Saiba o motivo da internação repentina de Anitta no hospital!

Por - 07/12/22 às 16:00

anitta olhando para a câmeraReprodução/Instagram

(Atualizada às 17h10)

Anitta teve que cancelar seus compromissos esta semana, inclusive a apresentação na Farofa da Gkay nesta quarta-feira, 7 de dezembro, após ser repentinamente internada em um hospital em São Paulo.

Nas redes sociais, Anitta publicou vídeo, nos Stories para contar o que aconteceu.

“Eu dei entrada no hospital ontem, já sabia que não teria como sair assim, pulando… Eu ia ter que escolher entre cancelar a Farofa ou cancelar o Carnatal. E conversando com minha equipe, com todo mundo e com ela [Gkay] também, a gente entendeu que onde menos traria prejuízo seria a Farofa, por ser um evento particular, uma festa”, revelou Anitta.

Anitta contou que precisou voltar a ficar em observação por conta do vírus Epstein-Barr, que pode causar esclerose múltipla. “A maioria da população tem esse vírus, que fica adormecido, mas que ele às vezes ele fica ativo e pode causar um monte de coisa”, disse.

Anitta chegou a receber outro diagnóstico médico durante uma viagem, mas ignorou: “Eu não dei ouvidos. Quando eu voltei, comecei toda essa questão de médicos e hospital. Muito difícil, cada hora eu tava com uma coisa, um nódulo no pulmão, muitas coisas acontecendo, pâncreas, então eu dei uma sumida das redes sociais”, contou.

A INTERNAÇÃO

Um dos shows mais aguardados da Farofa da Gkay não vai acontecer. Anitta estava prevista para se apresentar no evento na noite desta quarta-feira (7), mas a artista está internada em São Paulo, a pedidos dos médicos, e não poderá se apresentar.

“Comunicamos o cancelamento da participação de Anitta na Farofa da Gkay deste ano. A pedido de seus médicos, a cantora foi internada em São Paulo, o que inviabilizou sua presença hoje (07/12) em Fortaleza. Anitta cumprirá com seus demais compromissos após a alta, prevista para amanhã (quinta-feira)”, informou a assessoria da cantora.

DOENÇA DE ANITTA

Conforme OFuxico contou, na tarde deste sábado, 3 de dezembro, Anitta e Ludmila Dayer realizaram a divulgação do documentário “Eu”. O longa autobiográfico de Dayer aborda o diagnóstico de esclerose múltipla que a atriz recebeu no passado e sobre sua luta contra ansiedade e crises de pânico. Anitta assina a produção da obra.

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica rara, em que o sistema imunológico destrói a cobertura protetora dos nervos, comprometendo a função do sistema nervoso. Entre os sintomas da doença estão: perda da visão, dor, fadiga e comprometimento da coordenação motora.

Durante o evento, o longa-metragem “EU” foi exibido para convidados da indústria cinematográfica. Após a exibição, Ludmila e Anitta, participaram ainda de um bate-papo sobre o projeto, em que a diretora compartilha sua jornada de cura depois de sofrer questões de saúde mental, como pânico e ansiedade.

Foi aí que Anitta acabou revelando um diagnóstico recebido há dois anos em que descobriu que estava com o vírus Epstein–Barr, que pode ser uma das causas da esclerose múltipla.

“Foi Ludmila quem orientou Anitta a fazer os mesmos exames que ela, por ver que a cantora estava com sintomas semelhantes e não chegava a algum diagnóstico, como aconteceu com ela. “Quando chegaram os resultados eu estava com o mesmo vírus que a Ludmila, em fase inicial. Hoje em dia não existe coincidência. Por sorte, por destino, eu consegui nem chegar no estágio que a Ludmila chegou. Se hoje eu estou aqui com vocês falando, caminhando, respirando, é por conta do quanto ela me ajudou”, disse Anitta.

Anitta atua junto com Thiago Pavarino como produtora associada do longa autobiográfico de Dayer. Eles assumem as responsabilidades relacionadas à contato, organização, marketing e visão de mercado.

Além da direção e produção, Ludmila Dayer é responsável ainda pela fotografia, edição, roteiro e produção executiva. A atriz mora nos Estados Unidos desde 2006 e aproveitou sua experiência de quase 30 anos no ramo do entretenimento para fundar a Lupi Productions em Los Angeles, a produtora de sua estreia na direção.

O longa foi filmado em 2021 e teve locações no Rio de Janeiro, São Paulo e Varginha. Fernanda Souza é produtora executiva do documentário, além de atriz convidada para representar a diretora na narrativa. “Nos conhecemos há mais de 20 anos, nas gravações de Malhação. Nossa intimidade e sintonia são tão fortes que pudemos relaxar e nos entregar ao processo, comigo na frente da câmera e a Lud dirigindo e operando nos bastidores”, contou Fernanda.

“EU” é dividido em sete partes: “autoconhecimento”; “a origem, período pré natal”; “o mapa gestacional”; “hierarquia e ancestralidade”; “a biologia da crença”; “o poder do coração”; e “a cura”. Waldemar Falcão (autor e astrólogo), Dra Sandra Regina (médica, mentora e consteladora familiar), Dr Diogo Lara (neurocientista), Max Tovar (xamã) e Dra Eleanor Luzes (médica psiquiatra) participam com depoimentos sobre as temáticas.

