Marcelo Médici conta a história do teatro em comédia. Saiba mais!

Marcelo Médici está em Cartaz no Teatro Renaissance com a peça “Teatro Para Quem Não Gosta”. Ele divide o palco com Ricardo Rathsam enquanto os dois contam a história do teatro em uma comédia rápida que passeia por grandes clássicos e momentos hilários dessa quase tão antiga quanto a própria humanidade. Até “Romeu e Julieta” ganha traços de comédia no texto.

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OFuxico conversou com Médici para falar sobre a peça. Em cartaz desde antes da pandemia, a temporada em São Paulo marca como um texto bem escrito se tornou ainda mais significativo com tudo o que o mundo passou entre 2020 e 2022.

O ator, que também é autor e diretor ao lado de Rathsam, fala dos imprevistos em cena, inspirações para a peça e de projetos futuros. Após um trabalho totalmente autoral, ele mergulha em “Wicked”, produção da Broadway que tem nova temporada no Brasil agendada para março.

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VEJA COMO FOI A CONVERSA

OFuxico: Apesar de uma comédia, “Teatro Para Quem Não Gosta” é, por falar do teatro em si, uma referência a respeito do próprio formato? Quais foram as inspirações para a peça e o processo de criação?

Marcelo Médici: Sem dúvida falamos de como o teatro caminhou lado a lado com a história da humanidade. A inspiração vem de tudo que já assisti, algumas situações que já vivi em cena inclusive, também do desejo de que a história do teatro continue sendo contada para que nunca seja esquecida. Na arte da atuação, o teatro é a primeira manifestação. rádio, cinema, TV e internet vieram depois.

OFuxico: Ao longo das temporadas, o texto já mudou muito? Se sim, quais adaptações ou novos temas vocês agregaram à montagem?

Marcelo Médici: Mudou muito pouco. Tudo no espetáculo foi muito bem pensado e pesquisado, pois falamos de fatos históricos, cronológicos. A peça estreou antes da pandemia, mas já sentíamos que a cultura vinha sofrendo ameaças e a Covid deixou muito claro que o teatro, por ser ao vivo e só existir com a junção do artista e do publico em corpo presente, deixou muito exposta a fragilidade dessa arte.

OFuxico: A peça é rápida, os textos complexos e há referência a dramas clássicos do teatro. Transformar tudo isso em comédia não deve ser fácil. Há uma demanda de energia e habilidade muito grande. Já passaram por alguma saia justa ou algo deu errado durante a apresentação?

Marcelo Médici: Sim, acreditamos que algumas situações trágicas quando contadas depois, possam ser engraçadas. O espetáculo olha tudo pelo viés da comédia, esse é nosso intuito. Algumas trocas são feitas enquanto um de nós esta em cena dizendo o texto e como vc bem pontuou, é tudo muito rápido. Já aconteceu de eu me confundir com o texto e o Ricardo não saber se tirava a roupa que estava colocando e colocava outra, mas eu consegui contornar e voltar ao texto original. Qualquer erro nesse espetáculo pode ser fatal (risos).

OFuxico: Você está prestes a estrear em “Wicked”. Como está a preparação para esse novo trabalho? Qual expectativa em fazer uma montagem clássica da Broadway, depois de trabalhar com um texto 100% escrito e dirigido por você?

Marcelo Médici: Curiosamente venho alternando espetáculos mais autorais com grandes musicais! Foi assim com Cada Um Com Seus Pobrema, que é meu espetáculo solo que sempre fiz junto a “Sweet Charity”, “Rocky Horror”, “Se Meu Apartamento Falasse”… A única diferença é que agora em “Wicked”, não farei os dois ao mesmo tempo, porque a idade não permite (risos), mas “Wicked” está ficando lindo! espero todo mundo nessas ultimas apresentações de Teatro Para Quem Não Gosta e a partir de Março, em “Wicked”.

“Teatro Para Quem Não Gosta” está em cartaz no Teatro Renaissance, na região dos Jardins, em São Paulo, até o dia 26 de fevereiro. Os ingressos custam a partir de R$50. As apresentações acontecem aos sábados às 19h e domingos às 17h.

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