Pablo Marçal critica Globo e apresenta propostas para São Paulo
Por Flavia Cirino - 25/09/24 às 13:42
Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, participou nesta quarta-feira, 25 de setembro, de uma entrevista ao vivo no telejornal SP1, da Globo. Na sabatina, que contou com os cinco candidatos mais bem colocados nas pesquisas, Marçal não poupou críticas à emissora e aos principais veículos de comunicação, além de fazer acusações contra seu oponente, Ricardo Nunes (MDB).
Confira o mapa astral de Pablo Marçal
Logo no início da entrevista, o jornalista Alan Severiano questionou Marçal sobre seu comportamento nos debates, uma vez que ele tem se mostrado mais agressivo nos últimos confrontos.
O político desviou do tema e preferiu criticar a imprensa, afirmando: “Toda vez que eu tenho o poder de falar, alguém quer me interromper. Realmente, o nível está baixo”.
Ele continuou com uma denúncia ao acusar Nunes de patrocinar parte da imprensa. “O Ricardo, que patrocina grande parte da imprensa, inclusive a Globo é uma das que mais recebem, não desrespeitando, mas é o fato aberto. Não tenho nenhum problema com a Globo, mas é para vocês saberem que parte da mídia é controlada pelo dinheiro”, afirmou Marçal.
Propostas de governo e polêmicas de Pablo Marçal
Apesar das críticas, o candidato aproveitou a ocasião para apresentar algumas de suas propostas, como a introdução de aulas de saúde mental e emocional nas escolas públicas.
Além disso, prometeu ajuda psicológica ao candidato José Luiz Datena (PSDB), que, segundo ele, “se descontrolou no último debate transmitido pelo Flow News”.
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Ainda na sabatina, Marçal se defendeu das acusações envolvendo seu partido e negou qualquer financiamento ilegal para impulsionar cortes de vídeos nas redes sociais.
“Não teve [financiamento] para a campanha”, afirmou. A Justiça chegou a bloquear suas contas nas redes sociais após uma denúncia relacionada à prática, mas ele argumentou que a decisão foi desproporcional.
Defesa de aliados e críticas ao Bolsa Família
Outro ponto polêmico foi a defesa de seu aliado, Leonardo Avalanche, presidente do PRTB, envolvido em uma gravação que sugere ligações com o PCC.
Pablo Marçal explicou sua mudança de posição após inicialmente criticar Avalanche. “Ele suportou todas as pressões para manter minha candidatura”, justificou o candidato.
Além disso, Marçal teceu duras críticas ao programa Bolsa Família, ao qual se referiu como “bolsa miséria”. Ele defendeu a necessidade de mudança de mentalidade por parte dos eleitores, afirmando que o programa, apesar de necessário, deveria ser repensado. “Você que precisa vai ter. Às vezes, a pessoa não quer mudar de mentalidade”, declarou.
Medidas de trânsito e promessas de campanha
No campo das propostas para a cidade, Marçal destacou sua intenção de permitir que carros dobrem à direita no trânsito paulistano. Ele usou como exemplo a política adotada nos Estados Unidos, mas admitiu que algumas cidades americanas têm começado a rever essa regra.
Para o candidato, a medida traria uma melhora de até 20% no fluxo do trânsito, prometendo conscientizar a população durante o primeiro ano de sua gestão.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino