Preta Gil e Ludmilla no Dia a Consciência Negra: ‘Resistimos’

Por - 20/11/24 às 17:40

fotomontagem de preta gil e ludmillaFoto: Reprodução/Instagram @pretagil e @ludmilla/Montagem

Preta Gil usou suas redes sociais no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, para discutir desigualdades no mercado publicitário. Em um vídeo publicado no Instagram, a cantora chamou atenção para a falta de oportunidades para influenciadores negros e a disparidade de remuneração em comparação com profissionais brancos.

“Mais um 20 de novembro e muitas coisas para se refletir. Um dos problemas é sobre o mundo publicitário que cresce cada vez mais, menos para os influenciadores pretos, que quando são contratados, ainda recebem menos que pessoas brancas”, escreveu ela na legenda.

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Além da crítica, Preta defendeu mudanças estruturais na indústria e apontou a importância da representatividade. “Precisamos de pessoas negras em cargos de liderança na indústria para que esse cenário mude. Devemos olhar para festivais, festas e vivências pretas o ano inteiro! Valorizem e consumam! Seguimos juntos por um mercado menos limitado”, completou.

Preta Gil clama por mais representatividade na publicidade

No vídeo em si, ela declarou: “O mercado publicitário pouco tem trabalhado as pautas raciais e a contratação de influenciadores pretos. Você já parou para pensar nisso? A representatividade de pessoas pretas na publicidade digital caiu de 34,8% para 31,6% quando contratada. As pessoas pretas são as menos remuneradas financeiramente, 83% dos modelos e artistas contratados para publicidade entre 2018 e 2023 eram pessoas brancas”.

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“A publicidade não representa a diversidade do nosso país. Não ter pessoas pretas em cargos de liderança na indústria criativa só reforça esse cenário. Um dos maiores absurdos que aconteceu é que no mês da Consciência Negra, o festival Batkoo foi adiado por falta de investimento e Patrocínio. O Batkoo existe há 10 anos e é um dos maiores representantes da cultura preta periférica, LGBTQUIAPN+ do nosso país”, afirmou a cantora em seguida.

“Precisamos enxergar produtores de conteúdo negros para além das temáticas raciais. Pessoas pretas produzem conteúdo sobre milhões de assuntos o ano inteiro, e não só em novembro. Quero um mercado menos limitado, genuinamente diverso, o mercado comprometido com as nossas pautas, com os nossos avanços, e não com a manutenção de uma estrutura centenária. Precisamos nos responsabilizar porque ninguém avança sozinho”, concluiu Preta Gil, por fim.

Ludmilla também se posicionou

Outra cantora famosa a se posicionar sobre o assunto foi Lumilla, que declarou: “O dia de hoje passa a ter um novo significado para mim. Agora, como mulher preta, LGBTQIAPN+ e mãe. Sempre recebi com muito carinho e responsabilidade o fato de ser vista por todos vocês como referência. Mas o desejo que tenho de ser exemplo para essa criança que ainda nem nasceu, e que já amo mais que tudo, é ainda maior”.

“Que o dia de hoje sirva para lembrar da importância daquelas e daqueles que, antes mesmo de nós nos reconhecermos como pessoas pretas, já estavam fazendo 10 vezes mais para serem vistos como iguais. Resistimos!”, concluiu a funekira, por fim.

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Foto: Reprodução/Instagram @ludmilla

Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.