Filho de Rainha Elizabeth II, Príncipe Andrew é processado por abuso sexual de menor
Por Luigi Civalli - 10/08/21 às 10:15
Mais um escândalo coloca a Família Real Britânica no olho do furacão. O príncipe Andrew, terceiro filho e o queridinho de Rainha Elizabeth II, está sendo processado por abuso sexual por Virginia Roberts Giuffre.
Ela, que é uma das vítimas de Jeffrey Epstein, bilionário americano acusado por vários abusos e que se matou na prisão acusado de pedofilia, disse que o duque de York abusou sexualmente dela quando tinha menos de 18 anos.
“Estou responsabilizando o príncipe Andrew pelo que ele fez comigo. Os poderosos e os ricos não estão isentos de serem responsabilizados por suas ações. Espero que outras vítimas vejam que é possível não viver em silêncio e medo, mas pode-se recuperar sua vida falando e exigindo justiça”, disse Virginia em um comunicado compartilhado por seus advogados.
A ação busca indenizações compensatórias e punitivas não especificadas e acusa o príncipe Andrew de agressão sexual e inflição intencional de sofrimento emocional. “Não tomei essa decisão levianamente. Como mãe e esposa, minha família vem em primeiro lugar. Sei que essa ação me sujeitará a mais ataques do príncipe Andrew e seus comparsas. Mas eu sabia que, se não prosseguisse com essa ação, estaria decepcionando minha família e as vítimas em todos os lugares”, explicou Virginia.
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Vale ressaltar o processo acontece dias antes da data de expiração de uma lei do estado de Nova York que permite que supostas vítimas de abuso sexual na infância entrem com ações civis que, de outra forma, poderiam ser barradas por limitações legais.
“Se ela não fizesse isso agora, estaria permitindo que ele escape de qualquer responsabilidade por suas ações. Virgínia está empenhada em tentar evitar situações em que pessoas ricas e poderosas escapem de qualquer responsabilidade por suas ações”, disse o advogado David Boies em um comunicado.
RELATO DOS ABUSOS SEXUAIS
De acordo com o canal 4 da rede NBC, Virginia diz, nos documentos do processo, que Andrew abusou sexualmente dela em Londres, na casa de Ghislaine Maxwell, namorada de Epstein, sendo forçada a manter relações sexuais com o príncipe contra sua vontade. Como se não bastasse, outro abuso aconteceu, mas na mansão de Epstein em Nova York.
SUICÍDIO DE JEFFREY EPSTEIN
Jeffrey Epstein se suicidou aos 66 anos em uma prisão federal em Manhattan em agosto de 2019, um mês depois de ser preso por tráfico sexual. A namorada dele, Ghislaine, está sendo processada pelo mesmo motivo e está presa em um tribunal federal de Manhattan, onde será julgada em novembro. Ela se declarou inocente.
Um porta-voz do príncipe Andrew disse que não haveria comentários sobre o processo. Porém, para evitar escândalos maiores, ele deixou as funções como membro da realeza em 2019, quando o assunto surgiu na imprensa.
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O ESCÂNDALO
Vale Lembrar que o assunto veio à tona em 2019. Príncipe Andrew era amigo do bilionário americano Jeffrey Epstein, que, em 2008, se declarou culpado e cumpriu 13 meses de prisão por ter procurado uma menor de idade para prostituição. A pena foi um acordo entre ele e a Justiça dos Estados Unidos, que chegou a identificar 36 menores com quem teria se relacionado.
A coisa ficou ainda mais séria em 2019, quando Epstein foi preso outra vez, agora acusado de tráfico sexual de menores entre Nova York e a Flórida. Um mês após ser preso, ele se suicidou na prisão.
A amizade de Andrew e Epstein começou em 1999, já que o bilionário frequentava festas da Família Real. A relação entre eles era frequente até 2010, quando Epstein deixou a prisão. A imprensa britânica afirma que Epstein tinha 13 celulares para entrar em contato com Andrew.
Além do processo de Virginia, que veio à tona agora, outra mulher, Johanna Sjoberg, que também foi vítima de Epstein, afirmou há algum tempo que Príncipe Andrew abusou dela em 2001, no apartamento de Epstein em Manhattan.
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