Príncipe Andrew quer provar que foto com vítima de abuso sexual é falsa

Por - 31/01/23 às 15:00

Príncipe AndrewPríncipe Andrew / Reprodução/Instagram/@theroyalfamily

Segundo o jornal “Mail on Sunday”, o Príncipe Andrew está tentando provar sua inocência junto às autoridades americanas de que a foto onde aparece com a vítima de abuso sexual Virginia Giuffre foi manipulada. Existem alegações de que essa imagem do filho da Rainha Elizabeth II com o braço em volta da cintura de Virginia, quando ela tinha 17 anos, é “falsa” e que foi manipulada por um fotógrafo para que ela pudesse dar início à acusação contra Andrew e o falecido bilionário agressor sexual Jeffrey Epstein.

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Embora tenha chegado a um acordo com Giuffre, Andrew continua alegando sua inocência e afirmando que nunca conheceu a denunciante.

No início desta semana, Ghislaine Maxwell – que cumpre uma sentença de 20 anos por tráfico sexual e aliciamento de meninas menores de idade – novamente lançou dúvidas sobre a autenticidade da foto, enquanto o duque de York também insistiu anteriormente que não ‘não se lembra da foto sendo tirada’ e declarou que ele ‘não é de abraçar’ ou ‘demonstrar afeto’ em público.

Virginia – que processou a realeza por supostamente agredi-la sexualmente quando ela tinha 17 anos depois de ser traficada por Epstein antes de chegar a um acordo extrajudicial – insistiu que a foto era “autêntica” e ela deu ao FBI o original em 2011, afirmando que a foto foi tirada na mesma noite em que fez sexo com o pai da princesas Beatrice e Eugenie no banheiro da casa de Ghislaine.

Agora o fotógrafo Michael Thomas – que tirou 39 cópias da imagem antes de ser entregue ao FBI – criticou as teorias de conspiração em torno da imagem, lembrando que ele foi autorizado a tirar fotos da foto, frente e verso, em fevereiro de 2011. A original está supostamente desaparecida.

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Ele lembrou ao Mail on Sunday: “Ela me entregou a fotografia e eu a coloquei na mesa do quarto do hotel e a copiei. Acho que tirei mais de 30 quadros, o que é um exagero para copiar uma foto, mas não queria que ficasse fora de foco ou errar porque sabia o quanto era importante. Eu estava segurando a foto original em minhas mãos. Era uma impressão normal de 6×4 polegadas (…) Parecia que tinha uns 10 anos. Não era nítida porque havia sido tomada em 2001. Ela a guardou por 10 anos quando a vi. Para Ghislaine Maxwell sair e dizer que a foto é falsa é ridículo. Eu segurei a foto. Era uma fotografia normal. Era uma impressão física. Ela existe. Eu a vi e foi isso que fotografei e é isso que você vê agora…”, garante.

“Quando eles dizem que é falso, eles estão dizendo que estou envolvido. Eles estão basicamente acusando alguém de fingir e ser parte disso. Não é falsa – e nunca foi.”, assegura o homem.

A parte de trás da foto, que nunca foi vista publicamente antes, mostra um selo que diz “000 # 15 13Mar01 Walgreens One Hour Photo”.

A informação significa que a foto foi revelada em um serviço de uma hora em 13 de março de 2001 em uma filial da Walgreens.

O jornal afirma que Andrew está planejando tentar anular seu acordo não revelado com Virgínia, e a família de Maxwell se manifestou em apoio.

O irmão de Maxwell, Ian Maxwell, disse que era impossível os dois terem feito sexo no banheiro que Virginia falou porque não cabiam duas pessoas nele, de tão pequeno que era:

“No mínimo, Andrew é um pouco maior, um pouco mais largo do que o homem na banheira na foto. Você pode ver como a banheira é pequena e como o banheiro é pequeno. A ideia de que duas pessoas podem entrar lá e ela piscar os olhos e tirar a roupa e fazer sexo no banheiro é impossível. A única maneira de começar a mudar a percepção do público sobre isso é fornecer evidências visuais incontestáveis. As pessoas agora podem olhar para esta foto no banheiro e julgar por si mesmas. Estou divulgando e, se isso ajudar o príncipe Andrew, que assim seja. Se o príncipe Andrew quiser usá-la, nós a disponibilizaremos para ele.”, afirmou.

Virginia Giuffre, a mulher que acusou o criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein e sua ex-namorada Ghislaine Maxwell de forçá-la a fazer sexo com o Príncipe Andrew quando ela tinha 17 anos, assinou um acordo milionário para contar sua história em um novo livro, pouco antes de expirar a cláusula de confidencialidade com a qual ela concordou ao resolver seu processo com o duque de York.

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Acredita-se que o pai das princesas Eugenie e Beatrice tenha pago cerca de US$ 12 milhões (R$ 61 milhões) para resolver o caso fora do tribunal em fevereiro passado. Andrew sempre alegou inocência.

