriguez e Crystal Williams contra Lizzo, 35, a fez perceber “o quão perigosa é a situação” de sua própria experiência.

Ela concluiu: “Esse tipo de abuso de poder acontece com muita frequência. Muito amor e apoio às dançarinas.”, disse.

Mais tarde, Allison contou que se reuniu com outras pessoas que “compartilharam em particular” suas próprias “experiências muito semelhantes” com Lizzo.

Ela então alegou: “Lizzo cria um ambiente laboral extremamente tóxico e hostil e prejudica o trabalho… o trabalho e a autoridade de outras mulheres negras e pardas no processo.”, afirmou, chamando Lizzo de ‘agressora narcisista’ que “construiu sua marca com mentiras”.

“Fiquei empolgada em apoiar e proteger uma mulher negra por meio do processo documental, mas rapidamente descobri que sua imagem e ‘mensagem’ eram uma fachada”, concluiu Allison.

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MAIS ACUSAÇÕES

Outras pessoas que trabalharam com Lizzo ao longo do caminho, decidiram demonstrar seu apoio publicamente a Davis, Rodriguez e Williams, chamando-as de ‘corajosas’ por fazer essas revelações.

A dançarina Courtney Hollinquest alegou através dos stories do Instagram que o que as dançarinas profissionais alegaram no processo foi “muito [de sua] experiência em [seu] tempo lá”.

Quinn Whitney Wilson, ex-diretora criativo de Lizzo, repostou a declaração de Hollinquest e escreveu sobre ela: “Não faço parte desse mundo há cerca de três anos, por um motivo. Eu aplaudo muito a coragem das dançarinas em trazer isso à tona, e lamento partes de minha própria experiência. Eu agradeço ter espaço para entender meus sentimentos.”, pediu.

A revista “People” também confirmou o processo aberto no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles contra a cantora, cujo nome verdadeiro é Melissa Jefferson; sua produtora, Big Grrrl Big Touring, Inc.; e a capitã da equipe de dança de Lizzo, Shirlene Quigley.

Lizzo ainda não comentou publicamente, nem respondeu ao processo no tribunal.

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