Durante o processo de edição do filme, Ludmila precisou pausar o projeto por problemas de saúde. “Percebi nessa pausa que precisava mudar o formato para primeira pessoa, me expor mais. Se eu quero que as pessoas se identifiquem, preciso me vulnerabilizar e abrir mais sobre o meu próprio processo de autoconhecimento. A gente aprende muito com a dor do outro. Eu acredito nessa troca. Quando acabou a edição eu estava praticamente 100% recuperada. Fazer o filme caminhou de mãos dadas com o meu processo de cura. Com o filme espero conseguir ajudar outras pessoas através da minha própria experiencia. EU é uma luz do fim do túnel, é um abraço amigo, é a retribuição de tudo de bom que eu recebi e descobri. Eu não é apenas sobre mim, mas sobre todos que assistirem o filme” finaliza a diretora.

O VÍRUS EPSTEIN-BARR

Mas o que vem a ser esse vírus com nome tão estranho? O Epistein-Barr é, nada mais, nada menos que uma mononucleose infecciosa transmitida pela saliva. Isso significa também a Doença do Beijo, mas não necessariamente somente beijos transmitem o tal vírus. Compartilhar escova de dente, copos, talheres junto a alguém já infectado pode fazer o vírus se disseminar.

Segundo o Ministério da Saúde, as pessoas mais afetadas pela doença têm idades entre 15 a 25 anos, dando ênfase à contaminação maior acontecendo em época de Carnaval e com pessoas que moram em grandes cidades. E cerca de 90% das pessoas possuem o mesmo.

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O CDC, Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, revelou que o período d etransmissão é de mais de um ano e que o vírus se torna inativo no ser humano após a infecção, podendo ter casos de reativação do mesmo depois do período da transmissão.

A relação entre o vírus e a esclerose múltipla ainda é uma incógnita, tendo como evidência, até agora, o estudo realizado por cientistas da Universidade Harvard, nos EUA. A pesquisa está publicada no Science.

LIGAÇÃO COM OUTRAS DOENÇAS

A pesquisa de Harvard revela que o vírus tem seu papel no desenvolvimento da esclerose múltipla, porém, não são todas as pessoas infectadas que chegam a desenvolver a doença. Acompanhando milhões de jovens adultos do exército americano, num período de 20 anos. A pesquisa apontou que 955 foram diagnosticados com esclerose múltiplae num segundo estudo, os infectados pelo Epstein-Barr teve um risco 32 vezes maior de ter a doença do sistema nervoso.

Segundo os estudos, os sintomas da doença começaram a aparecer 10 anos depois das pessoas serem infectadas. Mas o vírus pode ser a porta de entrada de outras doenças, como sete doenças autoimunes em pessoas com predisposição genética: lúpus, artrite reumatoide, artrite idiopática juvenil, doença inflamatória intestinal, doença celíaca e diabetes tipo 1.

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TER SEM SABER

Ainda segundo o Ministério, muitas pessoas não tem sintoma algum de que algo está errado no organismo, sem identificação alguma. Tudo por conta da similaridade das doenças respiratórias com o Ebstein-Barr.

SINTOMAS MAIS COMUNS

Quem contrai o Ebstein-Barr podem ter sintomas semelhantes aos respiratórios. Pode ocorrer febre alta, dor quando engole, amigdalite, dor nas articulações, tosse, inchaço no pescoço, inchaço no fígado, irritação na pele e fadiga.

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ESCLEROSE MÚLTIPLA

OFuxico bateu um papo com o neurocirugião Dr. Renato Andrade Chaves para tirar todas as dúvidas acerca da esclerose múltipla. Confira a entrevista:

OFuxico: O que é esclerose múltipla?

Dr. Renato: A esclerose é uma doença degenerativa crônica inflamatória, que afeta todas as áreas do organismo. Esta doença faz com que o sistema imunológico cause agressão aos neurônios e afete o funcionamento dessas células, muito importantes para o corpo humano.

OFuxico: Existe uma cura?

Dr. Renato: Esta doença não tem cura, mas existe tratamento. Nos últimos anos, o tratamento para retardar o processo inflamatório evoluiu bastante. Isso proporciona melhor qualidade de vida ao paciente com esclerose.

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OFuxico: Quais os tratamentos?

Dr. Renato: Atualmente, nos casos mais amenos, o tratamento é medicamentoso. Nos casos mais graves, durante surtos, existe a pulsoterapia, que é a administração de altas doses de medicamentos, por curto períodos de tempo, com corticoides sintéticos. Também é recomendado o uso da plasmaférese, um procedimento que limpa o sangue e exclui células autoimunes, que destroem a mielina.

OFuxico: Quais os primeiros sintomas geralmente?

Dr. Renato: Existem diversos sintomas diferentes, que variam de paciente para paciente. No início, alguns deles aparecem e desaparecem naturalmente. Entre eles estão: visão turva, dificuldade em controlar a urina, perda de força muscular, fraqueza, falta de equilíbrio, formigamento nas extremidades do corpo, dificuldades cognitivas, fala anasalada, tontura etc.

OFuxico: Existe uma certa pré disposição para ter esclerose?

Dr. Renato: Existe maior pré disposição para esclerose múltipla, em mulheres. Na maioria das vezes os pacientes são brancos, de etnias dos países com temperatura temperada. No Brasil, de acordo com estatísticas da Organização Mundial da Saúde, a OMS, e Federação Internacional de Esclerose Múltipla, cerca de 40.000 pacientes sofrem de esclerose múltipla.

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OFuxico: Da para conviver “em paz” com a esclerose?

Dr. Renato: Quanto a esclerose está controlada, com o tratamento correto e acompanhamento médico, de acordo com cada paciente, o paciente pode ter uma vida normal e de qualidade.

OFuxico: Como descobrir cedo?

Dr. Renato: É muito importante prestarmos atenção nos primeiros sintomas citados, pois como os mesmos desaparecem, da mesma forma como aparecem, se tornam imperceptíveis. Às vezes, o paciente ou a família ignora os primeiros sinais.

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