Repórter da Record TV revela luta contra o Parkinson e faz tratamento inovador
Por Flavia Cirino - 06/12/21 às 09:09
Sabe-se que doenças neurológicas como Alzheimer e Parkinson não têm cura ou tratamento definitivo, mas a ciência está cada vez mais empenhada em encontrar formas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes por todo o mundo. Tanto que André Tal, repórter do “Domingo Espetacular”, da Record TV. Mostrou no programa exibido na noite de domingo, 05 de dezembro, o tratamento inovador que está fazendo nos Estados Unidos. Tal tem sido assistido pelo médico brasileiro Marc Abreu e os resultados têm promissores. No programa, André Tal revelou que lutou durante anos em segredo contra a doença de Parkinson.
“A partir de agora, vou quebrar o silêncio sobre algo que há anos eu tenho tentado esconder”, disse ele, antes de anunciar que tem Parkinson.
André participa do estudo realizado pelo médico na Universidade de Yale, onde Marc Abreu atua como professor e pesquisador. Com mais de duas décadas no jornalismo, durante oito anos Tal foi correspondente internacional da emissora em Nova Iorque, Tóquio e Londres. O profissional de 43 anos começou a apresentar os sintomas em 2018 e continuou trabalhando normalmente, a serviço da Record, em vários trabalhos.
“Sempre me perguntam se aceitei a doença. Não. Sou indignado. Onde existe chance, eu vou atrás”, disse.
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ROTINA ALTERADA
André Tal destacou de que forma a doença tem afetado sua rotina nos últimos anos e mostrou, como repórter e paciente a mesmo tempo, como é o tratamento que promete dar mais qualidade de vida aos pacientes que sofrem de Alzheimer, esclerose ou Parkinson.
Apear de a doença não ter cura, o jornalista afirmou ter notado melhoras em seu estado após passar pelo tratamento. Ele enfatizou que recuperou o olfato e teve melhoras nos movimentos físicos.
“Ao quebrar o silêncio e aceitar fazer parte desta jornada, consegui mostrar a todos os outros pacientes de doenças como a minha que acima de tudo existe luz e esperança”, disse André ao final da reportagem.
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O QUE É O PARKINSON
Trata-se de uma doença neurológica que afeta os movimentos da pessoa. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita.
A Doença de Parkinson ocorre por causa da degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a substância dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos provocando os sintomas acima descritos.
O diagnóstico da doença é feito com base na história clínica do paciente e no exame neurológico. Não há nenhum teste específico para o seu diagnóstico ou para a sua prevenção.
A história de quem é acometido pela doença de Parkinson consiste num aumento gradual dos tremores, maior lentidão de movimentos, caminhar arrastando os pés, postura inclinada para frente. O tremor afeta os dedos ou as mãos, mas pode também afetar o queixo, a cabeça ou os pés. Pode ocorrer num lado do corpo ou nos dois, e pode ser mais intenso num lado que no outro. O tremor ocorre quando nenhum movimento está sendo executado, e por isso é chamado de tremor de repouso. Por razões que ainda são desconhecidas, o tremor pode variar durante o dia. Torna-se mais intenso quando a pessoa fica nervosa, mas pode desaparecer quando está completamente descontraída. O tremor é mais notado quando a pessoa segura com as mãos um objeto leve como um jornal. Os tremores desaparecem durante o sono.
A lentidão de movimentos é, talvez, o maior problema para o parkinsoniano, embora esse sintoma não seja notado por outras pessoas. Uma das primeiras coisas percebidas pelos familiares é que o doente demora mais tempo para fazer o que antes fazia com mais desenvoltura como, banhar-se, vestir-se, cozinhar, escrever (ocorre diminuição do tamanho da letra). Outros sintomas podem estar associados ao início da doença: rigidez muscular; redução da quantidade de movimentos, distúrbios da fala, dificuldade para engolir, depressão, dores, tontura e distúrbios do sono, respiratórios, urinários.
EVOLUÇÃO E TRATAMENTO
A progressão é muito variável e desigual entre os pacientes. Em geral, possui um curso vagaroso, regular e sem rápidas ou dramáticas mudanças.
Não existe cura para a doença, porém, ela pode e deve ser tratada, não apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso. A grande barreira para se curar a doença está na própria genética humana, pois, no cérebro, ao contrário do restante do organismo, as células não se renovam. Por isso, nada pode ser feito diante da morte das células produtoras da dopamina na substância negra.
A grande arma da medicina para combater o Parkinson são os medicamentos e, em alguns casos, a cirurgia, além da fisioterapia e a terapia ocupacional. Todas elas combatem apenas os sintomas. A fonoaudiologia também é muito importante para os que têm problemas com a fala e com a voz.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino