Bruno Gagliasso e Ewbank depõem em caso de racismo em Portugal
Por Raphael Araujo - 06/06/23 às 17:33
Ano passado, um caso que repercutiu muito na mídia foi o de racismo sofrido por Titi e Bless, filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso. Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra que uma mulher branca teria dito para “tirar aqueles pretos imundos dali”, referindo-se aos pequenos e a outros angolanos no local.
Logo aparece Giovanna soltando o verbo e detonando a mulher, enquanto Bruno Gagliasso, ao seu lado, não interfere na discussão. A famosa afirma que ela merecia “um soco na cara’. “Racista nojenta. Filha de uma p***, isso que você é. Horrorosa, feia! Olha a sua cara! Eu tenho pena de você. Você merece um soco, você merece uma porrada na sua cara!’, disse Giovanna, enlouquecida de raiva.
Após o caso, a polícia de Portugal revelou que recebeu uma queixa formal contra a autora do crime, Maria Adelia Coutinho Freire de Andrade, e de acordo com o colunista Lucas Pasin, do portal Splash UOL, o casal viajou a Portugal na segunda-feira, 05 de junho, por terem sido chamados para depor presencialmente.
Os depoimentos acontecerão nesta terça-feira, 06 de junho, na polícia judiciária de Lisboa, e além de Gagliasso e Ewbank, é esperado que mais testemunhas sejam ouvidas. Ainda, há a expectativa de que a fase de investigação termine ainda neste semestre.
PRESIDENTE DE PORTUGAL APOIOU EMBANK E GAGLIASSO
Na época, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, se pronunciou sobre o ocorrido em entrevista ao blog Portugal Giro, do jornal O Globo, e foi mais uma condenar as atitudes da mulher racista. “Todo ato de racismo ou xenofobia é condenável e intolerável. Isso é o básico em uma democracia. É inadmissível”, garantiu ele.
O político ainda elogiou a decisão de levar a mulher para a delegacia: “Evidente que se a pessoa ofendida acha que houve atuação inconstitucional, é assim que funciona o estado democrático. E a polícia fez o que devia fazer. Para investigar se há uma atuação criminosa, a função da autoridade é garantir a apuração do fato para saber se houve violação da lei.”
Ainda, ele afirmou que a mulher não representa Portugal: “Racismo é um fenômeno que existe na sociedade portuguesa, não negamos isso, mas não é possível generalizar a todo português. Não pode ser generalizado, dizendo que todo português é racista ou que há uma campanha contra os brasileiros”.
“Do contrário, não explicava a vinda de uma imensa comunidade brasileira. Ninguém é sadomasoquista. Se achassem que não se sentiam bem em Portugal, não vinham”, completou Marcelo.
NEGANDO GENERALIZAÇÃO
O presidente ainda citou que a maioria dos visitantes das praias portuguesas este ano estão vindo do Brasil e da África. “Frequento as praias mais próximas de Lisboa para um mergulho na hora do almoço. A maioria na areia é de brasileiros e africanos. Ainda hoje, fui mergulhar e o grupo com que falo mais é de brasileiros, negros majoritariamente”, disse ele.
“E as escolas da periferia levam as crianças nesta época, encontro com elas e mais da metade são crianças imigrantes. E nestas praias fica claro que não podemos dizer que o racismo é generalizado em Portugal”, concluiu Marcelo Rebelo de Sousa.
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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.