Bolsonaro: Michelle critica prisão enquanto famosos comemoram

Depois de dias em silêncio, Michelle Bolsonaro se pronunciou na noite de quinta-feira, 11 de setembro. A mulher de Jair Bolsonaro publicou uma mensagem religiosa logo após a condenação dele no Supremo Tribunal Federal.

Bolsonaro teve monitoramento policial em sua casa reforçado pelo STF

A ex-primeira-dama escreveu nos Stories: “Há um Deus no céu que tudo vê, que ama a justiça e odeia a iniquidade”. O post de Michelle, em fundo preto, veio no mesmo dia em que a Primeira Turma do STF confirmou a pena contra o ex-presidente.

Aliás, Mario Frias também criticou a condenação de Jair Bolsonaro: “Suprema perseguição. Querem matar Bolsonaro. Nós vivemos em uma ‘democracia’ em que o advogado do presidente de esquerda foi indicado ministro do STF para dar o voto final na condenação do principal opositor político de seu antigo cliente. Esse é o retrato que fica para o mundo e para a história. Somos um circo”.

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Famosos comemoram condenação de Bolsonaro

Porém, diversos famosos comemoraram a decião em peso nas redes sociais. Carol Castro recuperou um vídeo em que brindava à prisão domiciliar do ex-presidnete para celebrar o voto da ministra Cármen Lúcia. “Parabéns, suprema! Cármen Lúcia, as mulheres do Brasil têm orgulho de você”. Em seguida, postou uma frase dita pela jurista: “Nós, mulheres, ficamos 2 mil anos caladas, e nós queremos agora ter o direito de falar”.

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Manuela Dias também elogiou Cármen Lúcia: “Uma diva”, apontou a escritora, que postou a versão de um meme cinéfilo: “Bozo condenado, absolute justiça!”. O mesmo entusiasmo teve Alexandre Frota posteriormente: “Foi de uma mulher o voto que vai mudar a história desse país”.

Maria Gadú se juntou: “Vai, Brasil! Viva a soberania brasileira, a justiça e a democracia! Cármen Lúcia e seu voto justiceiro fazendo a gente finalmente chorar de alegria! Bolsonaro condenado!”.

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Maeve Jinkings reforçou: “Única mulher entre os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal. Com seu voto, a possibilidade de refundação de um verdadeiro Estado Democrático Brasileiro”. Alice Wegmann recuperou uma entrevista antiga de Bolsonaro dizendo que o voto popular não mudaria nada no Brasil e que a única solução seria “partir para uma guerra civil e fazer o trabalho que o regime militar não fez”. Então, ela ironizu: “Grande dia. Agora, sem anistia!”.

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Como votou cada Ministro?

O Supremo Tribunal Federal condenou Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, somando 24 anos e 9 meses de reclusão e mais 2 anos e 6 meses de detenção, ambos em regime fechado. Além disso, o julgamento determinou 124 dias de multa, cada um calculado no valor de um salário mínimo.

Bolsonaro: ex-sogros são feito reféns em assalto na própria casa

O relator Alexandre de Moraes apresentou o voto que consolidou a condenação, com apoio da maioria dos ministros. Ele classificou os crimes como golpe de Estado, organização criminosa armada e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O ministro Flávio Dino, que inicialmente defendia pena de 31 anos, ajustou sua posição e acompanhou Moraes, argumentando que a punição refletia tanto a gravidade dos atos quanto a personalidade do réu.

Cármen Lúcia também seguiu o relator, com pequena diferença no cálculo. Cristiano Zanin votou de forma integral com Moraes, reforçando a maioria. Luiz Fux, no entanto, divergiu e votou pela absolvição, alegando ausência de provas diretas que ligassem Bolsonaro aos atos de 8 de janeiro. Segundo ele, não houve comprovação de violência armada nem de vínculo estável de organização criminosa.

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Além do ex-presidente, outros sete réus ligados ao núcleo central da tentativa golpista receberam diferentes penas. A expectativa é de que a Primeira Turma finalize nesta sexta-feira, 12 de setembro, os ajustes técnicos para oficializar a decisão. A condenação de Bolsonaro passa a integrar o histórico político e jurídico do país como uma das mais duras já aplicadas a um ex-chefe do Executivo.