Vermes e mais: como é a prisão que Diddy está?

Sean Combs, o rapper mundialmente famoso conhecido como Diddy, ou P. Diddy, está detido há quase uma semana no Centro de Detenção Metropolitano (MDC), uma prisão do Brooklyn apelidada de “inferno na Terra”. Ele enfrenta acusações de conspiração para extorsão e tráfico sexual, com promotores federais descrevendo seus atos como parte de um “padrão de décadas de violência física e sexual”.

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A prisão onde está Combs já abrigou figuras notórias, como o cantor R. Kelly, condenado por pornografia infantil, e Ghislaine Maxwell, cúmplice de Jeffrey Epstein. Além de Combs, Sam Bankman-Fried, magnata das criptomoedas condenado por fraude, também está preso no local.

A MDC

O MDC abriga cerca de 1.200 detentos e é alvo de inúmeras críticas. Em 2019, um incêndio deixou alguns presos sem aquecimento no auge do inverno. Um advogado descreveu o lugar como “uma prisão federal superlotada, com falta de pessoal e negligenciada”.

Segundo o jornal The Independent, a prisão enfrenta surtos de violência, infestação de vermes, atrasos aos atendimentos médicos, onda de suícidios e mortes. Denúncias de comidas infestadas de insetos e banheiros mofados são frequentes.

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A situação é tão crítica que, em julho deste ano, um preso morreu devido a ferimentos após uma briga, gerando mais críticas à administração da prisão. O portal Daily Beast levantou que o local abriga 1600 presos, boa parte aguardando julgamento.

Os advogados de Diddy tentaram argumentar sobre as condições “horríveis” do MDC, buscando sua liberação sob fiança. Eles propuseram o pagamento de US$ 50 milhões e a contratação de uma equipe de segurança para monitorá-lo 24 horas por dia.

O juiz, contudo, recusou a proposta, alegando preocupações sobre o risco de manipulação de testemunhas. O rapper, no entanto, não está em uma cela comum, porém não chega a ser especial: ele está junto de outros detentos que precisam de proteção especial, para manter sua integridade física.

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Defesa de P. Diddy

Marc Agnifilo, advogado de Combs, recentemente adotou um tom mais positivo sobre a prisão, afirmando que os “profissionais dedicados do MDC estão fazendo todo o possível para ajudar na preparação da defesa”.

Ele ainda elogiou o centro e seus funcionários por serem “receptivos” às necessidades da equipe jurídica e de seu cliente. “Ele é forte, focado, e nossas reuniões são muito produtivas”, declarou Agnifilo.

Desafios da MDC

Sam Bankman-Fried também enfrenta dificuldades. Preso desde que teve sua fiança revogada, o magnata das criptomoedas tem acesso limitado à internet, o que, segundo seus advogados, prejudica a preparação de sua defesa. Além disso, Bankman-Fried, que é vegano, tem subsistido com uma dieta básica de água, pão e manteiga de amendoim, conforme seus representantes legais.

O Bureau of Prisons, responsável pelo MDC, declarou que não fornece informações sobre condições específicas de confinamento.

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Inaugurado na década de 1990, o MDC tem sido um foco de problemas. Segundo a Associated Press, a prisão conta atualmente com apenas 55% de sua capacidade de funcionários. Além disso, há mais de 700 solicitações de manutenção em atraso. Nos últimos três anos, ao menos quatro presos cometeram suicídio, e seis funcionários foram acusados de crimes, como corrupção e contrabando.