Vítima de R. Kelly afirma que ficou noiva do cantor

Uma das vítimas do cantor R. Kelly enviou uma carta à Juíza Ann Donnelly, momentos antes do músico ser condenado a 30 anos de prisão federal por orquestrar um esquema que recruta mulheres e crianças menores de idade para sexo. Na carta, cujo conteúdo foi revelado na segunda-feira 11 de julho, ela se identifica como Joycelyn Savage, ‘noiva de Robert Kelly’.

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A revelação surpreendeu a muitos, já que o nome de Joycelyn aparece, supostamente, na lista de vítimas do cantor.

“Estou escrevendo esta carta em apoio a Robert antes de sua sentença, para que eu possa explicar ao tribunal que não sou a vítima que o governo me retratou.”

A mulher acrescentou que seu “relacionamento com Robert é incrível” e eles estão “profundamente apaixonados”.

Ela continuou: “Ele é a melhor coisa que já aconteceu comigo. Temos uma conexão muito especial e estamos profundamente apaixonados. Ainda apoio Robert até hoje, porque o amo e sempre estarei aqui para apoiá-lo. Robert não é o monstro que o governo descreveu. O Robert que conheço é muito doce, gentil e rei. No final do dia, ele sempre se certificou de que eu seja cuidada, e todas as outras mulheres com quem ele esteve também. Ele é um grande homem, com um grande coração e merece estar em casa com seus entes queridos que estão prontos para apoiá-lo”.

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Apesar de sua declaração, a família da moça, através de um advogado, questionou que tão verdadeiro é o noivado dos dois, já que Savage não testemunhou sobre isso sob juramento durante seu julgamento. Afirmam ainda que não podem conhecer essa história, porque eles não falam com Joycelyn desde que ela foi morar com Kelly.

CONDENADO

Robert Sylvester Kelly, o cantor R. Kelly foi condenado no dia 29 de junho, a 30 anos de prisão. Ele é acusado de liderar por décadas uma rede tráfico e abuso sexual, inclusive usando a fama para fazer vítimas com fins sexuais. O júri formado por cinco mulheres e sete homens o considerou culpado. A defesa do músico pediu que a pena não ultrapasse 17 anos.

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O artista já havia sido considerado culpado em setembro do ano passado por crimes de extorsão e tráfico sexual. Ao determinar, agora, a pena, a juíza Ann Donnelly afirmou que o cantor de 55 anos mostrou “indiferença ao sofrimento humano”.

De acordo com a acusação, R. Kelly comandava um esquema ilegal envolvendo empresários, seguranças e outras pessoas que recrutavam mulheres e meninas para ele fazer sexo e produzir pornografia.

Para os promotores, a equipe do artista de 55 anos o apoiava ou fingia que não via os comportamentos criminosos do músico. Em documento, a promotoria afirmou que os atos do cantor eram insolentes, manipuladores, controladores e coercitivos.

“Uma longa pena de prisão impedirá outros – ricos, famosos e com excesso de poder, com aquele concedido pelo seu status – de cometer este tipo de crime”, escreveram os promotores.

Uma mulher que usou o pseudônimo Addie relatou no tribunal que foi estuprada por R. Kelly nos bastidores de um show em Miami após ela e uma amiga serem abordardadas por dois homens “que pareciam seguranças” e as convidaram para visitar o camarim.

Nos anos 2000, R. Kelly chegou a ser considerado como o Rei do R&B. Em sua carreira, ele vendeu 75 milhões de discos após o sucesso de hits como “I Believe I Can Fly” e “Ignition”.

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