Rainha consorte Camilla pode recusar coroa com ‘diamante maldito’

Por - 16/10/22 às 09:00 - Última Atualização: 15 outubro 2022

Rei Charles III, Rainha consorte CamillaRei Charles III, Rainha consorte Camilla / Reprodução / Instagram /@clarencehouse

Depois de revelada a data da coroação do Rei Charles III, e a rainha consorte Camilla, que acontecerá dia 6 de maio de 2023, mesma data do aniversário do neto, Archie Harrison, uma nova controvérsia está se formando e tem a ver com a coroa que a esposa de Charles usará no dia da cerimônia, aquela que contém o deslumbrante e dizem que ‘amaldiçoado’ diamante Koh-i-noor, uma joia de 105 quilates.

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De acordo com a imprensa inglesa, a última rainha consorte a usar a coroa foi a rainha-mãe, Elizabeth I, em sua coroação em 1937, mas comenta-se que se Camilla decide usá-la na cerimônia, pode causar transtornos internacionais, por conta da polêmica que existe por trás da enigmática peça, motivo de discórdia entre entre a Grã-Bretanha e a Índia.

William Dalrymple, coautor de “Koh-i-Noor: The History of the World’s Most Infamous Diamond”, disse ao jornal “Daily Mail” que o diamante ‘tem o peso da colonização em seu ombro’ e se a rainha consorte decide realmente ser coroada com a coroa que tem a pedra de US$ 591 milhões (R$ 3,1 bilhões), será como “uma enorme granada diplomática”.

Um usuário do Twitter narrou a história do diamante, escrevendo: “Ele deveria voltar à sua origem, o mínimo que o Reino Unido pode fazer pelos séculos de exploração, opressão, racismo, escravidão infligida às pessoas do subcontinente indiano”.

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Dalrymple sugeriu que a coroa seja atualizada para ser retirado o diamante e assim evitar polêmicas:

“A Royal Collection está cheia de joias magníficas, então é provável que o rei e a rainha consorte removam o diamante e o substituam por uma gema diferente”, comentou.

POR QUÊ JOIA MALDITA?

A Casa de Windsor entra em uma nova era após a morte da rainha Elizabeth II, cujo funeral acontece em 19 de setembro. Camilla Parker-Bowles, esposa do Rei Charles III, agora é a nova rainha consorte, que assumirá o reinado ao lado de Charles após a coroação, que deve ocorrer em 2023.

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Camila é a primeira rainha consorte em décadas: a última foi a mãe de Elizabeth II, Elizabeth Bowes-Lyon, de 1936 até a morte de seu marido, o rei George VI, em 1952. Isso porque, ao assumir sua filha Elizabeth como rainha após a morte de seu pai, seu futuro marido, Philip de Edimburgo, levou o título de príncipe consorte por toda a vida.

Agora, com a chegada de Charles III ao trono, Camilla será a primeira rainha consorte em mais de 70 anos e, juntamente com o seu novo título, uma das joias mais polêmicas da realeza britânica voltará a ter uma dona: o diamante Koh-i-noor, considerado maldito, devido à sangrenta história que há por trás dele. Somente as mulheres da realeza podem usá-la, não os homens.

A lenda do diamante conta que a joia trará infelicidade ao homem que a possui, mas, se cair nas mãos de uma mulher, concederá a ela o maior sucesso. Os versos dizem: “Quem possuir este diamante dominará o mundo, mas também conhecerá todos os seus infortúnios. Só Deus, ou uma mulher, pode carregá-lo impunemente.”.

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O diamante Koh-i-noor, que há anos é reivindicado pela Índia, está embutido na Coroa da Rainha Mãe, e ele poderá voltar a ser visto na cerimônia quando a esposa de Charles III for coroada pelo Arcebispo de Canterbury.

Em 1849, após a anexação britânica do Punjab, a peça caiu nas mãos da rainha Vitória e desde então tem sido objeto de uma disputa histórica de propriedade entre pelo menos três países: Índia, Paquistão e Irã.

A Índia afirma que o diamante de 105 quilates, cujo nome em persa significa “montanha de luz”, foi “roubado” durante o regime colonial. O Koh-i-noor vem da mina Kollur na Índia, berço de diamantes valiosos. A peça ficou guardada em um templo até ser roubada, segundo as crônicas da invasão da Índia, por isso muitos especialistas dizem que o diamante é um símbolo do colonialismo britânico.

A Coroa Imperial do Estado é feita de ouro e tem 2.868 diamantes, 17 safiras, 11 esmeraldas, 269 pérolas e 4 rubis. Contém algumas das joias mais importante da coroa. Além do Koh-i-noor, tem o rubi do Príncipe Negro, a safira de San Edward e o diamante Cullinan II.

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Em 2016, o diamante estava no centro de uma batalha judicial depois que uma ONG entrou com uma petição pedindo ao tribunal que ordenasse ao governo indiano que exigisse a devolução da peça. Países como Paquistão, Afeganistão e outras nações pediram que Koh-i-noor fosse devolvido aos seus “donos legítimos”.

Após a morte da rainha Elizabeth II, usuários das redes sociais também aderiram a uma campanha exigindo que a família real devolva a joia, segundo indica a revista Hello!.

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Formada em Ciencias de la Comunicación (México), louca por gatos e fascinada com o mundo dos famosos. Feliz de ser parte do OFuxico desde 2000.