Maduro assume terceiro mandato e Venezuela fecha fronteira com o Brasil

Na sexta-feira, 10 de janeiro, a Venezuela decidiu fechar a fronteira com o Brasil, impedindo a passagem de veículos no ponto de divisa com Pacaraima (RR). O bloqueio foi implementado logo após a posse de Nicolás Maduro para mais um mandato presidencial.

Autoridades brasileiras confirmaram a informação, embora o Ministério das Relações Exteriores ainda não tenha se pronunciado oficialmente sobre a situação.

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Apesar do fechamento, a movimentação de pedestres segue normal, de acordo com a Polícia Militar de Roraima. “Houve uma redução no fluxo migratório de entrada no Brasil, mas sem alterações significativas”, destacou a corporação em nota.

A PMRR reforçou que monitora a situação do lado brasileiro da divisa devido à posse presidencial. E apontou que restrições similares já ocorreram anteriormente em ocasiões políticas importantes.

Presença brasileira na posse de Maduro

A posse de Nicolás Maduro também atraiu representantes de movimentos e partidos brasileiros. Uma delegação do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) participou do evento, que fez parte do “Festival Mundial Internacional Antifascista”, promovido pelo Foro de São Paulo.

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Entre os representantes do PT, estavam Valter Pomar, Mônica Valente, Camila Moreno e Vera Lúcia Barbosa. Pelo MST, o líder João Pedro Stédile integrou o grupo.

Durante a cerimônia, o MST organizou uma motociata em apoio ao presidente venezuelano e entregou uma carta em que reivindica o reconhecimento da “legitimidade” de seu novo mandato. A embaixadora Glivânia Oliveira, que representou oficialmente o Brasil, foi alvo de críticas de políticos da direita, que exigiram o cancelamento de sua participação.

A presença brasileira reacendeu debates sobre a transparência nas eleições venezuelanas, tema já abordado por Lula em agosto, quando enfatizou que a democracia depende de processos eleitorais claros.