Síndrome de Ménière: Famosos têm a mesma doença do Padre Fábio de Melo
Por Flavia Cirino - 09/06/22 às 09:15
Padre Fábio de Melo não está sozinho. O religioso, que revelou ser portador da Síndrome de Ménière, uma doença rara que causou os inchaços que ele tem apresentado, é velha conhecida de outros famosos. No Natal de 2020, a cantora Jessie J chegou a ser hospitalizada após acordar com dificuldades para ouvir, cantar e até mesmo andar em linha reta. Era a doença dando sinais.
Em seu relato, a britânica revelou que foi diagnosticada com a Síndrome de Ménière – a condição se trata de um distúrbio do ouvido interno e é responsável por causar zumbidos, episódios de vertigem e perda auditiva progressiva.
“Acordei e me senti completamente surda do ouvido direito, não conseguia andar em linha reta. Basicamente, me disseram que tinha a Síndrome de Ménière”, declarou a artista na época.
A cantora contou que se sente bem na maior parte do tempo, mas quando os sintomas aparecem, “toda a esperança desaparece”.
“Parece que alguém ligou um secador de cabelo dentro do meu ouvido. Eu me sinto tão perdida e tão sozinha no que está acontecendo”, acrescentou.
OUTROS CASOS
A participação do padre Fábio de Melo no programa “Altas Horas”, no último sábado, 04 de junho, gerou uma série de críticas a sua aparência nas redes sociais. Internautas chamaram atenção para seu rosto inchado, em geral sugerindo que ele teria feito harmonização facial. Em pouco tempo, uma enxurrada de memes tomou o Twitter. O religioso rebateu os comentários maliciosos e revelou na segunda-feira, 06, ter sido diagnosticado com a Síndrome de Ménière.
Padre Fábio descobriu a síndrome durante uma crise numa viagem à Turquia, recentemente. Algo que Mariana Rios, também conhece. Ela toma medicação para controlar os episódios de crise.
“Há três ou quatro anos, num pico de estresse, eu desenvolvi um problema. Eu tive uma surdez súbita. Perdi 30% da audição do (ouvido) esquerdo”, disse a nova apresentadora do reality show “Ilha Record”, em entrevista ao podcast Podpah.
Em outra ocasião, numa gravação do programa “Altas Horas”, da Globo, Mariana disse que estava “no ápice” de uma crise e quando colocou o fone de retorno para cantar, ela não conseguia se escutar num lado.
A síndrome de Mènière atinge duas a cada mil pessoas e provoca aumento da pressão de líquidos no labirinto, parte do ouvido responsável pelo equilíbrio e pela audição.
A artista americana Kristin Chenoweth, de 53 anos, famosa por suas atuações na Broadway e na série “Glee”, convive com a síndrome de Ménière há quase três décadas. Em entrevista à revista Womens’ Health em fevereiro, ela contou que teve a primeira crise de vertigem aos 24 anos, mas só teve o diagnóstico seis anos depois. Dali em diante, ela passou a tratar a condição com medicamentos, uma dieta controlada, com baixo teor de sódio, e prática de hábitos saudáveis.
“Não é tudo glitter, arco-íris e unicórnios o tempo todo, apesar das percepções sobre mim. Então, uma coisa que combate o mau humor – porque eu tenho isso às vezes – é retribuir. Acho que quando vejo alguém lutando e ajudo, isso também me faz sentir melhor”, disse a atriz e cantora.
O roqueiro americano Huey Lewis, de 71 anos não pode mais se apresentar por causa da Síndrome de Ménière. Lewis perdeu a maior parte da capacidade auditiva já faz quase 40 anos. Em 2018, a audição no ouvido esquerdo piorou, de forma que ele não conseguia mais cantar como antes. Até então, era pelo lado esquerdo que ele ouvia melhor, até que em abril daquele ano, ele teve que cancelar uma turnê da banda.
“As frequências mais baixas distorcem violentamente, tornando impossível encontrar a afinação”, explicou o artista à época numa postagem de rede social.
A atriz americana Katie Leclerc, de 35 anos, contou à Womens’ Health que descobriu o problema auditivo há quase 20 anos e se ofereceu para ser filmada fazendo um teste para um vídeo justamente sobre perda auditiva. O diagnóstico veio cerca de cinco anos depois.
“Saí da cabine, eles olharam para mim e disseram: ‘Você precisa de aparelhos auditivos’. O engraçado sobre a doença de Ménière em particular é que eu diria que os sintomas de todos são diferentes e são diferentes de dia para dia. Pode ser incrivelmente frustrante… Dizem que as taxas de depressão de pessoas que têm Ménière completo são as mesmas taxas de depressão de pessoas que têm câncer terminal. Fico triste quando ouço essa estatística, mas para mim é uma experiência diferente. Para mim, uma atitude positiva tem sido a maior ferramenta contra a doença de Ménière”.
DOENÇA INCURÁVEL
A Síndrome de Mènière é rara e não possui cura, mas alguns tratamentos podem ser indicados por um especialista para que a doença seja controlada.
Nele, podem ser utilizados medicamentos, ser indicado a redução de cafeína ou mudanças no estilo de vida, como dieta, exercícios e sono regulado. Há também técnicas mais invasivas, mas tudo depende do que for indicado pelo médico responsável.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino