Geraldo Alckmin relembra sequestro de Silvio Santos em 2001

Geraldo Alckmin, atual vice-presidente da República, relembrou um dos momentos mais tensos de sua carreira pública: o sequestro de Silvio Santos em 2001. Alckmin, que na época era governador de São Paulo, esteve diretamente envolvido na negociação para libertar o apresentador.

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No sábado, 17 de agosto, durante uma participação ao vivo em um programa especial sobre a morte do dono do SBT, Alckmin relatou detalhes inéditos do ocorrido. “O sequestro de Patrícia se resolveu, mas um dos criminosos, acho que com dificuldade de fugir de São Paulo, foi à casa do Silvio Santos às 6 horas da manhã, para tentar que o Silvio arrumasse um helicóptero para ele fugir”, contou prmeiramente.

Segundo ele, uma jornalista, que aguardava na porta da casa para uma entrevista, percebeu a movimentação e alertou a polícia, resultando no cerco da residência. O vice-presidente revelou que a situação ficou ainda mais crítica quando recebeu uma ligação do secretário de segurança pública, informando que o sequestrador exigia a presença do governador para se entregar.

“Lembrei de um professor que me disse para ‘nunca se omitir’ e fui lá. Desci de helicóptero perto da casa, onde tinha um colégio, em uma quadra de esportes e fui a pé”, disse Alckmin. Ele chegou ao local antes mesmo que a equipe de segurança pudesse agir, surpreendendo a todos. Dentro da casa, Alckmin encontrou Silvio Santos e o sequestrador na cozinha, cercados por policiais.

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Alckmin foi até a mansão

Ele então se identificou imediatamente: “Falei ‘Silvio, é Geraldo, governador’”. A resposta do apresentador demorou, gerando tensão, mas Silvio, com seu conhecido bom humor, acalmou a situação. “Ele disse ‘Geraldo, esse rapaz vai fazer faculdade’”, relembrou o político, em síntese. Pouco depois, o sequestrador, obedecendo as ordens do capitão presente, rendeu-se, jogou as armas e balas, e foi preso, garantindo a liberdade do apresentador.

Alckmin destacou que a calma e a habilidade comunicativa de Silvio Santos foram fundamentais para o desfecho pacífico. “Não tenho dúvida que foi a capacidade de comunicador do Silvio que fez o sequestrador se entregar. Ele ficou praticamente sete horas na mira de duas armas”, disse ele em seguida.

O apresentador, mesmo sob pressão, conseguiu controlar a excitação do criminoso e evitar uma tragédia. Silvio Santos ainda demonstrou compaixão, preocupando-se com o ferimento do sequestrador e providenciando roupas para ele, num gesto que reforçou sua personalidade caridosa. “Foi um momento extremamente tenso”, finalizou Geraldo Alckmin, em suma.

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Lamentando morte

Lembrando que, anteriormente no sábado, 17 de agosto, Geraldo Alckmin lamentou a morte de Silvio Santos em seu perfil oficial no Instagram: “Quando ligávamos a televisão ele estava sempre lá, como se fosse parte de nossas famílias. Por isso, hoje o Brasil não perdeu apenas um de seus maiores comunicadores, mas ‘alguém de casa’: de todas as casas”.

“Com uma voz inconfundível, uma simplicidade cativante e um microfone na lapela, Silvio Santos trouxe alegria para milhões de lares brasileiros. Ao longo das décadas, pudemos testemunhar o fascínio da plateia com sua presença”, declarou ele, em suma.

“Mais recentemente, ao lado de sua filha, a querida Patrícia Abravanel, percebi que, mesmo ausente durante a celebração dos 60 anos de seu programa, Silvio Santos fascinava, como uma verdadeira lenda. À sua família e seus amigos, os meus sentimentos e as minhas orações, por essa grande perda”, concluiu Alckmin, por fim.

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