Ana Beatriz Nogueira descobre câncer no pulmão, após vencer a Influenza
Por Flavia Cirino - 02/03/22 às 08:40
Dando vida à trambiqueira Elenice, de “Um Lugar ao Sol”, Ana Beatriz Nogueira tem enfrentado problemas de saúde, mas não perde o otimismo. Conforme OFuxico destacou, a atriz enfrenta a esclerose múltipla e agora descobriu um câncer em estágio bem inicial. A artista de 54 anos teve a gripe influenza e, por conta disso, ela precisou fazer uma tomografia. No exame, foi identificado um pequeno tumor no pulmão.
A indicação médica é de que ela faça uma cirurgia para a retirada do tumor e, em maio, quando vão iniciar as gravações de “Olho por Olho”, novela de João Emanoel Carneiro para a qual já está reservada, a artista estará liberada para o trabalho.
Vale destacar que a artista esteve em cartaz no teatro e na televisão sem interrupções desde que a pandemia começou. A pleno vapor e, enquanto enfrenta problemas de saúde na vida real, na ficção, sua personagem vai ser diagnosticada com mal de Alzheimer.
Com o agravamento da doença, Elenice vai acabar sendo internada em uma clínica. No fim da trama de Lícia Manzo, a trambiqueira morrerá. Ela vai contrair a Covid-19 e terá complicações da doença.
ESCLEROSE DIAGNOSTICADA HÁ 13 ANOS
Em 2009, Ana Beatriz Nogueira foi diagnosticada com esclerose múltipla, em sua forma surto-remissão (ocorrência dos surtos e melhora após o tratamento (ou espontaneamente). Geralmente ocorre nos primeiros anos da doença com recuperação completa e sem sequelas). Desde então, ela começou o tratamento de maneira bastante regrada e estacionou os sintomas. Após 12 anos de convivência com a doença, Ana, que está em cena como Elenice, em “Um Lugar ao Sol”, falou ao jornal O Globo que na época, com 42 anos, curtia os melhores anos da vida e que o diagnóstico lhe trouxe uma lição.
“É uma doença cognitiva, mas sou obediente no tratamento. Depois de surtos cognitivos iniciais, nesses 12 anos não tive nada. Fiquei mais rápida. Me trouxe uma urgência de não perder tempo com bobagem”, disse a atriz.
Sobre o susto de receber o diagnóstico, Ana Beatriz Nogueira disse que, no início, sofreu pela falta de informação.
“Aquele vinha sendo um dos anos mais felizes da minha vida, em todos os departamentos. E recebi o diagnóstico. Até entender que berimbau não é flauta, você sofre. Foi um sofrimento por falta de informação. As pessoas se assustam com o nome, mas esclerose quer dizer inflamação”.
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ENTENDA A ESCLEROSE MÚLTIPLA
De acordo com o site do Dr. Dráuzio Varella, Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória crônica, provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou ambientais, na esclerose múltipla, o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (capa que envolve todos os axônios) que recobre os neurônios e isso compromete a função do sistema nervoso. A característica mais importante da esclerose múltipla é a imprevisibilidade dos surtos. Em geral, a doença acomete pessoas jovens, entre 20 e 30 anos, e provoca dificuldades motoras e sensitivas.
Não se conhecem ainda as causas da doença. Sabe-se, porém, que a evolução difere de uma pessoa para outra e que é mais comum nas mulheres e nos indivíduos de pele branca que vivem em zonas temperadas. O diagnóstico é basicamente clínico, complementado por exames de imagem, por exemplo, a ressonância magnética.
O tratamento tem dois objetivos principais: abreviar a fase aguda e tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro. No primeiro caso, os corticosteroides são drogas úteis para reduzir a intensidade dos surtos. No segundo, imunossupressores e imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam na vida dos portadores de esclerose múltipla, já que é quase impossível eliminá-los com os tratamentos atuais.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino