Sem medo, Oliver Stone elogia o presidente da Rússia, Vladimir Putin

Por - 03/05/23 às 13:00

Oliver StoneOliver Stone / Reprodução / YouTube

Oliver Stone não teme entrar em controvérsia ou polêmica e sempre diz o que pensa. O cineasta, que está trabalhando atualmente em um documentário sobre o presidente Lula, desta vez elogiou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmando que ele é um “grande líder para seu país”. Em 2017 o diretor de “Platoon” já havia elogiado o governo de Putin, dizendo que ‘o povo russo nunca esteve melhor’.

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Agora, mesmo diante da invasão à Ucrânia, um assunto polêmico, ele acredita que Putin continua sendo ‘amado pelo povo’ e afirma que sua nação está fazendo um “ótimo trabalho” em questões como a energia nuclear.

Em entrevista ao jornal “The Guardian” ele afirmou:

“Acho que a Rússia está fazendo um ótimo trabalho com energia nuclear. A China também é líder nesse campo, embora eu nunca tenha conseguido penetrar na China, o que foi uma pena para o filme que eu gostaria de ter. Mas Putin é um grande líder para seu país e as pessoas o amam.”

Stone assegura que se considera “no meio” do espectro político, mas chamou o líder democrata e atual presidente dos Estados Unidos, Joe Bidende, “guerreiro frio”, enquanto seu presidente favorito de todos os tempos seria o falecido John F. Kennedy.

Ele acrescentou sobre sua posição política: “Eu diria meio extremo. A verdade é importante para mim e estamos procurando a verdade. Acho que me deparei com um assunto muito importante, que é a mudança climática. E sou grato por isso. Poderia ser meu último filme, sabe, porque estou naquela idade em que posso desmaiar amanhã.”

CONTROVÉRSIAS

O cineasta Oliver Stone chegou a promover em 2020 que o Prêmio Nobel da Paz fosse dado para a brigada médica Henry Reeve, integrada por médicos cubanos. Stone elogiou o trabalho humanitário realizado pelos profissionais de Cuba no mundo todo:

“Sempre admirei o trabalho humanitário dos médicos cubanos em tantos países afetados por pandemias, desastres naturais e doenças. A Brigada Henry Reeve merece o Prêmio Nobel da Paz.”, indicou na época.

Stone já realizou alguns trabalhos muito polêmicos nos quais mostra sua simpatia por alguns movimentos esquerdistas, como os ocorridos em Cuba e Venezuela.

A brigada em questão leva esse nome graças à luta de um soldado estadounidense, que deixou o Brooklyn para lutar pelos cubanos durante a Guerra dos Dez Anos (1868-1878).

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Henry Reeve, ou ‘Enrique, o americano’ como era chamado pelos cubanos, foi um jovem americano que aos 19 anos deixou o Brooklyn, Estados Unidos, para se juntar à causa emancipatória cubana durante a Guerra dos Dez Anos e se tornar um general de brigada do Exército da Libertação. Ele foi um exemplo de solidariedade e humanismo manifestado desde a etapa das primeiras lutas pela independência em Cuba.

Tinha só 26 anos quando morreu, e já tinha participado em 400 combates contra o exército espanhol.

Henry Reeve foi homenageado pelo governo de Cuba em 1976, no centenário de sua morte, com um selo postal. Em resposta ao furacão Katrina, Cuba reuniu 1.586 de seus médicos para oferecer assistência humanitária aos Estados Unidos. A oferta foi rejeitada pelo presidente George W. Bush e, em 19 de setembro de 2005, Fidel Castro criou a Brigada Henry Reeves, batizada assim em sua memória.

Stone já fez também muitas críticas ao ex-presidente Barack Obama. Em 2015 o cineasta entrou em uma polêmica quando o ex-presidente Barack Obama ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2009.

O diretor americano criticou e disse que ele não merecia ter ganhado o importante reconhecimento.

Na época, durante entrevista no festival de cinema de Mallorca, na Espanha, o cineasta, também soltou o verbo contra o ex-presidente espanhol José María Aznar, alegando que ele ‘foi escravo de George W. Bush’.

“George W. Bush foi apoiado por Aznar, e foi um presidente que polarizou ainda mais o mundo”, comentou.

E sobre Obama afirmou: “Ele não merecia o prêmio Nobel da Paz, porque aumentou o uso de drones em ações de guerra no Meio Oriente e perseguiu ferozmente os jornalistas, arruinando suas vidas”, criticou.

Em maio de 2016 Stone estreou o filme Snowden – sobre as revelações do ex-funcionário da CIA, Edward Snowden, um projeto que fez apoiado por entidades alemãs e francesas, já que nos Estados Unidos ele foi bloqueado naquela ocasião.

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Formada em Ciencias de la Comunicación (México), louca por gatos e fascinada com o mundo dos famosos. Feliz de ser parte do OFuxico desde 2000.