Setembro Amarelo: Ex-participantes falam de saúde mental após reality shows

Setembro é o mês oficial da promoção de saúde mental e combate ao suicídio em todo o país. A ideia é promover discussões e ferramentas para que pessoas em situações de vulnerabilidade emocional consigam superar suas doenças ou dificuldades.

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Um momento bastante difícil e comum entre famosos que participam de realities é a saída do confinamento. Não importa se no “Big Brother Brasil”, Globo, “A Fazenda” ou “Power Couple”, Record TV, a situação é a mesma.

Ainda que os três programas ofereçam ajuda psicológica dentro das casas, o volume de informações, ódio ou violência virtual podem realmente mexer com o lado emocional dos participantes.

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OFuxico entrou em contato com ex-BBBs, ex-peões e ex-Powers para falar a respeito do assunto. Ivy Moraes, Tiago Piquilo e o casal Lucas Bissoli e Eslovênia Marques se lembraram como foram os primeiros momentos depois do confinamento.

É consenso entre todos que o excesso de informações, a situação do convívio e as ondas de ódio podem realmente mexer com os sentimentos. Teve até quem relatou certo pânico com relação a isso.

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Ivy Moraes destacou que a onda de haters que enfrentou depois de deixar o BBB, principalmente sob as acusações de racismo para com Babu Santana. Ainda assim, ela não procurou ajuda logo após sair do reality, por causa da agenda de trabalho.  

Eu já fazia antes de entrar na casa e tudo, mas pós-reality não. Hoje em dia, eu voltei para minha terapia. Não por causa de participação em Power ou qualquer outra coisa. (…) Acho que é um investimento que a gente faz em autoconhecimento”

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Quem fez questão de ressaltar a importância da terapia pós-reality show foi Eslovênia. A paraibana já fazia acompanhamento profissional e até se preparou para o BBB22 com seu psicólogo. Logo depois que saiu da casa, voltou com os atendimentos.

“Eu acho que é importante que a gente, cada vez mais, fique consciente do que está acontecendo e mais próximos de nós mesmos”, analisa.

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A modelo também falou a respeito de sua participação no jogo e da vida fora da casa. Para ela, a dimensão é “gigantesca” e pode assustar.

“Sempre assusta, porque a gente nunca pode esperar a dimensão do que a gente fala ou falou. Ao mesmo tempo que assusta, é algo que me faz aprender bastante sobre como me posiciono sobre as coisas. É um grande aprendizado”, pontua.

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Tiago Piquilo conversou com OFuxico pouco depois que saiu de “A Fazenda. Ele confessou que também enfrentou momentos delicados emocionalmente após o confinamento da Record TV. Os conflitos entre participantes e o confinamento foram os momentos mais difíceis para o cantor.

Eu confesso que deu uma bugada na minha cabeça. Eu fiquei um pouco com pânico de algumas coisas (…). Não consegui assistir ao Big Brother por causa disso. Começou a me dar um jeito ruim ver as pessoas brigando”

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Apesar disso, o sertanejo ressaltou que a relação com os colegas de hoje se mantém tranquila após saírem do jogo. Para ele, apesar das tensões durante o jogo, segue respeitando a todos.

“Claro, a convivência não é fácil, afinal são 21 pessoas ali dentro. Mas, eu consegui sair respeitando essas pessoas e com respeito dessas pessoas também. O que trouxe para mim depois da Fazenda foi uma tensão muito grande”, pontua.

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Quem também falou a respeito do tema foi o capixaba Lucas Bissoli. Assim como Ivy, ele também não procurou ajuda profissional depois que saiu da casa. E se arrepende. O estudante de medicina ressaltou que os participantes são “bombardeados” de informação quando saem do jogo, o que pode ser um choque.

Eu saí do reality e realmente é um bombardeio de informações, julgamentos e tal. Confesso que eu deveria ter procurado, mas acabei não procurando.

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Lucas destaca que também procura outras formas de manter a saúde mental, como os exercícios físicos: “Eu tenho outras formas de manter minha saúde mental, que é a prática de atividades físicas”.

Ainda assim, na esteira do Setembro Amarelo, o namorado de Eslovênia ressalta a importância de discutirmos o tema e valorizarmos nossa saúde mental e emocional.“Eu acho super importante, de fato, você procurar ajuda psicológica. Até porque a saúde mental não é algo que a gente dá muito valor hoje em dia”, adiciona.

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