Damares Alves sobre Bolsonaro preso: ‘O corpo não vai aguentar’

A senadora Damares Alves trouxe novos detalhes sobre o estado de saúde de Jair Bolsonaro, do PL, logo após a condenação histórica no Supremo Tribunal Federal. Em entrevista à revista Veja, ela destacou que o ex-presidente não teria condições de cumprir pena em regime fechado, devido ao quadro clínico. Segundo Damares, a rotina de Bolsonaro exige cuidados diários e rígidos com medicamentos.

Bolsonaro teve monitoramento policial em casa reforçado pelo STF

“Em cima da mesa dele tem uma caixa de remédio. Aquele intestino só funciona com remédios que ele toma na hora certa”, contou a ex-ministra. Ela comentou ainda que a idade do ex-presidente aumenta a dificuldade.

Você acha que lá no presídio alguém vai lembrá-lo da hora do remédio? Um senhor de 70 anos, como Bolsonaro, é extremamente distraído”.

Damares também mencionou episódios de soluço que afetam o ex-presidente e podem se transformar em situações graves.

“Imagina Bolsonaro com uma crise respiratória, que precisará de socorro imediato. Quem vai gritar até a hora do socorro chegar?”, comentou em seguida. Ela ainda ressaltou o papel de Michelle Bolsonaro na rotina doméstica durante a prisão domiciliar. “Se ele for com o regime fechado, o corpo dele não vai aguentar mesmo. A alimentação dele é extremamente delicada. A (ex-primeira-dama) Michelle não está trabalhando à tarde. Está ficando de manhã em casa, porque é ela que faz a comida o Bolsonaro”, afirmou Damares Alves.

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Sentença de Bolsonaro no STF

No dia 11 de setembro, o STF confirmou a condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão. A pena inclui 24 anos e 9 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção, ambos em regime fechado, além de 124 dias-multa com cálculo de um salário mínimo cada.

O relator Alexandre de Moraes apontou crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O ministro Flávio Dino chegou a propor 31 anos de pena, mas acompanhou o relator. Cármen Lúcia e Cristiano Zanin também votaram a favor.

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Luiz Fux foi o único a divergir. Para ele, não havia provas suficientes da ligação direta de Bolsonaro com os atos de 8 de janeiro. Ainda assim, a maioria consolidou a decisão. Essa foi uma das condenações mais duras já aplicadas a um ex-presidente.