Kanye West afirma que é autista e não tem transtorno bipolar
Por Rita García - 13/12/22 às 15:00
Kanye West está de volta com outra entrevista e desta vez esclarecendo tudo sobre sua saúde mental. Em conversa com os paparazzi da agência X17 Online, o ex de Kim Kardashian deixou claro que ele NÃO é bipolar. Em vez disso, ele acredita que é “levemente autista”.
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Embora o rapper chamou o transtorno afetivo bipolar de ‘super poder’ quando foi diagnosticado, agora ele acha que não tem esse problema mental.
“De jeito nenhum… não sou bipolar. Não estou em nenhum tipo de episódio, mas posso ser um pouco autista. Tipo, ‘Rain Man’, e isso faz parte do meu superpoder. É por isso que posso produzir faixas, projetar e fazer tantas coisas”, justificou.
Ye continuou dizendo que nem sabe odiar as pessoas porque as pessoas autistas são apaixonadas.
Agora, no início deste ano, Kanye realmente se abriu sobre como é viver com transtorno bipolar. Ele falou com David Letterman em abril e disse: “Quando você está nesse estado, fica hiperparanóico com tudo… Todo mundo agora é ator. Tudo é uma conspiração. Você praticamente não confia em ninguém.”, comentou na época.
Kanye foi diagnosticado com transtorno bipolar e internado em tratamento psiquiátrico em 2016. Falando sobre sua experiência com Letterman, Ye explicou: “Eles te algemam, te drogam, te colocam na cama e te separam de todos que você conhece… Isso é algo que estou tão feliz por ter experimentado por mim mesmo, então posso começar mudando aquele momento.”
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Kim Kardashian também falou abertamente sobre o diagnóstico de Kanye em 2020, depois que ele revelou alguns de seus problemas privados ao público durante sua campanha presidencial.
“Qualquer pessoa que tenha isso [transtorno bipolar] ou tenha um ente querido em sua vida que tenha, sabe como é incrivelmente complicado e doloroso entender. Aqueles que entendem de doença mental ou mesmo comportamento compulsivo sabem que a família é impotente, a menos que o membro seja menor de idade. As pessoas que desconhecem ou estão distantes dessa experiência podem julgar e não entender que o próprio indivíduo deve se envolver no processo para conseguir ajuda, não importa o quanto a família e os amigos tentem.”, justificou.
Ela acrescentou: “Ele é uma pessoa brilhante, mas complicada, que além das pressões de ser um artista e um homem negro, ele experimentou a dolorosa perda de sua mãe e tem que lidar com a pressão e o isolamento que são intensificados por sua bipolaridade”, escreveu Kim encerrando o assunto pedindo que a mídia e o público tivessem ‘compaixão e empatia’ necessárias para que pudessem superar esse momento difícil.
MÚSICA
Em meio a tantas polêmicas envolvendo seu nome e seu comportamento e conduta, Kanye West surpreendeu os fãs ao lançar seu novo tema chamado “Someday We All Be Free” [Algum dia seremos todos livres]. A música está claramente inspirada pela reação das pessoas ao seu fanatismo religioso e retórica pró-nazista, de acordo com a revista especializada, NME.
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Ye postou a música de dois minutos em seu Instagram, e também na plataforma InfoWars, para logo depois deletar a faixa de suas redes sociais.
Quem alcançou escutar o tema, notou que o rapper fez rimas sobre as polêmicas em que se meteu recentemente, cantando coisas do tipo: “Acordar com mensagens de ‘não posso mais fazer isso’/e a bíblia diz que não posso mais fazer sexo até o casamento.”
Ele ainda desabafa rimando: “Todo mundo é Karen” e proclama: “Esqueci o que é o medo – além do medo do todo-poderoso”.
Depois de publicar um trecho da música, Kanye deletou todo seu Instagram, deixando somente uma foto antiga de sua falecida mãe, Donda West e a legenda ‘Mamãe’, que ele postou em 5 de outubro passado.
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Nos últimos três meses, marcas como Adidas, CAA, Gap e Balenciaga cortaram relações com o rapper. Ele também deu a entender que está em apuros financeiros depois que o JP Morgan Chase fechou sua conta bancária, e acusou a Adidas de congelas três de suas contas.
O compositor Edward Howard disse que escreveu o tema “Someday We All Be Free” sobre a batalha do falecido músico Donny Hathaway (1945-1979) contra a esquizofrenia paranóica, segundo a revista “Rolling Stone”.
“O que estava passando pela minha cabeça na época [em que escrevi o tema] era Donny, porque Donny era uma pessoa muito problemática. Eu esperava que em algum momento ele fosse libertado de tudo o que estava passando. Não havia nada que eu pudesse fazer a não ser escrever algo que pudesse ser encorajador para ele.”.
A publicação relata que Ye, que há muito tempo lida com sua própria luta contra o transtorno bipolar, pode ter decidido fazer rap com essa música ‘como um bálsamo para si mesmo’.
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“Alguém pode simpatizar com seus testes de saúde mental e como eles podem estar afetando seu julgamento, mas sua última faixa também parece uma subversão abominável de uma música que foi celebrada como um farol de esperança para os negros em meio à supremacia branca que Ye vem tão devotadamente amplificando”, justifica a revista.
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Formada em Ciencias de la Comunicación (México), louca por gatos e fascinada com o mundo dos famosos. Feliz de ser parte do OFuxico desde 2000.