Em novembro, a mulher – que agora mora na Austrália – desistiu de uma ação de abuso sexual contra Alan Dershowitz, ex-advogado de Donald Trump, admitindo, após uma batalha legal de oito anos que “pode ​​ter cometido um erro” ao alegar que ele havia abusado dela na adolescência, e por conta disso o duque de York supostamente acredita que suas acusações contra ele levantaram questões sobre a credibilidade dela, dando-lhe a esperança de limpar seu nome. Ela também havia dito anteriormente que teve dois encontros com o príncipe, no Novo México, para posteriormente afirmar que isso nunca aconteceu.

Um lote de registros judiciais relacionados ao processo de Virginia contra Maxwell, que foi encerrado em maio de 2017, incluía um manuscrito de 139 páginas chamado ‘The Billionaire’s Playboy Club’, onde ela detalhou sua vida como escrava sexual por mais de dois anos quando ela tinha 17 anos e falou sobre os encontros que teve com Epstein e seus associados.

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Ela escreveu: “Não foi fácil satisfazer os desejos sexuais desses homens estranhos, sendo o príncipe um deles”.

Na época, segundo o jornal “The New York Post”, os advogados de Andrew queriam que o manuscrito fosse considerado como prova no processo civil, para provar que suas acusações não era críveis mas o pedido foi negado pelo juiz.

Muito se falou depois que a imprensa inglesa assegurou que o Príncipe Andrew chegou a um acordo extrajudicial com a vítima de abuso sexual, Virginia Giuffre, encerrando as investigações e acusações graças ao pagamento de US$ 16 milhões (R$ 80 milhões) à uma instituição de caridade presidida por ela.

Agora o Daily Mail afirmou que o Tesouro britânico garantiu que o dinheiro público não foi usado para pagar esse acordo legal, e que o dinheiro saiu do bolso da família real, tendo uma grande ajuda financeira da própria Rainha Elizabeth II.

Segundo dados do jornal The Mirror, Andrew, Duque de York, tem uma pensão da Marinha Real no valor de US$ 40 mil (R$ 200 mil) por mês, e um salário anual de US$ 330 mil (R$ 1,6 milhão), que é concedido pela rainha.

Além disso, o ex-marido da duquesa Sarah Ferguson colocou à venda seu luxuoso chalé na Suíça, que também pertencia à Ferguson, uma propriedade exclusiva que está avaliada em aproximadamente US$ 20 milhões, segundo a revista Tatler.

O jornal The Sun também comentou que a monarca de 95 anos contribuiu com quase US$ 3 milhões para ajudar o filho, e seu irmão mais velho, o Príncipe Charles, também colaborou para o pagamento, com a promessa de que devolver cada centavo, assim que a negociação da venda do chalé fosse concluída.

Um informante confirmou à publicação: “Sob os termos do acordo de 2 milhões de libras fechado entre os conselheiros da rainha e a equipe jurídica do duque de York, a rainha concordou em ajudar Andrew desde que não estivesse vinculado a um pagamento pessoal da rainha a Sra. Giuffre. A rainha não pode fazer um pagamento à vítima de abuso sexual que acusou seu filho, mas o acordo entre as duas partes foi feito de tal forma que uma contribuição significativa foi feita para uma organização de caridade.”, justifica a fonte.

ACORDO MILIONÁRIO

Segundo o jornal New York Post, o príncipe Andrew e a realeza chegaram a um acordo com a parte acusadora, Virginia Giuffre, que abriu processo contra ele por ter abusado dela sexualmente quando era menor de idade.

Embora um acordo entre ambos sempre tenha sido um resultado provável, a publicação comenta que como parte do fim do processo, o filho da rainha Elizabeth II aceita que Giuffre ‘é uma vítima de abuso’ e, ao contrário de sua entrevista ao Newsnight, agora ‘lamenta sua associação’ com Jeffrey Epstein.

No entanto, não há admissão de responsabilidade ou declaração de inocência em relação às alegações de agressão sexual que Giuffre fez contra ele.

De acordo com fontes do jornal The Sun, Príncipe Andrew aceitou fazer uma importante doação à fundação de Virginia Giuffre, mas o valor não foi revelado.

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Um informante assegura: “Andrew e Giuffre concordaram que o valor do acordo permaneça confidencial, mas foi relatado que é de £ 12 milhões de libras (R$ 88 milhões).

Mas o jornal afirma que a questão de como Andrew pode pagar isso precisa de uma resposta, já que relatórios sugerem que ele vendeu seu chalé de esqui, aparentemente no valor de £ 18 milhões para liquidar uma dívida. Os rendimentos restantes servirão para financiar o acordo, mas o restante sairá dos cofres da rainha.

No ano do jubileu de platina da rainha, este é o melhor resultado possível para a família real.

Entende-se que Andrew não limpou seu nome, e com o pagamento do acordo, aceitou que Virginia é uma vítima de abuso.

Um especialista comentou: “Até que o acordo fosse anunciado, a perspectiva de um julgamento completo teria ofuscado os eventos planejados para o jubileu de platina da rainha. Agora, com quase todos os deveres reais e numerosos títulos retirados dele e sua reputação em frangalhos, a melhor coisa que Andrew pode fazer pela monarquia é manter um perfil extremamente baixo.”.

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Formada em Ciencias de la Comunicación (México), louca por gatos e fascinada com o mundo dos famosos. Feliz de ser parte do OFuxico desde 2000.