Bruno e Dom: PF conclui inquérito sobre assassinato e indicia mandante

Por - 04/11/24 às 10:32

Dom Phillips e Bruno PereiraDom Phillips e Bruno Pereira - Foto: Reprodução

A Polícia Federal finalizou o inquérito sobre o duplo homicídio do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorrido em 5 de junho de 2022, na região próxima à terra indígena Vale do Javari, em Atalaia do Norte (AM).

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O caso, que mobilizou investigações intensas ao longo de dois anos, revelou o envolvimento do crime organizado na área. Além disso, apontou que as mortes ocorreram em função das atividades de fiscalização ambiental realizadas por Bruno Pereira.

No último dia 1º de novembro, a Polícia Federal enviou à Justiça o relatório final da investigação, que confirmou as atividades ilícitas como motivação central dos assassinatos.

De acordo com o relatório, Bruno Pereira, um defensor dos direitos indígenas e da preservação ambiental, sofria ameaças constantes em razão de seu trabalho na região. A operação coordenada pela PF culminou no indiciamento de nove suspeitos, incluindo o mandante do crime, Rubens Villar, conhecido pelo apelido “Colômbia”.

Rubens Villar, o Colômbia’ mandou matar Bruno e Dom

Identificado como o responsável por ordenar os homicídios, “Colômbia” patrocinava as atividades da organização criminosa. Além disso, ele fornecia recursos para facilitar ações ilegais na região, como cartuchos para a execução do crime.

Além disso, ele coordenou as atividades para ocultar os cadáveres de Pereira e Phillips, segundo o relatório policial. A Polícia Federal já havia identificado Villar como o mandante em janeiro do ano passado. Mas aguardou reunir provas adicionais antes de formalizar o indiciamento por homicídio e ocultação de cadáver.

Atuação do crime organizado e impacto socioambiental

O inquérito destacou também a presença da criminalidade organizada em Atalaia do Norte, especialmente ligada a práticas de pesca e caça predatórias. As atividades criminosas causaram impactos socioambientais e ameaçaram tanto os servidores responsáveis pela proteção ambiental quanto as comunidades indígenas da região.

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O grupo liderado por “Colômbia” operava de forma coordenada, visando eliminar qualquer resistência a suas atividades ilegais.

Com a conclusão das investigações, o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Federal, que agora avaliará o caso para os próximos passos judiciais.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino