Viúva de Erasmo Carlos se despede do cantor: ‘Quem morreu fui eu’

Por - 23/11/22 às 08:37

Erasmo Carlos e Fernanda PassosReprodução/Instagram/@fearistides

Na última terça-feira, 22 de novembro, perdemos Erasmo Carlos, um dos grandes nomes da música nacional e mundial. O cantor morreu aos 81 anos.

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Em sua conta no Instagram, Fernanda Passos, viúva do artista, compartilhou uma foto em que aparece beijando Erasmo e se despediu.

“Você transcendeu, quem morreu fui eu! Eu pedi tanto, eu implorei, implorei a Deus, seus médicos, apelei… Vida, não era sua hora, você não quis ir embora, e Deus não te tirou de mim, foi uma doença, foi coisa da vida, e a gente sabe que em alguns momentos a vida é uma bela m****”, começou ela.

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Em seguida, Fernanda afirmou que Erasmo tinha sede de viver. “Eu vi você se esvaindo por entre meus braços, e eu vi você com sede de viver, com sede de viver comigo. Você vivia por mim! Foram 12 anos de encontro. Sempre te amei com pressa, com desespero, com dor, com sangue, com lágrimas, meu amor é feroz! Preparei a casa para você voltar. Lavei as roupas, lavei as roupas de cama, e com isso perdi seu cheirinho. Amor, logo o cheirinho! Logo eu que não posso viver sem seu cheirinho! Eu me desesperei procurando onde eu poderia encontrar seu hálito, seu suor, o cheiro dos seus cabelos… Vida, você esperou por mim 69 anos, espera mais um pouquinho!!! A gente vai se encontrar”, finalizou.

MORTE

Erasmo Carlos (81) morreu na terça-feira, 22 de novembro, no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O cantor, que recebeu alta no começo do mês, após mais de uma semana internado, desta vez chegando a ser intubado, na segunda-feira, 21 de novembro.

Erasmo Carlos estava tratando uma síndrome edemigênica, doença que ocorre quando há um desequilíbrio bioquímico, e que dificulta a manutenção dos líquidos dentro dos vasos sanguíneos, que pode ser causada por doenças cardíacas, dos vasos ou renais.

TRAJETÓRIA

Erasmo Esteves, nome de batismo de Erasmo Carlos, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1941. Desde cedo, mostrava seu interesse pela música. Na juventude, esteve junto de Jorge Benjor e Tim Maia, formou a banda “The Sputniks” em 1957. Se tornou um dos membros da Jovem Guarda, junto a Roberto Carlos e Wanderléa, nos anos 60 e 70.

É dele os sucessos “Além do Horizonte”, “É Preciso Saber Viver”, “O Bom”.

Na TV, recebeu uma homenagem com o programa “Erasmo Convida” (1982), recebendo no palco da atração os amigos Caetano Veloso, Gal Costa, Jorge Ben Jor, Maria Bethânia, Nara Leão, Roberto Carlos entre outros.

Outra homenagem recebida foi no ano de 2008, em uma edição do”Som Brasil” e também no Globoplay, em 2021, quando ele completou 80 anos, Pedro Bial conversou com ele, relembrando passagens importantes da sua trajetória.

Também fez participações especiais em novelas, como

Nas novelas, ele fez parte de muitas trilhas sonoras “Locomotivas” (1977), “Livre Pra Voar” (1984), “Vida Nova” (1988), “A Lua Me Disse” (2005), “O Profeta, (1977), entre outras.

No cinema, atuou em “Minha Sogra É da Polícia” (1958), com direção de Aloisio T. de Carvalho. Seu destaque como ator chegou no ano de 1972, no filme “Os Machões”, onde atuou com Reginaldo Faria e Flávio Migliacchio e foi premiado como Melhor Ator Coadjuvante, pela Associação Paulista de Críticos de Arte.

Um dos seus últimos trabalhos foi em um streaming como ator, protagonizando o longa-metragem “Modo Avião”, com Larissa Manoela. No ano de 2021, ele lançou o álbum “O Futuro Pertence à… Jovem Guarda” com oito músicas dos anos 60, viajando por todo o Brasil e comemorando seus 50 anos de carreira.

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