Câncer de João Neto pode ser altamente agressivo; conheça os tipos

Por - 16/02/22 às 19:15

joao netoReprodução/Instagram @ joaonetojnef

João Neto, da dupla com Frederico, anunciou nesta quarta-feira, 16 de fevereiro, que está com um câncer na tireoide. O cantor se manifestou nas redes sociais dizendo que em breve fará uma cirurgia para retirar o carcinoma (tumor) e pediu para que as pessoas realizassem exames de rotina e ficassem atentas para não serem pegos de surpresa como ele disse que foi.  

O QUE É A DOENÇA? 

O médico oncologista Drauzio Varella escreveu um artigo em seu site oficial onde explica mais sobre o câncer do cantor sertanejo. O especialista primeiro explica o que é a tireoide e qual é a sua principal função no corpo humano.  

“A tireoide é uma glândula constituída por dois lobos, o esquerdo e o direito, ligados por um istmo. Juntos, eles assumem o formato de uma borboleta de asas abertas, de um escudo ou da letra H. Os hormônios tireoideanos são fundamentais para o metabolismo. A quantidade que a glândula produz é regulada pela hipófise, glândula situada no cérebro que fabrica o TSH, o hormônio estimulador da tireoide”, disse.  

TIPOS 

Na sequência, Varella cita os tipos de tumores que existem. Segundo ele, são quatro: carcinomas papilífero, folicular, medular e o anaplásico. 

O primeiro, segundo o médico, é responsável por 70%, 80% dos casos e costuma ser um pouco mais agressivo e de evolução lenta. Ele diz que na maioria das vezes, o diagnóstico é descoberto em exames de rotina e costumam reagir bem o tratamento. E acrescentou. “Quando ocorrem metástases, os gânglios linfáticos costumam ser os inicialmente afetados”, disse.  

O segundo tipo, o folicular, costuma se manifestar em pessoas com mais de 35 anos, podendo oferecer mais riscos. “Nos casos mais avançados, pulmões e ossos são os órgãos em que primeiro se disseminam as células tumorais”, afirmou. 

Já o carcinoma medular é responsável por apenas 5% dos casos. “Em geral, trata-se de um tumor mais agressivo, relacionado com certas síndromes genéticas e que secreta uma proteína que acarreta a calcificação dos ossos”, explicou o médico. 

O quarto e último, o anaplásico, corresponde a um índice ainda menor: apenas 2% dos casos. No entanto, é altamente agressivo. “De crescimento rápido, em pouco tempo atinge órgãos à distância, como os pulmões, os ossos e o fígado”, disse. 

“DOENÇA MALDITA E SILENCIOSA”

Nas redes sociais, João Neto não especificou qual desses quatro tipos é o câncer dele. Disse que após a cirurgia vai precisar ficar de repouso absoluto e sem poder falar. O procedimento será realizado no Hospital de Câncer de Barretos, no interior de São Paulo.  

“Num primeiro momento, eu achei que ia ser um pouco invasivo, recebi o diagnóstico no finalzinho do ano, num momento de festa e alegria. Mas agora eu decidi compartilhar com todos vocês, primeiramente, porque é uma doença maldita, silenciosa, que não dá sinal nenhum, nunca senti absolutamente nada”, falou o cantor. 

SINAIS E SINTOMAS 

De acordo com o oncologista, tanto o carcinoma papilífero quanto o folicular costuma ser assintomáticos em suas fases iniciais. Se caso algum sinal aparecer, o mesmo pode ser em forma de nódulos. Eles podem ser identificados no pescoço de forma palpável ou mesmo visivelmente.

Drauzio Varella diz, ainda, que quando este tipo câncer está em um estágio mais avançado, é comum ocorrer aumento dos gânglios linfáticos e do volume no pescoço. Rouquidão, tosse persistente e dificuldade para engolir também são outros sinais citados pelo médico.  

DIAGNÓSTICO 

Além do autoexame, o oncologista disse que a doença também pode ser diagnosticada por meio de exames de imagem. “O mais importante, porém, é a biopsia de aspiração com agulha fina para identificar a presença ou não de células tumorais malignas”, alertou.  

TRATAMENTO 

Ainda em seu artigo, Drauzio Varella diz que, em geral, o tratamento é mesmo cirúrgico, sempre levando em conta o tipo e a gravidade da doença. “Caso as células malignas tenham comprometido os gânglios cervicais, é necessário retirá-los”, disse. 

Depois de quatro a seis semanas da cirurgia, o paciente passa receber pequenas doses de iodo radioativo em ambiente hospitalar. A finalidade, segundo o médico, é tirar qualquer tecido que possa ter ficado no corpo, evitando, dessa forma, metástases.  

E concluiu. “Quando os carcinomas papilíferos e foliculares não respondem a esse tratamento, é possível recorrer à terapêutica antiangiogênica que consiste em bloquear a formação de novos vasos sanguíneos para impedir que as células tumorais recebam nutrientes e oxigênio através da circulação. O passo seguinte é indicar a reposição hormonal com levotiroxina por via oral para substituir os hormônios que deixaram de ser produzidos pela tireoide. Radioterapia, associada ou não à quimioterapia, é recomendada na ocorrência de tumores mais agressivos, como o carcinoma medular e o carcinoma anaplásico”. 

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