Famosos detonam PL do aborto que equipara ato ao homicídio
Por Raphael Araujo - 14/06/24 às 15:00
Nos últimos dias, foi aprovada questão de urgência para discutir na Câmara dos Deputados a PL (Projeto de Lei) 1904/2024, que na prática, equipara o aborto a crime de homicídio, inclusive em casos de estupro, na qual a prática é legalizada no país nessa situação.
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Por conta disso, uma crescente movimentação nas redes sociais surgiu, com a deputada Erika Hilton, do PSOL, tomando a frente do protesto e se unindo a diversos fã-clubes de artistas nacionais e internacionais para subir uma hashtag contra a PL e também mobilizar que, na enquete do site do Governo, a opção Discordo Totalmente fosse mais votada.
Com isso, diversos famosos detonaram a PL do aborto nas redes sociais, se unindo ao protesto, principalmente as mulheres, que seriam as mais afetadas com a aprovação e decisão, e até mesmo pediram votos na Enquete da Câmara.
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Confira os posicionamentos contra a PL
Paolla Oliveira
Paolla Oliveira declarou: “Existe uma realidade que me assusta e que a gente precisa encarar: no Brasil, cerca de 60 mil casos de estupros de vulneráveis acontecem todo ano. Criança deve ter o direito de ser criança”.
“Criança não é mãe. E nossas leis e políticas públicas devem assegurar isso. Como mulher, fico estarrecida vendo homens decidindo sobre nossos corpos, nossa liberdade, nossos direitos”, prosseguiu ela, em suma.
“Quando uma criança vítima de estupro engravidar e optar por interromper a gravidez, o PL 1904 da Gravidez Infantil, pode prendê-la por até 20 anos! O aborto legal se torna crime pior do que o estupro. Isso é absurdo! A vida de uma criança, de uma mulher, vale menos do que a de um estuprador?”, concluiu atriz, por fim.
Paulo Vieira
“Um resumo aqui pra vocês. ESTUPRADOR E PEDÓFILO TEM QUE SE FUDER! A vida de uma mulher ou de uma criança não vale menos que a vida de um estuprador/pedófilo. É um absurdo!”, disse Paulo Vieira, enquanto resumia como vai funcionar a PL na prática.
Débora Bloch
Débora Bloch publicou vídeo da deputada Sâmia Bonfim discursando sobre o assunto e escreveu: “URGENTE! CRIANÇA NÃO É MÃE! A Câmara pode aprovar um projeto que, se aprovado, crianças vítimas de abuso podem perder o direito ao aborto legal, caso a gestação tenha mais de 22 semanas”.
“Nos casos de violência sexual infantil é mais difícil identificar a gravidez, por isso a demora no reconhecimento. E, por isso, nossas crianças precisam ser asseguradas do aborto legal. O projeto equipara o aborto ao homicídio até mesmo nos casos permitidos por lei, que são: risco à vida da gestante e anencefalia, e o estup*o”, afirmou, em síntese.
“Este projeto de lei nada mais é que um incentivo ao estup*o. Pressione Arthur Lira e as lideranças da Câmara para que não coloquem em pauta o #pldagravidezinfantil Entre no site e vote DISCORDO TOTALMENTE https://criancanaoemae.org“, completou ela.
Mônica Iozzi/Sâmia Bonfim
Mônica Iozzi republicou um texto de Sâmia Bonfim: “Via @samiabomfim . – Lembrem-se destes nomes e rostos. Os deputados e deputadas acima querem que crianças e mulheres estupradas sejam obrigadas a levar uma possível gestação até o fim”.
“E, se não o fizerem, poderão pegar 20 anos de prisão. Ao invés da gente progredir na discussão sobre o aborto, sobre a segurança das mulheres, estamos retrocedendo. Elegemos um congresso medieval. Precisamos continuar lutando!”, falou, em suma.
Ana Paula Padrão
Ana Paula Padrão revelou alguns dados reliconados ao tema: “O Brasil é um país no qual 75 mil mulheres são estupradas por ano. A maioria é de crianças. A maioria dentro de casa, por um parente próximo. Dados oficiais. Esse é um contexto que dificulta denúncias e procedimentos ágeis de apoio à vítima”.
“Delegacias da mulher, a justiça e os hospitais não facilitam o cumprimento da lei que permite a interrupção da gravidez nesses casos. O tempo passa e, se o PL 1904 for aprovado, essas meninas serão consideradas homicidas. O Brasil não é um país que comporte esse tipo de medida de combate ao aborto”, explicou a jornalista.
Samara Felippo e Luana Piovani
Samara Felippo firmou nos stories do Instagram: Estamos falando de crianças que viram mães através de um estupro. É muito absurdo, e deixar isso passar é de uma crueldade tão bisonha”.
Luana Piovani foi uma das primeiras artistas a se manifestar contra o projeto também nos Stories do Instagram, argumentando que a PL levará à criminalização da interrupção de “gravidez fruto de violência”, principalmente no caso de crianças, quando é mais difícil reconhecer a gravidez.
Teresa Cristina
A cantora Teresa Cristina foi mais uma pessoa a se manifestar contra a PL: “A Câmara pode aprovar, a qualquer momento, o projeto nefasto que quer restringir ainda mais o direito ao aborto no Brasil. Se aprovado, crianças vítimas de abuso podem perder o direito ao aborto legal, caso a gestação tenha mais de 22 semanas”.
“Nos casos de violência sexual infantil é mais difícil identificar a gravidez, por isso a demora no reconhecimento. Pressione Arthur Lira e as lideranças da Câmara para que não coloquem em pauta o #pldagravidezinfantil CRIANÇA NÃO É MÃE! https://criancanaoemae.org”, afirmou ela, por fim, colocando a enquete para ser votada.
Fred Nicácio e Sarah Andrade
Em postagem de Erika Hilton convocando os sgeuidores para participar do processo contra o PL 1904/2024, alguns famosos comentaram criticando o projeto, como foi o casod e Fred Nicácio e Sarah Andrade, que demonstraram apoio ao pedido da deputada federal
O médico afirmou: “Escandaloso, sem palavras pra esse retrocesso violento contra o corpo de mulheres e meninas. Como médico do SUS e profissional da saúde sou totalmente contra! Como cidadão fico indignado. BORA PRA LUTA!”.
A ex-BBB declarou: “É cada palhaçada que a gente vê. Obrigada por ser a voz de tanta gente”.
Daniela Mercury
Daniela Mercury, além de um vídeo, fez um texto bastante completo e informativo, e até mesmo expôs ao final deputados a favor da PL: “O PL do estuprador é cruel, bárbaro e inaceitável. Nos mostra quantos deputados desumanos e machistas foram eleitos para o Congresso Brasileiro nas últimas eleições. O Projeto de lei é uma violência contra nossas crianças, adolescentes e todas as mulheres brasileiras!”.
“E mesmo com tanta violência que as mulheres já sofrem, os deputados estão discutindo como ‘punir’ ainda mais as crianças, adolescentes e mulheres brasileiras com esse projeto de lei que prevê mais tempo de prisão para vítimas de estupro do que para os próprios estupradores”, descreveu, em suma.
“O texto do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) altera o Código Penal e estabelece 6 a 20 anos de detenção para mulheres que fizerem aborto depois de 22 semanas de gestação. A pena é mais do que o dobro daquela estabelecida para o criminoso — 6 a 10 anos. As pesquisas do IBGE mostram que a cada 8 minutos uma mulher é estuprada no Brasil”, apontou, em síntese.
Expondo deputados
“E segundo o lFórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), no ano passado 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no país. Esses são os deputados que apoiam esse PL Do horror que está sendo chamada de PL do ESTUPRADOR. O projeto foi proposto pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e assinado por outros 31 deputados. A maioria deles é do Partido Liberal, o mesmo do ex-presidente Jair Bolsonaro”, analisou a artista.
“Quam são eles? Carla Zambelli (SP), Delegado Paulo Bilynskyj (SP), Mario Frias (SP), Eduardo Bolsonaro (SP), Abilio Brunini (MT), Coronel Fernanda (MT), Delegado Ramagem (RJ), Bia Kicis (DF), Pastor Eurico (PE), Capitão Alden (BA), Julia Zanatta (SC), Nikolas Ferreira (MG), Junio Amaral (MG), Eli Borges (TO), Gilvan da Federal (ES), Filipe Martins (TO) Bibo Nunes (RS)”, concluiu Daniela Mercury, por fim.
Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.