Giulia Costa, sobre culto ao corpo: “A vida já cobra demais”
Por Flavia Cirino - 06/09/21 às 12:16
Curtindo dias de descanso em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio de Janeiro, Giulia Costa usou suas redes sociais no último final de semana, 04 e 05 de setembro, para mostrar alguns registros do lazer ao lado de amigas como Beatriz Bonemer, filha de Fátima Bernardes e William Bonner.
A filha de Flávia Alessandra e do saudoso Marcos Paulo, mostrando como está desfrutando dos dias ensolarados no local, surgiu renovando o bronzeado e exibindo seu corpo em forma.
Com o mar ao fundo, a atriz e estudante de cinema apareceu toda sorridente usando um biquíni vermelho, arrancando elogios dos seguidores.
Durante o confinamento em casa, por conta da pandemia, Giulia acabou cedendo à ansiedade causada não somente pelos estudos, mas pela incerteza do momento que o mundo atravessa. A jovem está retomando as atividades na academia aos poucos e, embora seja vegetariana, acabou dando uma relaxada na alimentação, como boa parte das pessoas,
“Eu tive essa fase. Estou voltando agora a praticar exercícios, que já tinha tentado antes, mas parei. Estou me cobrando menos nesse período. A vida por si só já cobra demais, especialmente na questão da aparência”, disse ela em entrevista ao jorna Extra.
A bela jovem de 21 anos, mostrou bastante maturidade sobre sua relação com a ditadura da boa forma
“Nesse último ano e meio, também aumentei meu peso e possivelmente perdi massa magra e tudo mais, porém evito falar das minhas medidas nas redes sociais porque não quero alimentar esse culto à magreza que percebo nas meninas da minha idade”, disse.
“Se quero comer uma barra de chocolate inteira, caio dentro. Para mim, ter uma alimentação saudável é mais sobre saúde do que sobre estética. Estamos em um momento em que está muito fácil enlouquecer e perder a cabeça, então não fico exigindo muito de mim nesse sentido”, disse ela ao jornal.
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INCENTIVO DA MÃE GATA
Em paz com o corpo e a alma, Giulia Costa sempre costuma externar sua autoconfiança nas fotos que publica em seu perfil no Instagram. Da mesma maneira que a mãe, Flávia Alessandra, sua grande parceira e incentivadora. Giulia costuma postar looks fashionistas e paisagens de tirar o fôlego para quase três milhões de seguidores.
“Nós ajudamos uma a outra nesse sentido. Minha mãe sempre fala que tenho um corpão, e eu a chamo de gata. Eu também tento incentivar a Olivia (de 10 anos, filha de Flávia com Otaviano Costa) porque ela está entrando pré-adolescência”, disse.
“Sobre a autoconfiança, tenho dias e dias. Às vezes acordo me sentindo poderosa, às vezes estou me sentindo um lixo. Na internet, só publicamos o lado bom. Apesar de achar importante mostrar que posso me vestir como quero, também gosto de deixar claro que nem só de coisa boa é feita a rotina”.
FILHA DE PAIS FAMOSOS
Conhecida do público desde muito cedo por ter pais famosos, Giulia Costa admitiu ao jornal Extra que foi complicado entender o interesse das pessoas em sua intimidade e ainda ser cobrada a ter tanto sucesso quanto Marcos Paulo e Flávia Alessandra.
“As pessoas acabam criando um peso que não deveria existir. Então junta a pressão externa e sua própria pressão. No início era muito difícil lidar com isso, com a comparação com meus pais. Felizmente, fui aprendendo de uma forma positiva e, atualmente, enxergo meu pai e minha mãe como referências”, contou.
A estudante ainda destacou que volta e meia se depara com comentários maldosos em seu perfil na web.
“Eu digo para mim mesma para ‘não ligar’, depois apago ou bloqueio quem falou algo ruim. Mesmo assim, só de ver aquilo, eu já absorvi. Acho que já passou da hora de tomarmos uma atitude quanto ao comportamento das pessoas nas redes sociais. Aquilo não é brincadeira, não. Isso mata a gente”.
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Para lidar com a parte negativa de ser uma pessoa pública, Giulia recorreu à terapia. O acompanhamento psicológico também a ajudou a aceitar a morte precoce do pai.
“De novo, a terapia foi essencial. A gente nunca está preparado para lidar com isso, porém, graças a Deus, eu tinha minha família ali para me dar todo apoio. Conforme o tempo passa, a gente vai encontrando maneiras de lidar com a saudade. Nunca supera (a perda), mas aprende a aguentar”, desabafou.
Vez ou outra, Giulia se pega imaginando o que seu pai teria achado de suas conquistas: “Ele faleceu quando eu tinha 12 anos, então ele não me viu escolher a faculdade, não me viu aprendendo a dirigir… A cada passo que eu fui tomando na vida, pensei: “O que será que ele iria achar?”. Meu pai não me viu escolhendo ser atriz e diretora, mas, pelo menos, viu minha primeira peça. Lembro que ficou todo orgulhoso, levou até uma câmera para gravar o espetáculo todo. Bem babão. Gosto de acreditar que ele ainda vê tudo, de onde quer que esteja.
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A relação com o padrasto, Otaviano Costa, é a melhor possível e carinho não lhe falta. Giulia é só elogios ao artista, a que considera seu segundo pai.
“Ele com certeza foi essencial na minha vida, está aí desde antes do meu pai partir. Até hoje cumpre papel de pai comigo, já que me acolheu como filha. Apesar de eu ter perdido o meu biológico muito cedo, ganhei um segundo pai”.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino