STF avalia liberdade de Hytalo Santos após STJ negá-la

O influenciador digital Hytalo Santos entrou com um pedido de liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF). A solicitação veio depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve sua prisão preventiva na terça-feira, 19 de agosto. Os advogados de Hytalo e de seu marido, Israel Natã Vicente, protocolaram o habeas corpus no dia seguinte, 20 de agosto. O processo tramita em sigilo entr o STF e está sob a relatoria do ministro Luiz Fux.

Justiça bloqueia bens de Hytalo Santos e autoriza entrevista na Record

Hytalo e Israel são investigados após denúncias feitas pelo criador de conteúdo Felca. Ele acusou o casal de exploração e adultização de crianças em redes sociais. A Justiça da Paraíba determinou a prisão dos dois, que respondem pelos crimes de exploração sexual e econômica de menores, além de irregularidades envolvendo trabalho infantil.

A transferência para a Paraíba ainda não ocorreu porque depende da decisão da Justiça de São Paulo. A Polícia Civil do estado aguarda a autorização oficial. Em contato com o portal LeoDias, a defesa informou que não existe prazo definido para a chegada dos investigados ao sistema penitenciário paraibano.

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Bloqueio de bens e entrevista com Hytalo liberada

O Tribunal de Justiça da Paraíba, aliás, determinou o bloqueio de cerca de R\$ 3,8 milhões em bens de Hytalo Santos, enquanto STF julga o habeas corpus. Documentos como passaporte e carteira de habilitação também foram suspensos. Entre os bens investigados está uma mansão no bairro Portal do Sol, em João Pessoa, avaliada em R\$ 12 milhões.

De acordo com decisão do juiz José Herbert Luna Lisboa, o contrato foi assinado em março de 2024, mas nenhuma parcela foi paga. Além do bloqueio, o magistrado aplicou multa de 20%. O nome do influenciador também aparece no Serasajud, sistema que conecta o Judiciário à Serasa Experian. Nos autos, Hytalo contestou a cobrança e disse que não chegou a pagar o sinal da compra. Ele ainda afirmou que nunca visitou a mansão, apesar de ela ficar na mesma rua em que morava.

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Paralelamente ao processo, Hytalo obteve autorização para conceder entrevista a Roberto Cabrini, na Record. A decisão, assinada pelo juiz Antonio Rudimacy Firmino de Sousa, reforçou que a conversa deve seguir as normas da unidade prisional. No pedido, a emissora justificou a relevância do encontro: “Cumpre informar a importância do trabalho jornalístico na cobertura em relação ao processo criminal que tramita sobre o réu. e, nesse caso, é o que se está tentando fazer”, destacou o documento.