Câncer raro da filha de Tiago Leifert pode ter 100% de cura

Neste sábado, 29 de janeiro, Tiago Leifert e Daiana Garbin revelaram publicamente que a filha, Lua, de pouco mais de um ano, está com um câncer raro nos olhos, chamado retinoblastoma. 

Por meio de um vídeo, o casal explicou um pouco melhor sobre a condição da pequena e disse também que ela está sob tratamento há cerca de quatro meses.

“[…] Este é um câncer que acontece nas células da retina, que acabam tendo um crescimento desordenado e criam tumores, que pode ser em um olhinho só ou, como no caso da nossa filha, bilateral, que tem um tumor em cada olho”, disse Daiana.

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“É muito difícil descobrir este câncer e é por isso que estamos gravando este vídeo para vocês. Normalmente, este é um câncer que acontece em crianças muito pequenas, antes dos dois ou três anos de vida, quando a criança ainda não fala, não consegue expressar que ela não consegue enxergar e os pais também não percebem. A gente teve sorte, porque a Lua sempre enxergou tudo, um fiozinho de cabelo, uma sujeirinha no chão, e a gente nunca imaginou que algo estivesse impedindo a visão dela”, continuou.

A jornalista, então, afirmou que o primeiro a perceber que algo não estava muito certo nos olhos da Lua foi Leifert.

“Ele viu que o olhinho dela fazia um movimento irregular e ela olhava meio de lado, às vezes. E ele me dizia: ‘Dai, tem alguma coisa errada com o olhinho da Lua. E eu dizia: ‘Para de ser chato, não tem nada’, mas ele insistia e dizia que tinha uma luz branca estranha no olhinho da Lua e até que um dia eu percebi um reflexo branco, como se fosse um olho de gato e levamos ela no oftalmologista”, contou.

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Segundo a TUCCA – Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer, a percepção da doença como a descrita pelo casal significa que ela já está mais avançada. Dessa forma, o retinoblastoma muitas vezes é revelado em uma simples foto com flash, pois o olho afetado aparece com uma mancha branca, que é o reflexo tumor. Apesar de haver uma chance de cura menor, ela não é impossível.

A instituição também incentiva a realização do teste do olhinho pelos pediatras. O exame deve ser realizado periodicamente, uma vez que a doença é mais comum em crianças de 0 a 5 anos. O procedimento é simples e pode levantar a suspeita da existência do tumor, algo a ser confirmado por um oftalmologista por meio do exame de fundo de olho. 

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“É essencial detectar o quanto antes a doença, não só para que o câncer seja curado, mas também para preservar o olho e a visão da criança”, afirmou o oncologista pediátrico e diretor do departamento de oncologia pediátrica do Hospital Santa Marcelina e presidente da TUCCA, Sidnei Epelman, em conversa com a associação.

A campanha da TUCCA tem como objetivo salvar a visão e a vida de centenas de pequenos Brasil afora. Isso porque o retinoblastoma pode causar cegueira e até levar a criança à morte. Além disso, o número de crianças identificadas tardiamente com o problema ainda é muito alto no País, cerca de 50%, o que reduz as chances de tratamento e cura do tumor. Quando o diagnóstico é precoce, as chances de cura acontecem em até 100% dos casos.

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