Felipe Neto nega candidatura à presidência e diz que vídeo foi crítica ao autoritarismo

Felipe Neto movimentou a internet nos últimos dias ao publicar um vídeo anunciando sua suposta pré-candidatura à presidência da República. O conteúdo, repleto de propostas polêmicas e um discurso com tom autoritário, causou reações diversas entre os seguidores. No entanto, nesta sexta-feira (5), o influenciador desmentiu a informação e revelou que tudo se tratava de uma provocação com objetivo crítico.

“É óbvio que não vou me candidatar a coisa alguma. Eu espero, no fundo do coração, que vocês não tenham acreditado”, afirmou o youtuber em um novo vídeo publicado nas redes sociais. A declaração serviu para contextualizar o material anterior, que utilizava frases diretamente inspiradas no livro “1984”, de George Orwell — uma das principais obras literárias sobre regimes totalitários.

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Estratégia foi usada para lançar audiolivro e criticar discursos autoritários

Segundo Felipe, o vídeo com a falsa candidatura foi totalmente roteirizado com base nas ideias distorcidas do autoritarismo presentes na obra de Orwell. “Tudo que eu falei naquele vídeo que eu me candidatei à presidência da república é o oposto do que eu acredito. Foram falas autoritárias que eu fiz de propósito. E se você acreditou, ou pior, se você gostou do que eu falei, talvez você precise ler um pouco mais”, explicou o influenciador.

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A ação serviu também como estratégia para divulgar o lançamento do audiolivro “1984”, agora narrado por ele. “A literatura é a maior arma que uma sociedade tem para enfrentar qualquer tipo de autoritarismo. Os livros têm o poder de transformar esse país”, completou.

Discurso falso falava em controle populacional e manipulação de livros

No vídeo anterior, Felipe Neto apresentava ideias como o lançamento de uma rede social chamada “Nova Fala”, que recolheria dados pessoais dos cidadãos para moldar políticas públicas e revisar conteúdos didáticos conforme a “vontade da maioria”.

“Essa rede seria algo como um ministério, ainda vou definir qual, talvez o da verdade”, dizia. Ele também adotava o tom de líder absoluto: “Quero ser como um pai tão generoso quanto vigilante… ou, se eu for jovem demais para isso, quero ser como um irmão mais velho.”

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A iniciativa dividiu opiniões, mas acabou cumprindo o objetivo principal: provocar debate sobre os riscos da desinformação, do populismo e da perda de referências democráticas. No fim, Felipe Neto deixou claro que o alerta estava dado — e reforçado com literatura.